sexta-feira, 7 de março de 2014

Wolverine e Nick Jr em estilo máquina mortifera

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Paul Cornell e Alan Davis são a nova equipe criativa da revista mensal do Wolverine e a dupla de ingleses nem perdeu tempo na sua primeira história do mutante canadense. Colocou Logan logo de cara numa situação complicada envolvendo uma estranha arma de origem desconhecida que domina a mente de seu portador. Isso o obrigou a matar um civil inocente logo na sua primeira aventura. Mas a coisa muda de figura quando o mecanismo domina o filho da vítima, Alex, que foge desenfreado pelas ruas levando caos para a cidade.

Curiosamente, aquele quem domina a mente de Alex se aproveita do fraco que Wolverine tem por machucar crianças. Ao mesmo tempo, parece bem curioso em entender a mente de Logan, que parece matar tão facilmente em dados momentos e outros não. Após alguma conversa, aquela entidade enfim deseja se desfazer do corpo de Alex, e se joga de um prédio. Num ultimo instante, Logan se lança para pegar o garoto e aparar a queda. Eles só voltam a se ver quando chega atendimento médico. O menino está bem, livre daquilo que o possuia, mas com muito medo do Wolverine. Já a arma... ela foi parar nas mãos de um outro civil disposto a dar fim ao Wolverine.

Quem chega pra por ordem na casa é ninguém menos que Nick Fury Jr (Sim, filho do Nick Fury Pai e a cara daquele ator, Samuel Lee Jackson, sabe?). Ele alveja o civil, que perde a arma e sai voando. Sem ter muitas explicações para dar a SHIELD, Wolverine realmente percebe que a coisa é grande quando vê que o Vigia está bem ali, observando tudo que acontece.

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Wolverine leva Nick jr para um bar chamado Guernica, que segundo ele é uma espécie de "point" para gente como eles. Heróis e relacionados a heróis. Lá, Wolverine é operado por Victoria Frankenstein (parente do doutor mitologico), que lhe tira a bala presa ao ombro disparada pela arma esquisita. Também estão no bar o matematico e agenciador de apostas Robert Templeton, o escritor de quadrinhos Marcus Harold, o catalogador de superseres Dr. Jason Rivera e a proprietaria da empresa Controle de Danos, Ann Marie Hoag. Eles serão o suporte de Logan e Nick Jr para desvendar o mistério sobre essa estranha ameaça. Wolverine não quer envolver aqui nenhuma super-equipe para não correr o risco de ter um "Thor" dominado.

Curiosamente, vale notar aqui uma pequena piadinha deixada pelo Nick Fury Jr. Ao brincar que Wolverine é o "Lobo Solitario" presente em mais super-equipes, Logan adverte que ele nunca disse isso sobre ele. É uma alcunha que apenas atribuem a ele. "Eu gosto de pessoas" responde com jeito marotão. Então, o alarme do carro do Fury toca. É o sinal de que descobriram algo a mais da arma.

O mecanismo alienigena foi parar no Queens, onde bandidos e policiais (ou aparentemente isso) estão invadindo a farmaceutica Blenkin. Wolverine e Nick Jr partem imediantamente para lá, mas acabam se confrontando com Mandroides da SHIELD. Inadvertidamente, eles também foram acionados para o chamado e confundiram Wolverine com um intruso. Quando o mal entendido se resolve, Logan e os Mandroides partem para o armazem do local e encontram os intrusos. Eles estavam para partir com um caminhão quando Nick Jr bate o seu carro voador neles impedindo a fuga. Ainda assim, um avião misterioso aparece e consegue roubar o container a tempo. Não havia nada que eles pudessem fazer.

Num complexo Industrial em Port Reading, cientistas recebem o container. Dentro dele havia uma espécie de incubadora. O procedimento que segue é ainda mais esquisitos, os cientistas cortam parte de sua pele e enfiam a mão na incubadora. Eles falam como se não fossem daqui, referem-se ao seu "lar" e sugerem uma dominação mundial.

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Logan e Nick Jr vão atrás de novas pistas para descobrir para onde foi o container roubado. Primeiro, seguem o avião que roubou o armazem, mas os pilotos nada sabem. Assim como aqueles dominados pela arma, parecem ter sido hipnotizados. Então, o baixinho segue para a Farmaceutica Blenkin e força um dos "cabeças" do lugar a explicar o que foi roubado relembrando que em outras vezes os Vingadores salvaram uma filha dele. E, então, descobre que a incubadora tinha um rastreador e isso o leva para New Jersey.

Wolverine chega a tempo de ver um avião pequeno iniciando vôo com a incubadora como carga. Ele se joga ainda do alto para interceptar a nave. Mais uma vez, encontra a estranha arma "alienigena" na posse de um dos ocupantes. Na luta, a arma acaba sendo arremessada para fora do avião. Os pilotos também saltam do avião, que segue em piloto automatico para cima de Nova York. E há incubadora está nele. E há algo crescendo nela e Logan não faz idéia do que seja.

Começa então uma das cenas mais fantásticas do mutante canadense, muito digna do traço de Alan Davis. Logan sabe que o avião está pronto para se chocar com um estádio onde está rolando uma partida dos yankees e que muitos morrerão no processo. Ele então sai para fora da aeronave e usa suas garras para cortar as asas do avião. Assim, ele tomba em segurança no oceano próximo a ilha. Wolverine é resgatado por Fury Jr. Mas ainda há muitos mistérios não solucionados aí. E o Vigia está mais uma vez de olho.

Essa talvez não seja a mais extraordinária história do Wolverine, mas está bem acima de muitas outras num tempo de maré fraca para o personagem (que foi salva vez ou outra por Jason Aaron). Paul Cornell é um excelente roteirista. Quem conhece o trabalho dele sabe justamente do que estou falando. E estar acompanhado do mais que clássico Alan Davis mostra uma qualidade realmente britânica do enredo. De fato, estou realmente bem curioso com o que está por vir nas próximas histórias do personagem.

Coveiro

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