Anos atrás, os recém formados Illuminati foram até o Império Skrull tirar satisfações sobre a guerra que eles travaram com os krees na Terra. Acabaram capturados, quase morreram, mas conseguiram escapar, desmoralizando o imperador. Mesmo sem saber, deixaram algo muito precioso nas mãos dos skrulls. Algo que foi decisivo para que a Invasão Secreta fosse possível. Contudo, muita coisa aconteceu desde aquele dia até hoje, quando a invasão chega em sua fase decisiva. A história por detrás da saga que envolve quase todo o Universo Marvel, o início de tudo, do que motivou o planejamento da invasão, começa a ser contada em Novos Vingadores 63.
E o roteirista Brian Michael Bendis, em parceria com Jim Cheung, faz questão de retomar a história exatamente onde a primeira edição da mini-série Novos Vingadores: Illuminati termina. No mundo skrull Satriani, com a promessa do imperador Dorrek de que sua vingança logo chegaria nos heróis da Terra. E esta estaria em algo que foi tomado dos terráqueos que o ameaçaram. Porém, ele é interrompido pela princesa Veranke, que questiona a “paciência” do monarca, acusando-o de ignorar as profecias. As escrituras sagradas da raça skrull.

Em prantos, e apoiada por um pequeno séquito religioso, Veranke diz que as profecias precisam ser ouvidas, que o governo dos mundos skrulls deve ser guiado por elas. E que elas prevêem destruição de vários mundos skrulls, por uma onda devastadora e até mesmo pelo devorador de mundos, e a promessa de redenção em um mundo azul.
Atribuindo isso a superstições inúteis, a fanatismo religioso, Dorrek manda prender e exilar a nobre sacerdotisa, vendo-a como um empecilho aos rumos que pretende dar a seu império. Mesmo sob os avisos do delegado do conselho de guerra – Wor’Il – do perigo que ela representa, ele se preocupa em ouvir seu sacerdote científico, Dro’Ge. E a notícia que ele traz é surpreendente.

O encarceramento do Homem de Ferro, Reed Richards, Charles Xavier, Raio Negro, Dr. Estranho e Namor deu tempo aos skrulls de retirar deles material genético que permite um estudo aprofundando da fisiologia humana e super-humana (desde o hibridismo do inumano e do atlante, passando pela alteração do Sr. Fantástico, a ligação mística de Strange, indo até a mutação natural do professor). Com tempo e tecnologia muito mais avançada, mesmo levando tempo, é possível descobrir o que os faz funcionar, e replicar isso em laboratório. Dorrek diz que espera o tempo que for necessário, e senta em seu trono enquanto seus súditos iniciam o trabalho.
Em um planeta desolado do império skrull, Veranke é exilada e só consegue repetir em tom religioso “ele me ama”, agarrando-se a suas crenças nesse momento tortuoso.

A história corta para uma cena aparentemente estranha, com Reed em uma cama de hospital se lembrando de pouca coisa. Porém, segundo os outro três componentes do Quarteto fantástico ele conseguiu mais uma vez derrotar Galactus, o devorador de mundos. E estão ansiosos para saber como é possível fazer isso. Rapidamente, a conversa ganha um tom quase de interrogatório, quando, em raiva, a enfermeira do hospital saca uma arma e explode a cabeça de Richards com um disparo.
O susto logo faz sentido. Tudo não passava de um estágio avançado do prometido pelo sacerdote científico. Aquele era um clone de Reed, que replica sua capacidade intelectual, e tudo não passava de uma simulação. Uma tentativa em um cenário montado especialmente para aquela situação, para obter informações sobre Galactus. Todos os outros ali eram skrulls, e a enfermeira na verdade era o imperador, que se desculpa por atrasar as análises, mas não conseguiu se controlar frente ao homem que transformou um de seus parentes em uma vaca. Sem dúvidas Reed é o humano mais odiado pelos skrulls.

Porém, a informação seria preciosa, já que anos depois o próprio Galactus, à época em que Frankie Raye (uma centuriã Nova então) era seu arauto, devorou o mundo trono skrull. Uma das profecias se confirmava. E, mais tarde, a Onda de Aniquilação reforçaria a crença nas escrituras.

E como vimos na primeira edição de Invasão Secreta, isso fez com que a população skrull retirasse seu apoio de Dorrek. Em um momento de pavor e incerteza, recorreram a Veranke, e ao que crêem ser escrituras sagradas, retirando a princesa do exílio, elevando-a ao trono, transformando o império skrull em uma teocracia.
De volta a Satriani, em um discurso inflamado, Veranke se mantém fiel a sua crença nas profecias. E o tom é mesmo o de uma líder que mistura as atribuições políticas e sacerdotais, vendo uma verdade metafísica no que os skrulls são e devem fazer. Eles estão certos, porque ele os ama. E sobre os cadáveres de milhões de outros skrulls a raça sobrepujará as dificuldades. Como foi previsto, eles ascenderão, e tomarão aquilo que lhes pertence. O planeta Terra.

