Nossa história do mês começa com um programa televisivo (ao que parece, o Larry King Live), onde uma ativista comunitária critica duramente as ações do Cavaleiro da Lua. O relações-públicas da SHIELD tenta amenizar a situação, mas em vão. Nem mesmo Stark é poupado pelas ações de Spector. Afinal, como o Cavaleiro da Lua obteve um cartão de registro? (essa cena me fez lembrar um clássico da Distinta Concorrência).
Porém, o espetáculo televisivo não passa despercebido (óbvio que não, é o Larry King). Du Champ, Rob e Marlene estão vendo o referido programa. No final, Marlene acaba marcando um encontro com uma pessoa.
Dr. Depford é localizado. Lembram-se dele? Sim, foi o psicólogo que deu o aval para que Spector ganhasse o cartão de registro. Ele é localizado pelos agentes da SHIELD, mas, antes mesmo de qualquer ação, ele resolve pedir demissão desse plano. Os agentes relatam a situação para Stark, que pede que confisquem todas as anotações de Depford sobre o exame feito com o Enularado.
Enquanto isso, numa loja de artefatos medievais, um vendedor demonstra a potencialidade de algumas armas. O comprador é ninguém menos que Carson Knowles, o Espectro Negro. Aparentemente, o armeiro fez o serviço completo, inclusive a sua nova armadura. Porém, ele não vai receber um pagamento, ao menos não nessa vida.
Em uma lanchonete qualquer, descobrimos para quem Marlene ligou. Sim, o eterno amor de sua vida: Marc Spector. Após espantar a garçonete, eles começam um papo. Inicialmente, Marlene comenta que Spector está sendo acusado de assassinar um oficial da condicional. Obviamente, Spector nega. A conversa acaba tomando outro rumo. Quando parecia que a conversa ia ficar mais leve, Marlene comenta que viu Knowles. É o suficiente para as coisas saírem dos eixos.
Marc fica completamente transtornado e fica extremamente furioso por só saber o que está acontecendo agora. Marc, num súbito acesso detetivesco, percebe que Knowles é o assassino do agente da condicional. Para Marlene, isso não passa de mais um dos delírios de Spector. Prestes a perder a paciência com Marlene, o Enluarado é interrompido pela mesma garçonete. Antes que arrumasse mais confusão, Spector decide ir embora do local.
Em outro restaurante, bem mais precário, um grupo de pessoas discute o que fazer com um armamento, aparentemente, roubado da SHIELD. Trata-se de armas nanotecnológicas, com qualidade das indústrias Stark. Bom, eles decidiram que vender para o Dr. Destino seria muito complicado. Mas o que eles não esperavam é que Knowles ouvisse tudo.
Já em sua casa, o Cavaleiro da Lua surpreende seu Alfred e sua Tia Cooper vendo a população pedir a cabeça dele. Aquilo deixa Marc furioso, e acaba expulsando os empregados de sua casa.
Enquanto Spector solta os cachorros em seus empregados, uma investigação criminal é realizada. Trata-se do vendedor de armas que topou com o Espectro Negro. Para variar, ele tem o símbolo da lua marcado na testa. Durante a investigação, os detetives são abordados pelos agentes da SHIELD, dizendo que agora o caso é deles. Apesar das evidências, o Detetive Flint acredita que alguém está se passando pelo Cavaleiro da Lua. Mas não é levado muito a sério pelos agentes.
Temos uma cena rápida: Perfil e uma moça que insiste em chamá-lo de pai (coisa meio Nelson Rodrigues, não?). Spector tenta contatá-lo, mas Perfil não está muito disposto no momento.
Em sua Lua-Caverna (ou seria Caverna da Lua? Ou ainda, Lual-Caverna?), Spector começa uma discussão com seu parceiro. Spector acha que ele passou dos limites, onde resultou a morte de um dos membros da gangue chamada “WHYOS”. Mas o parceiro de Spector acha que os métodos do Enluarado são muito antiquados, para alegria de Konshu, que faz sua costumeira aparição para atormentar Spector. Mas a discussão é interrompida pela chegada do Homem de Ferro e um batalhão da SHIELD.
