Para quem não sabe, títere é aquele que é ou sofre manipulação externa, que nem aqueles bonequinhos de cordinhas. No caso da história que começa nesta edição de X-Men, o manipulador é Jamie Braddock e suas cordas quânticas. Mas, na verdade, os manipulados, usados e desprezados são os leitores.
Na primeira cena desta nova empreitada dos Chriszes (Claremont e Bachalo) surge uma Tempestade em roupas civis, lutando contra guerrilheiros na África. Só tem um leve problema na cena. De onde surgiram a porcaria dos Tigres? Na África não tem Tigre, especialmente esses que estão na imagem abaixo com ela.
Ao mesmo tempo, Jamie Braddock, irmão da Psylocke, e um dos mutantes Ômega mais alucinados das histórias em quadrinhos, aparece na Mansão X causando alvoroço e dizendo que está lá para salvar a humanidade. Bem como que foi ele o responsável pelo renascimento da Psylocke.
O poder de Jamie basicamente é manipulação da realidade através do que ele chama de cordas quânticas, um titereiro em escala universal. Os X-Men o atacam, mas, claro, tudo passa para o papo, apesar da cena da Psylocke encravando a lâmina psíquica na nuca dele ter sido bem legal.
O renascimento de Psylocke se dá em razão da necessidade que Jamie tem dela para salvar o mundo, pois esta seria sua arma contra algo que estaria por vir. Sob os olhos do Vigia, Jamie é sequestrado para alguma outra dimensão por uma mão que lhe atravessa o peito e começa aqui mais uma e bizarra aventura dos X-Men.
Os desenhos do Bachalo continuam muito bons, e a arte final melhorou muito com desenhos mais claros e precisos. É mais uma historinha esquisita que envolve os X-Men, relembrando um pouco a fase aniga do Excalibur, quando Claremont ainda tinha uma certa sanidade e não ficava colocando tigres na África.
J.R. Dib