sexta-feira, 3 de abril de 2009

Capitão América: Contra Todos


Captain America #35

Em meio à busca por Sharon Carter, indicativos de uma crise econômica internacional, ou o grave incidente em Washington – quando agentes da SHIELD foram manipulados a atirar contra manifestantes inocentes –, o grande plano arquitetado pelo Caveira Vermelha, começa a ganhar contornos mais definidos. Algo que nem mesmo o surgimento de um novo Capitão América pode ser capaz de impedir.

Em Novos Vingadores 62, agindo sob orientação de Tony Stark, o Falcão parece se aproximar do paradeiro de Sharon, o que os levaria também a um dos agentes do Caveira, Dr. Faustus. Ao mesmo tempo, o diretor precisa lidar com as repercussões dos atos do doutor, fazendo com que a confiança na SHIELD perante a opinião pública despencasse.

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Porém, aos poucos fica claro que o objetivo de tal manobra não era apenas tirar a credibilidade da agência. Diante das câmaras, o senador Gordon Wright surge como aquele que tomou as rédeas da segurança da capital, colocando uma empresa particular – Kane-Meyer – provisoriamente como responsável pela cidade. Logo sabemos que tudo que Wright fez foi sob instruções de Faustus. Os planos do Caveira parecem ser muito mais do que terrorismo e destruição.

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Rapidamente Bucky Barnes percebe isso, pois quando, em trajes civis, observa o acirramento das manifestações às portas da Casa Branca, nota um plano relativamente sutil de intensificação das agitações. Enquanto conversa com a Viúva Negra, que tenta obter informações mais precisas sobre seus alvos, ele fica sabendo que a Kane-Meyer é uma empresa ligada, com graus de distância, à corporação Kronas, do enganosamente falecido Aleksander Lukin – o homem que divide um corpo com a mente do Caveira Vermelha.

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Bucky nota, então, uma pessoa que gentilmente distribui água mineral em meio à multidão. Mas não há nada de gentileza nisso. A água é fabricada por uma empresa da corporação Kronas, e muito provavelmente possui algum elemento químico capaz de intensificar o medo das pessoas. Conseqüentemente, tudo aponta para um novo grave tumulto em Washington.

Ao mesmo tempo, mesmo com suspeitas de que Lukin não tenha morrido, ele e o caveira continuam a manter relações comerciais com o governo dos EUA. Ainda assim, o russo discute com o alemão em sua cabeça, e reclama que perde cada vez mais autonomia. Porém, em meio a discussão o plano parece claro. Ambos pretendem atingir os EUA onde consideram ser mais grave: no bolso, no seu modo de vida capitalista. O que é um plano interessante, ousado, e que parece bem sucedido em seus primeiros passos, dada a reação desesperada a seus últimos movimentos.

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Bucky observa algo anunciado acontecer. O protesto em Washington se torna mais um tumulto. Bombas caseiras voam pelos ares, e a nova força de segurança confronta os manifestantes como a maioria das tropas de choque lidam com casos assim: batendo primeiro, perguntando depois.

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Ele parece hesitar. Pergunta a si mesmo o que pode fazer, mas parece esperar que a resposta venha pela voz de Steve Rogers. A resposta vem de si, e do que conhecia de Steve. A única certeza que Bucky tem é que seu amigo não deixaria que essas pessoas fossem usadas, qualquer que fosse o custo. Por isso, mais uma vez veste seu novo uniforme, e o Capitão América entra em ação.

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Porém, ele logo imagina que aquilo não é o mais importante do plano de seus adversários. O Caveira não é simplório ou mesmo burro. Toda aquela briga e violência são apenas um desvio de foco do principal. Mas o que é esse principal?

Ele pede ajuda a Natasha, para que ela perceba algo de estranho acontecendo longe dali. Enquanto isso, procura deter os agentes da Kane-Meyer mais violentos, que não hesitam em abrir fogo contra ele e uma civil que acabara de salvar. Sua própria habilidade com o escudo que Steve carregou por tanto tempo o surpreende, enquanto cada vez mais percebemos que não poderia haver sucessor melhor.

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De repente, a Viúva detecta algo que pode ser o mais importante da situação. Um helicóptero pousa no Senado quase sem ser percebido. Lá dentro, pouco depois dos ocupantes da aeronave invadirem e atingirem os primeiros seguranças, o Capitão América se depara com Pecado e sua peçonhenta tropa de elite, que se surpreende com o homem que agora é seu adversário.

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Longe dali, o Caveira elogia os trabalhos de Faustus, enquanto lembra que Sharon Carter, que espera um bebê de Steve Rogers, precisa de mais atenção do que ele tem dispensado. Amarrada e dopada, Sharon acorda, e, ainda zonza, vê o próximo doutor que precisa enfrentar: Arnim Zola, o psicopata cientista à serviço do Caveira Vermelha.

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O plano do Caveira é nitidamente ousado, e ironicamente foi publicado nos EUA quando a crise econômica que vivenciamos agora dava seus primeiros sinais. Ainda assim, seu ódio pelo país de seu finado maior inimigo fez com que arquitetasse muito bem suas tramas, fazendo com que ainda nos perguntemos quais seus objetivos com o senador Wright, e o que fará com o bebê de Sharon. E, ainda, o que o novo Capitão América poderá fazer para impedir que tais planos se concretizem.


João

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