quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

X-Factor: O Bebê de Sinclair

Artigo escrito por nosso colaborador, Paulo Artur

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O filho de Lupina e Hrimhari está para nascer e isso não passou despercebidos pelos panteões mitológicos. A equipe criativa formada por Peter David nos roteiros e Dennis Calero, Emanuela Lupacchino e Guillermo Ortego na arte narram toda a perseguição de várias entidades sobrenaturais que querem ter o controle sobre o filho de Rahne Sinclair, enquanto o todo X-Factor tenta salvar a sua colega de equipe.



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A ação começa com a aparição do fantasma de Feral para Rahne e Shatterstar, que estavam a caminho da sede do X-Factor. Embora inicialmente sem entender bem a sua própria condição, ela logo explica para a dupla que o seu retorno tinha como propósito servir como um guia/âncora para que diversas entidades mitológicas pudessem localizar Lupina no plano terreno. E o primeiro deles a dar as caras e ataca-los é Cu Sith, um cão-demônio da mitologia irlandesa, que, uma vez decapitado por Shatterstar, se regenera em dois cães-demônios.
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Enquanto eles fogem dos Cu Siths, acabam sendo encurralados por Bastet, uma deusa-gato da fertilidade egípcia. A deusa mal consegue aproveitar a oportunidade e é detida por Okami e Kasha, gatos-demônios japoneses, que também estão interessados no rebento de Rahne. Enquanto deuses e demônios se digladiam entre si, Rahne e Shatterstar conseguem fugir e chegar à sede do X-Factor, que já estava protegida por uma barreira mística que Layla Miller, havia criado com inscrições feitas com sal em todas as entradas do prédio.

Os deuses e demônios fazem uma trégua parcial enquanto buscam maneiras de entrarem no prédio, enquanto são observados por um misterioso homem. Desistindo de uma abordagem direta, os deuses resolvem emboscar Fortão e Monet, que estavam voltando do hospital. Isso acaba forçando a intervenção do X-Factor fora da segurança do prédio, até que a própria Rahne vai para o telhado e tenta chamar a atenção das entidades místicas, como forma de evitar que os seus amigos se machuquem. Nisso, o misterioso homem de sobretudo entra na jogada, rapidamente derrota todas as ameaças e vai até Rahne, oferecendo-se para ajuda-la a ter o bebê em segurança. Ele era Jack Russel, o Lobisomem.

Na sede do X-Factor, Madrox e cia tentam localizar a Lupina através de Pip, que só passa a cooperar graças à voz de Siryn. Enquanto, o rastreamento ocorre, Monet conta a Madrox sobre ações estranhas que o Guido estavam realizando, o que leva Madrox a relembrar de um diálogo de Layla falando sobre o seu poder de ressuscitar os mortos, mas sem a alma deles, e temer que ela tenha feito isso com o Fortão. Mas, antes que ele pudesse confirmar essa teoria, Pip os conta que Lupina está no norte do Estado de Nova York.

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Lá, Jack Russel conta que foi atraído até Lupina através do chamado que o filho dela fez dentro do próprio útero de Rahne convocando todos os que fossem como eles, e Jack era aquele que estava mais próximo. Contudo, Feral continuava na cola de Rahne, de tal maneira que eles logo foram alcançados por Cerberus, o cão de três-cabeças protetor da entrada do Hades na mitologia grega. O Lobisomem tenta enfrenta-lo para dar tempo de Rahne fugir, mas nem de longe consegue ser páreo para o monstro grego, sendo salvo pela providencial chegada da equipe do X-Factor. Mesmo assim, Cerberus só colocado fora de combate com a aparição de Fenrir, lobo da mitologia nórdica e de quem o filho de Rahne é descendente.

Ela é encontrada por um jovem aparentemente inofensivo, Agamenon, que presta socorro a ela e a leva até a sua cabana. Após prender Rahne em um círculo de magia, ele se apresenta como meio-irmão de Hela e revela à ela que o seu bebê é especial por ser a primeira criança nascida de um deus com uma mutante e aquele que tivesse tal criança como um aliado ou sob controle teria uma grande vantagem em uma vindoura guerra de deuses que Agamenon acredita que ocorrerá em breve.

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Então, Rahne entra em trabalho de parto e a criança finalmente nasce, cuspida como uma bola de pelo, pois como Agamenon explica os nascimentos de divindades não seguem as mesmas da biologia dos mortais. No entanto, diferente do que Agamenon esperava, a criança imediatamente o ataca e mata. Isso faz com que Lupina, ao acordar, entre em choque e rejeite o próprio filho, para surpresa deste. Todas as entidades místicas sentem o nascimento da criança e partem ao encalço dela que, naquele momento, estava quase indo junto à Hela. O choque de tantas divindades se encontrando ao mesmo tempo acabem voltando para onde vieram.

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A equipe do X-Factor vai resgatar Rahne que acredita que a forma que seu filho tomou é uma punição por todas as suas transgressões pregressas. Já o bebê lobo acabou ficando para trás no meio da confusão e bastante amedrontado. Ele acaba sendo encontrado e acolhido por Jack Russel, que passa a cuidar dele. Embora, o fantasma de Feral aparente ter outros planos.

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Este arco do X-Factor, além de manter o padrão de qualidade “Peter David” que esta série sempre teve, encerrou alguns plots que vinha de outras séries, como a X-Force de Kyle & Yost, além de criar novas possibilidades de enredo e plantar a semente de plots (o filho de Lupina e a sua criação pelo Lobisomem, uma vindoura “guerra entre deuses/demônios” e o mistério da ressurreição do Fortão) que possivelmente serão abordados e lembrados nos próximos arcos. Até porque uma das principais qualidades narrativas do roteirista de X-Factor é o de criar enredos de longo prazo, que permeiem a série por diversos arcos, realizando uma lenta composição do cenário que ele deseja. Resta esperar para acompanhar o que PaD está preparando com tantas peças.

Esse arco foi publicado originalmente nas edições 221 a 224, da revista X-Factor e, aqui no Brasil, saíram em X-Men Extra 130 a 132.

Paulo Artur

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