quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Wolverine: Adeus, Chinatown!

Após os eventos do Cisma, Logan ganhou uma nova abordagem: De mutante beberrão a diretor de uma nova escola mutante. Além da óbvia mudança de status, há também uma mudança de localização: Logan se mudou para Salem Center, no condado de Westchester , antigo endereço do Instituto Xavier. Porém, há algumas pendências a serem resolvidas.

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Essas pendências surgiram a partir do momento que Logan se tornou o Dragão Negro, chefão do crime de Chinatown, com a obrigação de manter os clãs que ali habitam em harmonia. Como podemos ver ao longo das histórias, tal função foi pouco mostrada desde os eventos da mini Destino Manifesto: Wolverine (clique aqui e aqui). E agora, voltando para a Nova Iorque, cabe Aaron fechar um ponto pouco trabalhado.

“Adeus, Chinatown” (publicado em Wolverine 97 e 98) é exatamente o que seu título propõe. Logan retorna a São Francisco para se despedir de Melita, mas acaba se envolvendo em uma feroz disputa de traficantes de drogas de Chinatown (de acordo com Mestre Po, disputa surgida em razão de sua omissão para com suas obrigações como Dragão negro). Para piorar, além dessa bagunça toda, o dinheiro que Logan ia usar para reconstruir a escola foi roubado.

Aqui abro uma ressalva. Sempre que os autores resolvem atribuir alguma função extra-herói para determinados mutantes (como a atribuição de Dragão Negro para Logan, a liderança dos Morlocks para Tempestade, ou mesmo, recentemente, Colossus virando rei do Grimmamundo), o tema fica pouco desenvolvido, sendo que, no mais das vezes, os autores bolam uma desgraça generalizada para tirar os heróis da liderança. Praticamente, depois que Logan assumiu esse cargo, quase não houve historias abordando a questão. Salvo engano, a liderança de Chinatown foi pouco abordada pelo próprio Aaron.


Esse arco possuiu mais ou menos os mesmos ingredientes que a minissérie acima citada. Muito Kung-Fu, muitas cenas de ações e muitas situações bizarras. Coisas do estilo de Aaron. Aqui temos plantações de papoula (planta que serve ingrediente principal para o ópio) no centro da terra, dragões chineses que são utilizados como forma de transporte, dentre outras bizarrices. Mas o termo bizarrice aqui deve ser interpretado como um elogio, até mesmo porque, depois de arcos mais densos, Wolverine merecia uma história de ação mais leve. Além desses ingredientes, os personagens secundários são bem bacanas. Destaco a participação do Homem-Gorila, dos Agentes da Atlas. A presença do símio gera situações por demais engraçadas.

E tudo isso não poderia ser concretizado se não fosse a volta de um dos melhores desenhistas que já passaram pelo baixinho. Ron Gardney, auxiliado por Jason Keith nas cores, criam excelentes cenas de ação, como é de conhecimento de todos que acompanharam Wolverine: Arma X.

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Uma despretensiosa aventura, bem no estilo da sessão da tarde. Com essa história, Aaron fecha o ciclo de Logan em São Francisco, o novo diretor do Instituto Jean Grey para Estudos Avançados.

Rafael Felga

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