A diretora de Eco, Sydney Freeland, que é descendente de nativos americanos e cresceu na reserva Navajo, no Novo México, tornou-se um grande fã dos quadrinhos da Marvel. Em seu evento de divulgação da série que estreia em Janeiro na Disney+, ela falou com jornalistas e explicou ao IGN como ela e os escritores decidiram mudar a origem cheyenne confusa da personagem dos quadrinhos para ser uma nativa Choctaw na série de TV.
“Nem Image, nem DC, nem Dark Horse, nem Malibu, eu cresci lendo Marvel” apontou ela. Apresentando-se a Kevin Feige para o trabalho, ela simplesmente disse a ele: “'Eu cresci lendo histórias em quadrinhos e cresci indo para powwows'”. “Powwows para mim eram como alguém em Anaheim indo para a Disneylândia. Foi um evento tão comum para mim. Essas foram duas coisas com as quais cresci e que estavam tão integradas à minha personalidade e à minha experiência, mas essas duas nunca se sobrepuseram.”
Freeland passou a discutir a necessidade de autenticidade na Echo: “Tínhamos que ter representação nativa. Isso era obrigatório. Tínhamos que ter representação surda. Isso era obrigatório. Então realmente começou na sala dos nossos escritores. [...] Então tentamos manter essa energia, mas tínhamos nativos nos bastidores e na frente das câmeras também".
Em Echo, Maya faz parte da Nação Choctaw em Oklahoma (uma mudança em relação às origens dos quadrinhos da Nação Cheyenne). Depois de ler os quadrinhos, Freeland comentou sobre a “mistura” de imagens nativas de diferentes tribos que criavam uma “história turva e inautêntica para o personagem” que ela queria evitar nesta série. “Uma das primeiras coisas que fizemos foi , 'Ok, aqui é Choctaw, todos os caminhos levam aqui.' E então construímos a partir disso.
“Um de nossos principais escritores, Stephen Paul Judd, é da nação Choctaw, e eles têm uma história do povo e uma história de fundo muito ricas, assim como todas as culturas nativas”, continua Freeland. “Foi ter aquela história de fundo e experiência e ter pessoas de Oklahoma que poderiam realmente construir essa experiência. Mas afirmamos explicitamente que ela é Choctaw, e isso desempenha um papel importante na série.”
Observando que essas tribos estão acostumadas a serem representadas de certas maneiras sem a sua bênção, Freeland quis garantir que esta parceria seria igualitária. “Basicamente eu disse: ‘Não, não estamos aqui para dizer o que vamos fazer. Estamos aqui para criar um diálogo para que possamos obter a sua opinião e criar um retrato mais autêntico do povo e da cultura Choctaw.’
Parte disso incluiu uma viagem de pesquisa na qual Freeland e os chefes do departamento de produção viajaram para o powwow anual da nação Choctaw em dezembro de 2021 para pesquisar: “Eu poderia descrevê-lo até ficar com o rosto azul, mas eles tinham que ver” comentou Freeland. “Fomos muito inflexíveis desde o início: ‘Não, precisamos de dançarinos de verdade, precisamos de pessoas de verdade. Traga-os para a Geórgia. 'E recriamos um pow-wow do zero".
Juntando-se a Alaqua Cox em Echo estão Vincent D'Onofrio como Wilson Fisk / Rei do Crime, Charlie Cox como Matt Murdock / Demolidor, Zahn McClarnon como William Lopez e Devery Jacobs como Julie. Graham Greene, Chaske Spencer, Tantoo Cardinal e Cody Lightning também foram escalados para a série em papéis atualmente desconhecidos. A série é dirigida por Sydney Freeland e tem Marion Dayre como escritora principal.
Kevin Feige, Louis D'Esposito, Victoria Alonso, Brad Winderbaum, Stephen Broussard, Richie Palmer, Marion Dayre e Jason Gavin (Blackfeet) são os produtores executivos. Amy Rardin, Sydney Freeland, Christina King (Seminole) e Jennifer Booth são co-produtoras executivas.
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