Deadpool: O que você vai ser quando crescer?

Você acorda de manhã e liga o rádio. De cara, topa com a voz do Dr. Tudodebom, um apresentador daqueles programinhas chatos em que as pessoas falam de sua vida enfadonha. Você ouve elogios ao apresentador, e então começa a ladainha de reclamar do chefe, apesar adorar o serviço. Até aí estaria tudo bem tirando o detalhe de que o ouvinte conta que seu maior dilema atual é saber se mata o “carinha” que era sua missão ou deixa ele se safar, só “zerando” o infeliz. Surreal demais? Não para uma história do Deadpool.

Quem nos acompanhou anteriormente sabe que Lester... ou melhor, o Mercenário... ou melhora ainda, o Gavião Arqueiro Sombrio pegou de surpresa o Deadpool acertando uma flecha em sua cabeça. Agora, ele quer dar um fim de um jeito muito irreverente ao maluco e já que o Dr. Tudodebom não lhe deu nenhuma boa idéia quanto a isso, ele resolveu contratar um açougueiro para literalmente fatiar o mercenário tagarela.

Contudo, enquanto ele e o rechonchudo açougueiro discutem os pormenores, Deadpool se levanta desnorteado e escapa do lugar. O lance desta vez é que com uma flecha encravada na cabeça não dá pra pensar direito (Como se algum dia Wade Wilson tivesse pensando assim). Vagando a toa como um zumbi, Wilson acaba encontrando uma luz... ou melhor, um som. Via a flecha presa em sua têmpora, o mercenário tagarela acabou conseguindo sintonizar também no programa do Dr. Tudodebom e ele parece ser um cara superlegal e capaz de ajudar a Wilson a descobrir seu problema.

Todavia, antes que descobrisse a resposta, Pool acaba topando com o monstrengo açougueiro, que quase corta sua cabeça por um triz. O gorducho acabou arrancando a ponta da flecha fora e tirou o programa do ar... bem, na verdade, da cabeça de Deadpool. E isso deixa Wade ainda mais piradinho, confundindo- o com o Dr. Killebrew (Lembram? Lembram? O cientista que criou o Deadpool). O resultado final é um cutelo na cabeça careca do açougueiro e sem direito a programação no rádio.

Então, é a vez de retomar a luta com o Mercenário. Pool volta ao galpão, com uma das suas esquizofrenias ainda completamente zoneada (Digo, mais zoneada que o de costume). Assim, mesmo em desvantagem, Deadpool consegue escapar dos ataques mais mortíferos de Lester e abriga-se no freezer do açougue.

Sem muitas opções, ele segue o conselho desnorteado de uma das suas vozes: “Seja a carne”. E assim, ele sai do lugar com uma armadura de carne de porco protegendo o seu corpo.

E acha que isso é efeito das atuais avarias em sua cabeça? Um rápido flashback mostra que não. O pequeno Wilson sempre quis fazer uma armadura de carne e sair lutando. Eis a oportunidade.

Vestido como um bárbaro mais bárbaro que o normal, Wilson mostra que sua idéia surreal é eficiente. É louca, mas eficiente. Consegue dar um cacete no Gavião Arqueiro Sombrio, usando o nome de sua professora como grito de guerra. Lester se defende e logo desconfia que a Dona Meyers seria a velha professora de Wilson. E você se pergunta como ele sacou isso? Bem, um rápido flashback (agora de Mercenário) mostra que o pequeno Lester também era tão irreverente quanto o Deadpool quando criança.

A briga se estende para outra ala do frigorífico. Lester toma nas mãos uma serra elétrica, mas Deadpool se mostra mais habilidosos desta vez e literalmente o engancha.

Pelo visto, essa história de Daniel Way e Paco Medina está ficando mais sangrenta que de costume. Isso que dá por dois mercenários psicóticos dividindo as mesmas páginas. Por enquanto, ficamos por aqui pessoal!

Coveiro