segunda-feira, 3 de março de 2014

Wolverine Selvagem: Perdidos!


Com a vinda da Nova Marvel, Wolverine foi agraciado com não apenas um, mas dois títulos nos EUA. Um deles você já conferiu com o relançamento da revista mensal.  O outro, que praticamente pode se enquadrar como uma revista para convidados especiais, Wolverine Selvagem, vai começar a sair aqui através de uma série de encadernados. E o primeiro deles é coisa fina! Nada menos que Frank Cho assume roteiros e desenhos, fazendo o que sabe de melhor – Mulheres, Dinossauros e um show de narrativa sequencial.

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Tudo começa com uma expedição cartográfica da SHIELD na Terra Selvagem. Shanna, a Mulher-Demônio está acompanhando a equipe e ao se aproximar da Baía do Terror, tudo dá errado. A equipe cai na Ilha Proibida e depois disso parece impossível escapar de lá. Oito meses passados, como que do nada, Wolverine aparece lá, praticamente caído dos céus. Sem entender muito, ele caminha pelo lugar, lutando contra velociraptores e aborígenes, até que finalmente encontra um rosto familiar – A exuberante Shanna.

Após explicar como caíram ali e nunca mais conseguiram escapar, Shanna e Wolverine se aliam para finalmente ter forças o suficiente para escapar da maldita ilha perdida. E pra isso vão ter que enfrentar as coisas mais estranhas da Terra Selvagem. Algo como Pteronodontes-humanóides. Mas eles não serão os únicos. Num outro ponto do lugar, como que do nada, surge o jovem Amadeus Cho. Certamente, aquele lugar está atraindo todo tipo de estranhezas para lá.

Amadeus Cho está aqui um pouco mais crescido do que estamos acostumados. Mais experiente, vestido com um terno, detentor da Tecnologia Bannertec e até mesmo com uma inteligência artificial chamada “Calvin”, o garoto não é nem de longe alguém indefeso ali. Não é a toa que consegue intimidar fácil os selvagens locais. Conversando com o mestre da aldeira de aborígenes, Cho finalmente conhece um pouco da história daquele lugar maldito. Ao que parece, houve tempos atrás uma luta entre um celestial e uma criatura alienígena do mal. Lá, o mal foi aprisionado e guardiões (como os homens daquela tribo) protegem o santuário. Todavia, sempre constantemente o lugar parece ‘chamar’ por estrangeiros para libertar o monstro preso. O velho mestre da Aldeia também mostrou ter capacidades mágicas inexplicáveis, como uma poção capaz de ressuscitar mortos.

Enquanto isso, Wolverine e Shanna continua combantendo os locais sem saber que estão servindo um propósito maior. Isso resulta em Logan despencando de um grande desfiladeiro e Shanna aparentemente morta. Foi graças a Cho, que a reconheceu, que o Mestre da Aldeia resolveu ressuscitá-la. Foi assim que Cho descobriu um outro Homem-Coisa aprisionado no lugar e que era fonte da poção que ressuscitava pessoas. E assim Shanna reviveu.

Agora sabendo do plano maior em jogo, Shanna e Cho se juntam para deter Wolverine a não soltar o monstro antigo aprisionado na ilha. Para isso, Logan atacou mais uma leva de aborígenes e até Gorilas gigantes. E após o massacre dos símios, Shanna chega bem a tempo de deter Wolverine de abrir o portal. Porém, chega na ilha um quarto convocado – Hulk.

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A briga gerada entre Wolverine, Hulk e os Gorilas foi demais para a estrutura do templo. O mesmo ruiu, libertando Aquele que Caminha nas Sombras, Morrigon. Hulk ate tentou detê-lo, mas sem sucesso. O alienígena fugiu dali e numa espécie de epílogo foi até seu mestre. Visher-Rakk é uma espécie de Galactus ainda mais maquiavélico. E ele acaba de saber que há outros lugares em nossa galáxia para poder se alimentar.

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A história se encerra por aqui, uma outra equipe criativa assumirá a seguir, mas esses cinco números em encadernado já valeu e muito para os fãs de Cho. Quem viu o trabalho do desenhista na antiga história da Shanna na revista Max sabe como é de cair o queixo o trabalho do artista. E não, não estou falando só de mulheres semi-nuas. Não negando que Cho seja bom nisso, mas há algo mais no trabalho de Frank que qualquer um com pouco conhecimento de arte sequencial vai saber apreciar. É um daqueles trabalhos que pode ser composto de páginas e mais páginas sem diálogos e mesmo assim ter uma fluidez de história.

Cho também não é nenhum leigo dentro do tema. Depois de sua Shanna na Marvel, Frank foi criador e roteirista da série Jungle Girl que mistura bem esse tema de mundo perdido com ficção de realidades temporais bagunçadas. Podemos até considerar essa história uma espécie de “revival” de sua personagem que acabou não tendo continuidade após o segundo volume. Particularmente, como fã do artista, fiquei muito satisfeito com esse encadernado em separado lançado pela Panini.

Coveiro

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