sexta-feira, 9 de março de 2007

Diários dos Ex-Mutantes

Anjo

"Chega de Mutantes!" Com essa frase simples a Feiticeira Escarlate alterou os rumos do Universo Mutante. Os mutantes foram dizimados. Transformados em simples humanos da noite para o dia. Embora os X-Men tenham saído quase intocados do assim chamado Dia M, pelo mundo afora a situação está complicada para os mutantes, ou melhor, ex-mutantes.

A carismática Sally Floyd

Sally Floyd, uma repórter do jornal "A Alternativa" é a nossa protagonista e narradora. É pelo ponto de vista dela que testemunhamos as conseqüências do Dia M. O clarão ocorre e em seguida uma onda de choque abala a cidade. Os repórteres correm para cobrir, e descobrem a razão da onda. Um mutante gigante em forma de dragão chamado Ned Ralston havia caído na 5ª avenida, morrendo com a queda.

Umas das primeiras vítimas

A morte de Ned é apenas o começo. Vários mutantes morreram por causa da dizimação. Mutantes que despencaram em pleno vôo ou perderam o controle sobre os poderes e se incineraram. Um mutante chamado Tony Romeu, por exemplo, morreu em combustão espontânea humana. Já Gary Peterson teve as guelras fechadas e se afogou a três metros de profundidade.

Nesse momento, percebo uma pequena contradição na Dizimação. Até o momento parecia que os mutantes afetados tinham se transformado em humanos, mas tanto Ned como Gary apenas perderam as habilidades, mas mantiveram a aparência não-humana. Creio que seja diferente se transformar em humano e perder os poderes. Prova disso, que quando o Alto Evolucionário transformou todos em humanos, o Noturno e o Fera assumiram aparências humanas.

De qualquer forma, Sally é designada para cobrir as conseqüências. Seu primeiro ato é confrontar o deputado Sykes em uma coletiva. Sykes é ferrenho defensor da Lei de Registro Mutante, e sua posição apenas se fortalece com o Dia M. Sally não se intimida e rebate as posições de Sykes, chamando-o inclusive de "jumento obcecado". Esse ato quase a faz perder sua coluna, chamada "Diários Mutantes". Ela se esforça com Neil, seu editor, para manter a coluna. Ele se mostra relutante e descobrimos que ela perdeu há 6 meses sua filha Minnie e está com problemas com bebidas.

Neil acaba concordando e uma pista de Sally a leva a dois enfermeiros que receberam de Ciclope e Wolverine um inusitado paciente. Nada mais, nada menos que Jonothon Starsmore, o Câmara. Ele foi uma das vítimas do Dia M e agora sem sua energia para mantê-lo vivo, só restava um humano com um rombo no peito, sem mandíbula e com vários órgãos faltando, inclusive o coração. Ele é mantido vivo com aparelhos.

Um X-Men moribundo

A coluna de Sally é um sucesso. Agora chamada de "Diários dos Ex-Mutantes", ela conta o drama de Jono e a frieza do deputado Sykes. Inclusive, ela participa de um debate com Sykes, vencendo-o. Tudo parecia ir bem, mas ao chegar em casa Sally se depara com uma mensagem em um envelope: "Morreram muito poucos". Ao abrí-lo, depara-se com fotos de cinco ex-mutantes assassinados brutalmente.

Ao procurar a polícia, ela é aconselhada a não fazer nada. Afinal, o assassino, seja quem for, não poderia ter espaço no jornal. Sally se preocupa em tornar-se um alvo, mas segue sua vida. Ela publica mais um artigo, dessa vez sobre Stacy X, a prostitua mutante que manipulava feromônios e foi membro dos X-Men por um breve período. Agora normalizada (embora ainda mantenha a pele diferente) ela volta para sua antiga vida, em uma situação muito complicada.

Neil pede para Sally ir até o Instituto para conseguir uma matéria. Descobrir o que ocorre por lá, já que faz semanas que não se ouve falar dos X-Men. Sally recorre à ajuda de Jubileu, de quem é amiga já há quatro anos. Jubileu também perdeu seus poderes, e agora é ativista política contra o deputado Sykes.

Sem poder contar com a ajuda de Jubileu, Sally prossegue com sua coluna. Conta a história de Dezmond Harris, um jogador de basquete de rua, que sem seus poderes descobriu não ser um jogador tão bom, mas que pelo menos podia sonhar com uma chance no basquete profissional. Nesse meio tempo, Sally resolve ir à sua primeira reunião do AA, sai logo e não se interessa muito (destaque para a aparição de um certo "Tony S." na reunião). O detetive Izzo procura Sally. Mais uma vítima foi encontrada e uma descoberta foi feita. O assassino é mutante.

Este, inclusive, liga para Sally, se identificando como "Carniceiro" e indagando quantos morreriam até ele ter a história publicada. Sally ainda não publica, indo em um grupo de apoio para ex-mutantes chamado ORDEM. Lá, vários deles contam suas histórias e se apóiam, inclusive Joey, um mutante que nem sabia que era um, seu poder era uma visão especial que lhe permitia tirar ótimas fotos.

Ao sair da reunião, Sally encontra com Blob. Agora sem poderes e cheio de problemas, ele dá a dica do que ocorre em um Asilo. Na verdade, o Instituto Ravencroft onde os mutantes antes considerados "perdedores" agora mandavam no lugar.

Ao sair do local, mais uma vítima é jogada em seu carro, motivando que finalmente a história do Carniceiro seja publicada. Sykes aproveita e entra com tudo nos debates a favor da Lei de Registro. Sally tenta o que pode, mas tem outros problemas pra se preocupar, como uma ex-mutante que se mata em sua frente e uma nova ligação do assassino.

Sally escreve mais artigos, sobre os morlocks ainda restantes, liderados por Medula. Sobre irmãos cuja mutação os separou, e a normalização não pôde juntá-los. Até que finalmente ela encontra um dos X-Men, anteriormente anunciado por Bico (agora um humano normal). É o X-Men original Anjo, que mostra as suas asas caídas. Ele é humano agora.

Anjo caído?


A perda de Warren motiva Sally. Que publica a história de sua filha Minnie. A pequena garota nasceu normalmente, Sally cuidava da filha e era feliz ao lado do marido. Até que detectaram que ela era mutante com uma peculiar "habilidade". Ela estava ficando mais jovem. A pequena Minnie rejuvenesceu até a sua morte, Sally começou a beber e seu casamento acabou.

Sua história comovente estava no jornal. O que desagradou o Carniceiro, que a ataca na casa de Warren, este revela-se ainda mutante, com os X-Men todos a paisana. A equipe mutante o ataca, derrotando-o graças principalmente à coragem de Sally, que não se rende ao inimigo. Ela é recebida com aplausos em sua redação, e termina indo ao AA, determinada a retomar sua vida pela sua filha.

Sally Floyd: uma verdadeira heróina

Essa é Geração M, escrita por Paul Jenkins e desenhada por Ramon Bachs. Nos apresenta mais da periferia mutante, o que está acontecendo com os afetados pelo Dia M fora dos muros do Instituto. E nos apresenta Sally Floyd, uma carismática repórter que conquista o leitor, por ser acima de tudo humana.

Eddie

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