quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Venom: Arquinimigo do Arquinimigo

Venom

Um dos maiores inimigos do Homem-Aranha é agora um de seus melhores amigos. Ex-Vilão e Ex-Herói de Guerra. Antes afastado do serviço, agora um dos maiores operativos do governo. Esse conflito todo faz juz a nova fase de Venom, que agora, com seu novo hospedeiro sendo o veterano Flash Thompson, entra numa fase alucinante escrita brilhantemente por Rick Remender. E esse novo herói – caso possamos já chama-lo assim – não demorou muito para arrumar já um arquinimigo a altura.

Nas primeiras histórias publicadas na edição 14 da Teia do Homem-Aranha, vemos as primeiras missões do novo Venom serem realizadas com sucesso (apesar de por poucas vezes o mesmo quase ter perdido o controle do simbionte). Após derrotar Halloween e o Kraven, Flash Thompson parte para terminar sua missão nas minas da Terra Selvagem afim de tentar impedir que o vilão Mestre do Crime transporte seu contrabando de vibranium até os EUA.


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Contudo, após derrotar os capangas do criminoso e partir do lugar com todo o vibranium num helicóptero, Flash recebe uma ligação do misterioso Mestre do Crime. Além de revelar que sabe a verdadeira identidade do novo Venom, ele ameaça matar a Betty Brant (atual namorada do herói) caso ele não use suas credenciais do exército para entrar legalmente em solo americano e lhe trazer o Vibranium.

Então, vemos aqui qual foi o papel do Halloween desta vez. Decidido a se vingar do herói (que praticamente o desfigurou na sua primeira história), ele rapta a Betty e a prende num galpão com uma bomba gigante (sim, literalmente grande). Sem opções, Flash obedece ao criminoso e leva a carga até Bushwick, Nova York. 

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Lá, o Mestre do Crime o orienta para não revelar em seu relatório tudo que aconteceu. Se por acaso descobrirem que sua identidade de venom foi vazada, Flash estará morto. E assim, ele libera o Venom para salvar sua garota. Em troca, agora Flash lhe deve um favor (que em breve será cobrado).

Indo desesperadamente ao encontro da namorada, o Venom é surpreendido por ninguém menos que o Homem-Aranha. Parker acabara de descobrir que o apartamento da Betty foi invadido e parte loucamente pra cima do Venom suspeitando que ele fosse o responsável. Por sua vez, o simbionte enlouquece ao ver o Homem-Aranha, deixando de lado sua missão de salvar Brant, e sedento para matar o seu arqui-inimigo. Flash vai ter que se mostrar com um autocontrole ainda maior pra reverter a situação.

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Observando a confusão por monitores, o superior de Flash decide que o Venom fugiu de controle e manda disparar a bomba instalada no seu operativo como salva-guarda. Todavia ao apertar o botão, a explosão ocorre no armazém em Bushwick, mostrando que o simbionte foi muito esperto ao tirar a bomba do seu hospedeiro e ao mesmo tempo não facilitar pro Mestre do Crime.

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Voltando ao combate contra o Aranha, vemos que Flash Thompson tem a brilhante ideia de pegar alguns comprimidos de tranquilizantes na farmácia devastada por eles durante a briga e assim minimizar a loucura do simbionte.


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É o suficiente para ele indicar ao Aranha o lugar onde a Betty se encontra e interromperem a briga. Os dois seguem por caminhos diferentes. O armazém explode antes de Venom chegar, mas Parker chegou a tempo para salvar a amiga. As atenções do Venom, no entanto, tem que se voltar mais uma vez para o Halloween, que ainda quer se vingar um pouco do novo herói e só não é morto porque o Mestre do Crime convoca o Cabeça-Quente mais uma vez.

Flash prefere não o seguir, mas deixa o localizador do Aranha que Parker grudou nele durante a briga dos dois no vilão. De volta ao projeto Renascer, ele ouve todas as broncas do seu superior, mas acaba ainda no projeto. Contudo, ele prefere omitir boa parte dos fatos da missão. Já no Brooklyn, na casa da Brant, ele e Peter voltam a trocar as farpas por um momento, mas ambos estão felizes por ter a moça sã e salva mais uma vez.

E, numa história subsequente, vemos os dramas do passado mais uma vez assombrarem Flash Thompson. Após deter o vil Mosca de devorar a filha de um político influente, ele recebe uma ligação de sua mãe dizendo que seu pai voltou a beber. Aqui, Remender volta mais uma vez a trabalhar um dos plots mais usados na vida do Flash. Dessa vez, no entato, ele tem uma nova perspectiva. O filho sofreu uma grande perda na guerra, está mais maduro, mas também obscuro. Se antes era um rapaz com problemas de controlar a raiva, agora, podemos dizer que está mais difícil.

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Peter e Betty aparecem como coadjuvantes nessas história, mostrando que são ainda os grandes amigos de Thompson. No fim, vemos o encontro de pai e filho, mais catastrófico do que poderíamos imaginar. Com o coração endurecido, Flash não quer sequer ser acolhido pelos braços da namorada. Atende o telefone dos seus superiores e segue pra próxima missão.

Bom, posso estar sendo exagerado no que vou dizer aqui, mas Rick Remender tem feito mais pelo Flash Thompson nessas revistas do que muitos escritores fizeram em todos esses anos. Se por um lado, muitos leitores ficaram com o nariz torcido com as mudanças de Peter no “Um dia a mais”, a maioria está batendo palmas para este novo Flash Thompson. Sem sombra de dúvidas, ficou um personagem muito mais interessante. Outra que vem sendo bem trabalhada aqui é a Betty, que acabou sendo esquecida por uns tempos (tirando a fase do Peter David mais recente antes de “Um dia a mais”).


Acompanhando Remender nessas três histórias, tivemos os desenhistas Tom Fowler e Tony Moore, publicadas na Teia do Homem-Aranha 15 e 16. Já nas próximas aventuras, o Flash estará num arco que o envolverá diretamente com a Ilha a Aranha. Fique de olho!


Coveiro

OBS: Leia mais sobre o novo Venom clicando aqui e aqui!

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