quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Era de Ultron: Nosso Pior Pesadelo

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Esse talvez tenha sido o maior pesadelo que assombrava os Vingadores desde o início da Era Heróica na Marvel. Previsto numa linha temporal traçada por um Tony Stark do futuro logo no primeiro arco do novo Volume dos Vingadores, a Era de Ultron finalmente começa. Chegando a banca no Brasil em Janeiro, a primeira edição da nova minissérie da Marvel joga o leitor num futuro caótico gerenciado pelo maléfico robô. Mas como isso se inserirá na nossa continuidade 616, é algo que Brian Michael Bendis e Brian Hitch ainda vão nos revelar.

A primeira edição de “EU” brasileira contem as duas primeiras partes da original americana, começando com uma baita cena de ação estrelada pelo Gavião Arqueiro. Num resgate praticamente suicida, Barton salva Peter Parker das garras do Coruja e Cabeça de Martelo. Mas os vilões aqui são apenas intermediários. Eles apenas capturam os heróis foragidos para o grande Ultron. É uma maneira de eles ainda sobreviverem nas ruínas dessas selva de pedra. E com o sucesso da missão de Clint, quem acaba pagando o pato são os vilões, que acabam sendo destruídos por uma saraivada de raios de Ultrons quando atacam o esconderijo.

Livres, o Homem-Aranha e o Gavião Arqueiro seguem pela Manhattan destruída até o esconderijo dos heróis num porta-aviões abandonado. Lá, ainda se encontravam vivos a Mulher-Hulk, Luke Cage, Tony Stark, Wolverine, Fera, Emma Frost, dentre outros. E, por hora, eles ainda não tem exatamente um plano. Mas há esperança. Um quieto Capitão America está insólito num canto pensando.
Na parte que segue, quem se destaca aqui é o Cavaleiro da Lua e uma deformada Viúva Negra. Sobrevivendo tanto a Ultrons-Sentinelas quanto a sobreviventes desesperados, ambos seguem para um antigo esconderijo usado por Nick Fury (o mesmo da Invasão Secreta). Eles estão sozinhos, mas há esperança que há outros. Eles só precisam encontrá-lo.

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Enquanto isso, no destruído aeroportaviões, “Peter Parker” conta a sua história para os demais sobreviventes. Suas lembranças são um tanto confusas sobre o que ele fazia quando a invasão de Ultron começou. Quando despertou, já era um prisioneiro prestes  ser vendido para Ultron. E então, vemos Steve Rogers se levantar. Ele já tem um plano.

Aqui se encerra o conteúdo do “Livro Um”, mas como de praxe, essa história também se expande para algumas revistas mensais. Começando pelo Homem-Aranha, que recém resgatado, tem suas história sendo continuada em Homem-Aranha Superior 3. É lá que sabemos que o herói na verdade é o Otto Octavius possuindo o corpo de Peter. E o mesmo, com todo aquele seu ego, não aceita ter perdido o jogo para um robô, decide sair numa missão arriscada a mando de Stark com o apoio do Mercúrio.

O plano não era absurdo, mas viável. Usar um equipamento dos Laboratorios Horizontes para transportar Nova York para  a Zona Negativo. Contudo, Otto-Parker tinha outros planos e tentou dominar os Sentinelas-Ultron no meio do caminho. Ele era um vilão que sempre dominou máquinas, porque não usar seu intelecto agora?  Era uma boa chance. Mas falhou. Acabou estragando o plano de Stark e agora segue o plano suicida do Capitão America. E isso veremos apenas no Livro 2 da Era de Ultron.

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Pra quem está acostumado com sagas bombásticas, esse começo de Era de Ultron pode ser uma bela decepção. Com outro ritmo, mais lento e pouco inovador, a saga parece se arrastar nessa primeira história sem andar muito, apenas ambientando para nós esse futuro em ruínas. É também visível algo que ficou claro na época de seu lançamento nos EUA – essa história esta perdida cronologicamente. É obvio que estamos lidando com um futuro alternativo, mas há de se notar que quando Hitch desenhava essas páginas aquele Aranha não era pra ser um Superior e nem se imaginava uma mudança vertiginosa na equipe dos Vingadores. O Marvel Now praticamente atravessou a Era de Ultron no meio, sem dar muita margem para um conserto. Mas isso vai ser contornado com o passar das edições. Vamos ver o que Bendis reservou para nós.

Coveiro

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