Anunciado antes mesmo da pandemia, o reboot do filme do Blade já teve o começo de sua produção adiado já várias vezes. Mas uma coisa é certa, a escolha do novo ator Mahershala Ali foi um acerto. E ganhou já os elogios de quem entende o personagem. O escritor do filme Blade original de Wesley Snipes não tem nada além de elogios ao novo ator de Blade da Marvel.
"Mahershala é incrível!" Goyer disse com entusiasmo a Josh Horowitz no podcast Happy Sad Confused, acrescentando: “Quer dizer, não consigo pensar em ninguém melhor para assumir o manto disso”.
Os fãs de longa data da Marvel podem olhar para os elogios de Goyer a Mahershala Ali e detectar subtextos sobre o que não está sendo dito. O segundo trabalho de direção que Goyer assumiu foi dirigir o terceiro filme de Blade, Blade: Trinity; foi uma produção onde Goyer e Wesley Snipes bateram de frente. Snipes não concordou com o roteiro de Goyer ou com a escolha da New Line de torná-lo o diretor do filme; durante as filmagens, Snipes supostamente se recusou a filmar cenas ou se comunicar com Goyer e, em última análise, Goyer confessou que a produção de Blade: Trinity foi "a coisa mais difícil e dolorosa pessoal e profissionalmente pela qual já passei".
Portanto, Goyer elogiar o novo Blade é compreensível. Tendo passado por situações parecidas, ele também entende a dificuldade que a Marvel Studios teve em fazer o novo Blade. “Eles claramente tiveram uma luta após luta após luta contra isso. Então, estou muito curioso para ver onde isso vai dar – mas também acredito que deveria ser a história de outra pessoa para contar agora”, acrescentou.
Nesse contexto, a ironia de que a Marvel agora está olhando para Blade como uma de suas novas franquias mais importantes do Universo Cinematográfico Marvel não passou despercebida a Goyer.
"É irônico porque, na época em que fizemos Blade, a Marvel estava em falência; X-Men não tinha saído; acho que eles estavam tentando desenvolver Quarteto Fantástico, X-Men, Homem-Aranha... Sequer tinham pensado que eles desenvolveriam qualquer um dos personagens secundários ou terciários”, explicou Goyer. "E eu acho que o preço de compra... da Marvel foi de cerca de US$ 125 mil. Foi nada. E a Marvel estava tão preocupada e queria isso à distância quando souberam que seria classificado como R. Eles não tinham o logotipo de filmes também – e então se tornou um enorme sucesso e eles perceberam que tinham esse tesouro de personagens que poderiam explorar. Mas é irônico que agora eles queiram trazer Blade para o UCM, porque eles não queriam que Blade tivesse nada a ver com o UCM. Eles tinham medo de Blade e apenas presumiram que seria uma marca negra em sua reputação - sem trocadilhos. "
Goyer ganhou grande fama por escrever a trilogia Cavaleiro das Trevas e Homem de Aço ao lado de Christopher Nolan, mas ele começou a trabalhar nos anos 90 tentando transformar o gênero de Super-heróis em sucessos de bilheteria, incluindo O Corvo: Cidade dos Anjos, Cidade Negra, o Nick Fury: Agente da Shield – e, claro, a trilogia Blade. Ele e os diretores Stephen Norrington e Wesley Snipes alcançaram algo inovador: um filme violento de super-heróis com tema de terror e classificação R, liderado por um protagonista negro.
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