terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Arena de Vingadores: Que os jogos comecem...

Arena

Parece apenas um sonho, mas não é. Tá mais pra pesadelo e bem real. A jovem Jennifer Takeda, também conhecida como radiação, está sendo caçada pela X-23. Ambas já foram colegas na Academia dos Vingadores (em histórias inéditas no Brasil), mas agora são oponentes num jogo terrível. E elas são apenas duas num seleto grupo de outros 16, nesse novo título assinado por Denis Hopeless e Kev Walker. Qualquer semelhança com Jogos Vorazes, não é coincidência. Os jogos do Arcade começaram...

A premissa é obviamente algo que pega carona no sucesso da atual modinha adolescente, a franquia dos Jogos Vorazes. Mas bebe também de outros títulos similares como “Battle Royale” e “Lord of the Flies”. A homenagem inclusive está nas capas e nada encaixaria mais do que o Arcade sendo o vilão da vez. Por sinal, turbinado como nunca antes, ele se refere agora como um Deus do seu novo Mundo da Morte (antes, era apenas Mundo do Crime) e resume a sua nova partida a mesma premissa de Jogos do Trono. Ali, “ou você ganha ou morre”.

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Supostamente capturados ao acaso (ou porque eram vítimas mais fáceis), lá estão Réptil, X-23, Vigoroso, Juston e Radiação (da Academia dos Vingadores), Nico Minoru e Chase Stein (dos Fugitivos), Cammi e Falcão de Aço (que estavam até então perdidos no espaço) e uma série de novatos desconhecidos, alguns da Academia Braddock – Kid Bretão, Corvo Vermelho, Anacronismo, Nara, Ápice, Bloodstone e uma menina-deathlock chamada Ryker. Recém despertados e apresentados ao seu captor, os meninos até tentam lutar contra o vilão, mas ele parece indestrutível. Resta a eles apenas sobreviver, mas para isso Arcade os obriga a escolher a primeira vítima do jogo. O mais fraco deles.

Ali, o grupo parece quietamente desconfortável. E a única a parecer saber o que fazer é Radiação. Ela tenta a todo custo derrotar o inimigo, e acaba sendo ela escolhida para o sacrifício. Seria o fim de Takeda se o seu amado Vigoroso não tivesse ofertado para morrer no lugar da menina. E assim, com uma cena drástica – somos apresentados a uma das mais inusitadas HQs da Nova Marvel.

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A edição 2 segue com um novo ritmo, com foco em personagens bem desconhecidos. Atordoados com o que acabou de acontecer, os jovens se dispersam, fogem. E nesse momento, mais uma vítima morre gratuitamente. Corvo Vermelho, ao tentar escapar voando daquele lugar, choca-se com um teto invisível, quebra os ossos e morre com a queda.

Sozinha, Rebbeca Ryker, a menina-ciborgue, tenta se aproximar de alguém, fazer companheiros. Inicialmente, ela não é bem recebida pelos jovens da Academia dos Vingadores. E até acaba reagindo instintivamente contra Radiação após sentir-se ameaçada. Na floresta, encontra brevemente Cammi. A jovem salva-a de uma mina terrestre, mas não está muito afim de parcerias. Então, Ryker começa a lembrar vagamente do seu passado. Relembra como sua família foi vítima de um Deathlock do futuro e como seu pai,Harlan Ryker, pioneiro da cibernética moderna, a salvou transformando-a no que é hoje.

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Mais tarde, Ryker encontra finalmente alguns para se juntar – A Academia Braddock. Katy Bashir faz as honras do grupo e faz as apresentações. Ela é uma espécie de voadora com certos limites. Kid Bretão é uma versão adolescente do Capitão Bretanha numa realidade alternativa. Nara é uma Atlante desgarrada de seu povo. Cullen Bloodstone é realmente da famosa família de caçadores de monstros e Aiden, o Anacronismo, herdou o corpo de um guerreiro celta imortal. E mal chegou a equipe, Ryker já ganha um codinome – Deathlocket. Mas será que ela está mesmo segura entre aqueles estranho? Ou na verdade, o grupo é quem corre perigo agora?

Por fim, já chegando as bancas no final de Dezembro, a terceira parte dessa história tem foco nos demais Jogadores. Alguém ou alguma coisa parece estar caçando silenciosamente os jovens a noite, e isso deixa-os ouriçados para saber quem pode estar se aproveitando da escuridão para acabar o jogo mais rápido. São cerca de quatro acampamentos entre eles, e a regra é não confiar em ninguém.

Juston, um jovem que conseguiu controlar um Sentinela como se fosse um brinquedinho de estimação é a primeira vítima. Muitos suspeitam que seja Cammi, a mais isolada entre todos ali, a autora do atentado. Primeiro, ela topa com o Falcão de Aço e após uma breve conversa consegue convencê-lo de que não foi ela quem atacou o jovem e destruiu o robozão. Depois, surge X-23, que pelo cheiro, descarta a moça.

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 E, enquanto essa história se desenrola, vemos um flashback de como Cammi chegou até ali após as suas aventuras na Aniquilação. Curiosamente, ela acaba topando com a agente Brandt, da E.S.P.A.D.A. e mostra-se muito mais arredia que antes. De alguma maneira, Cammi não quer voltar para a Terra. Lá, em sua casa, ela é apenas uma humana comum. Então, agora, uma vez nesse jogo, ela se exercita ainda mais para se destacar em meio a outros tão mais fortes.

Por fim, antes de se encerrar essa parte da história, o caçador misterioso ataca mais uma vez. A vítima desta vez é Chris Powell, o Falcão de Aço. Colocando todas as suas armas em jogo, Powell se mostra páreo contra a criatura misteriosa. Todavia, para sua surpresa, sua armadura enlouquece e se volta contra ele. Após atacado, o seu amuleto é arrancado de seu corpo e assim tomba mais um no jogo, um dos mais fantásticos personagens da Casa das Idéias.

Um minuto de silêncio.

Vou confessar a vocês que quando ouvi falar pela primeira vez de Arena dos Vingadores, achei que seria apenas um caça-níquel sem jeito. Mas surpreendeu. A temática é realmente requentada de um sucesso atual, mas o ritmo e o roteiro trabalhado por Hopeless é algo surpreedente e inusitado. Em meio a personagens conhecidos e completamente inéditos, o roteirista consegue dar um bom balanço a trama e conquistar o leitor página a página. Do mix que compõe Avante, Vingadores, de longe é a melhor história.

E o mais legal é saber que a trama irá fechar redonda, pois o arco já acabou lá nos EUA num total de 18 edições. Vai ser um programa de TV interessante de se ver!

Coveiro

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