Em Tarnax X, o sacerdote científico explica tudo que vinha desenvolvendo sob as ordens do antigo imperador. Mais do que isso, indica um avanço mais do que considerável nas pesquisas. Os skrulls gora sabem muito mais sobre os humanos do que eles mesmos. Principalmente no que tange aos poderes de seus heróis. O resultado disso é a criação de uma nova geração de superskrulls, combinando não apenas os poderes do Quarteto Fantástico como Kl’rt, mas quaisquer poderes que desejarem. E o primeiro a ser apresentado à rainha é um sobrevivente do mundo trono, e aquele que acaba morto após revelar ter substituído Raio Negro e atacado os Illuminati.

Corretamente questionado pelo delegado Ch-Gra, que diz que se forem detectados pelos humanos, os superskrulls logo seriam combatidos e derrotados, como antes, o cientista mostra a maior novidade. Eles descobriram como esconder sua presença de qualquer tipo de detecção, desde que o skrull não mude de forma.
É então que ele apresenta a guerreira Siri, a skrull que substituiu Elektra e acabou morta anos depois. Ela diz que se infiltrou com certa facilidade, pois personifica alguém cujo passado é obscuro até mesmo para os humanos. A abordagem mudou, e os skrulls se tornaram mais perigosos do que nunca. Superpoderosos e indetectáveis, aspiram cumprir o que as profecias previram.

Veranke aprova o plano, sabendo que seria necessário tempo para realizá-lo corretamente. Porém, pensa em ter o máximo de participação em sua execução, afirmando, mesmo sob protestos, que iria à Terra e assumiria uma identidade da comunidade super-humana. E a sugestão de alguém de passado obscuro, que protegeria melhor a identidade da rainha, é chocante para boa parte dos leitores. Nada menos do que Jessica Drew, a Mulher-Aranha.

Será que a Mulher-Aranha, que transitou entre a formação dos Novos Vingadores, dos Vingadores renegados, e dos Poderosos Vingadores é de fato Veranke? Se sim, por que ela entregou o corpo de Siri a Tony Stark? Respostas nas próximas edições.
João
E o roteirista Brian Michael Bendis, em parceria com Jim Cheung, faz questão de retomar a história exatamente onde a primeira edição da mini-série Novos Vingadores: Illuminati termina. No mundo skrull Satriani, com a promessa do imperador Dorrek de que sua vingança logo chegaria nos heróis da Terra. E esta estaria em algo que foi tomado dos terráqueos que o ameaçaram. Porém, ele é interrompido pela princesa Veranke, que questiona a “paciência” do monarca, acusando-o de ignorar as profecias. As escrituras sagradas da raça skrull.
Atribuindo isso a superstições inúteis, a fanatismo religioso, Dorrek manda prender e exilar a nobre sacerdotisa, vendo-a como um empecilho aos rumos que pretende dar a seu império. Mesmo sob os avisos do delegado do conselho de guerra – Wor’Il – do perigo que ela representa, ele se preocupa em ouvir seu sacerdote científico, Dro’Ge. E a notícia que ele traz é surpreendente.
Em um planeta desolado do império skrull, Veranke é exilada e só consegue repetir em tom religioso “ele me ama”, agarrando-se a suas crenças nesse momento tortuoso.
O susto logo faz sentido. Tudo não passava de um estágio avançado do prometido pelo sacerdote científico. Aquele era um clone de Reed, que replica sua capacidade intelectual, e tudo não passava de uma simulação. Uma tentativa em um cenário montado especialmente para aquela situação, para obter informações sobre Galactus. Todos os outros ali eram skrulls, e a enfermeira na verdade era o imperador, que se desculpa por atrasar as análises, mas não conseguiu se controlar frente ao homem que transformou um de seus parentes em uma vaca. Sem dúvidas Reed é o humano mais odiado pelos skrulls.
De volta a Satriani, em um discurso inflamado, Veranke se mantém fiel a sua crença nas profecias. E o tom é mesmo o de uma líder que mistura as atribuições políticas e sacerdotais, vendo uma verdade metafísica no que os skrulls são e devem fazer. Eles estão certos, porque ele os ama. E sobre os cadáveres de milhões de outros skrulls a raça sobrepujará as dificuldades. Como foi previsto, eles ascenderão, e tomarão aquilo que lhes pertence. O planeta Terra.
É então que ele apresenta a guerreira Siri, a skrull que substituiu Elektra e acabou morta anos depois. Ela diz que se infiltrou com certa facilidade, pois personifica alguém cujo passado é obscuro até mesmo para os humanos. A abordagem mudou, e os skrulls se tornaram mais perigosos do que nunca. Superpoderosos e indetectáveis, aspiram cumprir o que as profecias previram.
João