Stark está com sua paciência no limite. Acusa Marc de diversos crimes, além de violação a diversos procedimentos. Marc diz para Stark não se aproximar sem seu elmo e, longo em seguida, quebra o pulso de um agente. Marc diz que está sendo acusado injustamente. Mesmo sendo maluco, ele não mata (só entalha uma lua na cabeça da galera).
Spector diz que o assassino é Knowles e tudo é uma tentativa de incriminá-lo. Porém, ainda que isso seja verdade, Stark questiona como Spector conseguiu um cartão de registro, principalmente levando-se em conta seu dossiê. Adicione o fato de Depford estar morto. Stark fecha a Lua-Caverna e coloca o Cavaleiro da Lua sob investigação.
E Knowles, por onde anda? Ora, ele está matando. Lembram-se daqueles traficantes de armas? Então, o Espectro Negro resolveu pegar as armas tecnológicas para ele. Após chacinar quase todos os membros, ele pede explicações sobre o funcionamento das armas para o Buck, o único poupado (ainda) por Carson. Buck explica como funcionam as Nanitas, as armas para controlar as pessoas desenvolvidas pelas Indústrias Stark.
Em sua casa, Spector é atormentado por fantasmas. Mas precisamente, por um deus. Konshu diz que o Homem de Ferro não é um deus como Thor. Não passa de um aleijado e o seu Avatar da Dor não deveria ter medo dele. Spector fala para deixá-lo em paz. Konshu até gostaria, mas investiu muito tempo nele para realizar sua vingança.
Konshu começa a esbravejar, dizendo para o Cavaleiro da Lua engolir o choro e parar de fazer manha. Spector diz que tudo que ele gostaria de ser era um herói, não um assassino. Enquanto lamenta pelos cantos, Marc é surpreendido por Knowles.
Começa a tradicional luta entre bandido e mocinho. Spector se esforça, mas é facilmente superado. Derrotado e ferido gravemente, Spector é obrigado a ouvir Carson dizer tomará tudo que ele tem nessa vida e ficará exatamente como ele ficou: Sem absolutamente nada. Spector liga para a única pessoa que lhe resta: Crawley.
Crawley chega e encontra Spector num estado lastimável e completamente autodestrutivo. Spector pede pílulas para aplacar a sua dor, mas Crawley se recusa a fornecê-las. Nesse momento, Jake (Crawley chama Spector por esse nome) perde as estribeiras. Crawley então resolve colocá-los nos eixos de novo, nem que seja na base da pancada.
Spector reage e então Crawley diz: “Você é meu herói, desgraçado. Sem você, o que eu sou? Que valor tenho eu? Eu não quero me perder novamente.Não serei enterrado. E eu não assistirei a você se afundar em seu próprio pântano fétido”.
Spector então acorda, e percebe a verdadeira função do bufão da corte. É simplesmente apontar a verdade na cara do rei. E nesse momento, o abatido Cavaleiro da Lua renasce. Mas do lado de fora, Knowles o aguarda.
E mais uma parte (na verdade, duas) do arco “Deus e Nação” se encerra. Muito legal o arco. Mostrar Spector como um herói registrado tem sido um grande acerto Mike Benson e Charles Huston. Somando isso ao fato de nosso herói ter que lidar com seu deus que, a todo custo, quer levá-lo para o lado da matança desenfreada, a história está quase perfeita. Só estou sentido falta do Finch aqui, já seu traço caía perfeitamente para o Enluarado. E não percam a próxima parte, onde o Cavaleiro da Lua parte para cima do Espectro Negro.
Nr: O título é a tradução de “Dark Side Of The Moon”, um dos melhores discos do Pink Floyd.
Rafael Felga