sábado, 16 de junho de 2007

Planeta Hulk - Exílio: Começa a diversão


A reação do Hulk à traição

O Hulk é uma ameaça? Sem dúvida. Por ser uma força da natureza quando na forma do monstro esmeralda, nunca poderíamos cobrar estabilidade de Bruce Banner. O grande problema é que, muitas vezes, esse poder desenfreado que o define foi necessário, ou mesmo vital, para que a humanidade fosse salva. De que forma, quatro indivíduos também detentores de grande poder e influência no trato com as ameaças mais graves (e, em diversas ocasiões, companheiros do Hulk), decidem que o melhor a fazer para acabar com o "perigo verde" é isolá-lo? Exilá-lo em um planeta distante da Terra. Dessa maneira se inicia em Universo Marvel 24 o primeiro arco (em quatro partes) da saga Planeta Hulk, com roteiros de Greg Pak e desenhos de Carlo Pagulayan: Exílio.

A imagem em vídeo com os quatro Illuminati (Homem de Ferro, Dr. Estranho, Raio Negro e Homem de Ferro) vem junto de um discurso sóbrio, e decorado, de como eles aproveitaram a ajuda dada pelo Hulk à SHIELD para, assim, envia-lo a um planeta isolado, onde ele possa ficar sozinho e desfrutar de um espaço imenso sem nenhum ser racional para perturbá-lo. Mas um problema na viagem ocorre, e a nave na qual o gigante viaja – a essa altura já furioso pela sensação de traição daqueles que já precisaram tantas vezes de sua ajuda – é tragada por um portal dimensional, fazendo com que ele caia em um planeta diferente do roteiro.

Chegando lá, ele se vê alvo da disputa de seres com aparência insectóide, mas eretos como humanos, e humanóides de pele rosada. Os segundos se dizem representantes do imperador do planeta Sakaar e que o Hulk seria espólio do portal de sua propriedade. Enfraquecido pela viagem dimensional, um forte sedativo consegue derrubar o gigante enfurecido.

Primeiros contatos

Acordando em um mercado de escravos (diga-se de passagem, nesse aspecto Sakaar tem um clima Star Wars, com uma variedade de raças de seres racionais convivendo e interagindo sob a autoridade imperial) e ainda enfraquecido a ponto de ser contido por correntes de um material super-resistente, ele é comprado e levado à arena de gladiadores. Lá, já se sentindo bem mais fortalecido, o Hulk não tem dificuldade de destroçar monstros típicos do planeta, enquanto poucos seres insectóides como os que ele encontrara antes são massacrados. Destes, destaca-se um que parece ser mais independente, pois não pensa como membro de uma colméia. Este se refere ao Hulk como bimanual. E aqui faço meu protesto. No original ele é chamado de "two-hands". Por que não traduzir para "duas-mãos"? Bimanual parece muito complexo para uma raça que mal sabe falar sem dar guinchos entre as palavras.

Facilidade na arena

Ao saber quem era o Rei Vermelho (imperador do planeta, em quem pretende descontar toda sua raiva acumulada), o Hulk vai em sua direção, quase atingindo-o. O rei reage, aparecendo rapidamente com um exoesqueleto poderosíssimo e vencendo a batalha contra o gigante ainda enfraquecido, mesmo que este consiga desferir-lhe um golpe, necessitando da intervenção de sua guarda-costas, que diz ser uma Sombra Belígera. Com ela, trava-se um diálogo que será a tônica da série. Um Hulk furioso com o exílio imposto por seus antigos amigos encontra o ambiente perfeito para descontar toda sua raiva. E quando a Sombra o diz que aquele mundo não é dele, o gigante esmeralda só responde: "Ainda não". Banner sem dúvida dá espaço ao seu lado- monstro nessa saga.

Começando a diversão

Novamente dopado, o Hulk é enviado a um lugar que causa pânico aos seus acompanhantes insetos: a goela. O que parece ser sinônimo de morte anunciada. O gigante com muita raiva para descontar só consegue exclamar uma frase diante do desespero dos outros. “Vai ser divertido”. E vai mesmo. Planeta Hulk só começou. Hulk esmaga!

« Jøåø »


PS.: No início da narrativa, em um dos quadros está escrito "a cicatriz verde". Na minha interpretação, a melhor tradução seria "o cicatriz verde", por motivos que ainda veremos.

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