O mundo e o tom do Echo serão viscerais e intensos. Pelo trailer já mostrado, chega a ser revigorante ter brigas de rua à moda antiga e traumas geracionais complexos depois das recentes histórias cósmicas cheias de CGI nas quais o UCM tem mergulhado ultimamente. O apelo de rua de Eco é então elevado pela cinematografia e mixagem de som que evocam as técnicas usadas na série do Demolidor, da Netflix, e o Defensoresverso. Mas a diretora fez isso de forma intencional?
Num dos clipes mostrados no festival Choctaw em que Eco teve sua primeira premiere, vimos uma cena que Freeland chamou de “O Nascimento de uma Vilã” e vemos o início da história criminal de Maya trabalhando para o Rei do Crime. Segundo o site IGN, os sons entram e saem, são embotados e amplificados ao mesmo tempo para alinhar o público com a perspectiva de Maya. A câmera fica bem no meio da ação e depois se detém no rescaldo. Estamos ali com Maya a cada momento. Maya viveu uma vida difícil e vemos isso ilustrado na tela.
“Queríamos inflexivelmente mostrar que essas são pessoas em nosso programa, que sangram, morrem, são mortas e que há consequências no mundo real.”
Um jornalista apontou semelhanças tonais com os programas Netflix da Marvel e perguntou se a Echo pretendia seguir a mesma abordagem, ao que Freeland respondeu:
“Sim e não. A história meio que ditou nossa abordagem. [...] Se você está saindo de Gavião Arqueiro, tem que ter em mente que ela é uma vilã, certo? Ela é uma vilã. E então, em termos de tom, queríamos nos apoiar nisso.”
Empurrando-a nesse caminho está o Rei do Crime (Vincent D’Onofrio), que Freeland afirma que será uma presença iminente:
“Um dos principais relacionamentos de toda a série é o relacionamento entre o Rei do Crime e Maya. E descobriremos que ele se tornará uma espécie de pai substituto para ela.”
“O que sempre falamos na sala [dos roteiristas] é que o superpoder do Rei do Crime não é sua força, é seu intelecto e sua capacidade de manipular psicologicamente as pessoas.” disse Freeland antes de falar um pouco mais especificamente sobre o papel de Wilson Fisk na série. “Uma das outras coisas que nos interessaram no programa é observar o alcance criminoso que o Rei do Crime tem fora de Nova York.”
Embora o show seja muito fundamentado, o trailer e o futuro mostram alguns elementos surreais e espirituais. “Temos essa abordagem dupla para a série. Há esse drama familiar conduzindo tudo, mas há essa corrente subjacente desse lado [...] fantástico.” explicou Freeland. “Iremos visitar os ancestrais matrilineares de Maya, retrocedendo um pouco no tempo. Essas duas coisas, esse drama familiar e essas histórias ancestrais que vamos ver, vão se enfrentar.”
Veremos como esses elementos se unem em 10 de janeiro de 2024, quando todos os episódios de Echo forem lançados no Disney+ e no Hulu.
Coveiro