sexta-feira, 14 de março de 2014

Tenha Clemência dos Thunderbolts!

UNIVERSO MARVEL 3 4 MARVEL NOW NOVA MARVEL THUNDERBOLTS V2 4, 5, 6

Nas duas últimas edições de Universo Marvel de 2013 (#3 e #4) o primeiro arco dos novos Thunderbolts foi concluído, dando fim à participação do desenhista STEVE DILLON – o que deixou muitos leitores felizes. Ainda que a nova abordagem não anime muito, alguma coisa vai se construindo na medida em que o roteirista DANIEL WAY prepara o terreno para o seu último arco à frente da revista.

Para começo de conversa a interação entre os personagens é tão bizarra que acaba sendo divertida. Não surpreende nem um pouco a reação do Justiceiro à presença do Líder entre as suas fileiras, e nem o choque entre o vigilante e Deadpool. Duas personalidades que definitivamente não combinam, e por isso geram situações curiosas ou às vezes bizarras.

A trama toda se desvela, e há pouca surpresa, com indícios da intervenção militar dos EUA no estabelecimento de um governo autoritário, e a torta tentativa do Hulk Vermelho para que tudo fosse minimamente consertado. O Justiceiro, envolvido com Elektra (causando ciúmes em Deadpool, vá entender), ajuda na fragmentação do grupo que, mesmo assim, parece fazer com que as coisas funcionem perto do ideal.

A reviravolta que envolve a relação longínqua entre o Líder e o mercenário anabolizado de Kata Jaya não anima muito, e Way parece querer enfiar esse retcon goela abaixo do leitor. A história é bastante confusa até o seu desfecho, e o surgimento de Clemência, atraída pela radiação gama presente no Rulk e no Líder só adiciona mais pontas soltas aos nós criados pelo roteirista.

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A história acaba de fato girando em torno do Líder, e de sua capacidade mental ampliada pelas radiações gama. Mas a fome por morte e por violência da misteriosa Clemência acelera o processo iniciado pela iniciativa do Hulk Vermelho. Uma reviravolta bizarra mostra que a capacidade mental do Líder é tão grande que literalmente não cabe em seu cérebro. E Ross quer esse conhecimento para algo muito maior que a cabeçona do Líder.

Por fim, o que parece uma missão de libertação de um país há anos sob um regime autoritário patrocinado pelas forças armadas dos EUA, é apenas uma cortina de fumaça para algo muito mais complexo.

A missão acaba bem sucedida, mas não se pode dizer o mesmo sobre a história. Ainda faltam algumas coisas para que esses novos Thunderbolts sejam interessantes. Quem sabe a mudança na arte das próximas edições dê uma ajuda.

João

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