Quem viveu os quadrinhos dos anos 90 certamente vai se lembrar do título Carnificina Máxima, um dos mais memoráveis crossovers do universo aracnídeo co-estralando Venom, até então que nunca tinha servido como Anti-herói e o insano Carnificina. Passado anos, Cletus Kasady finalmente está de volta e dessa vez é alvo de interesse de vilões de uma outro universo. E desta vez, quem vai ter que cuidar disso são outras versões similares aos antigos heróis - o Agente Venom e o Aranha Escarlate.
Cletus Kasady estava preso na Montanha Thunderbolts quando ocorre uma fuga na prisão e ele é o principal alvo a ser libertado. O Agente Venom era o único para dar apoio aos carcereiros do lugar, mas seus esforços foram em vão. Contudo, uma pista dada por sua amiga e reporter Katy Kiernan, leva Flash Thompson para Texas, onde está sendo construido uma máquina experimental chamada Poço de Prometheus.
E Houston, no Texas, é o território do Aranha Escarlate, personagem que mal teve publicações aqui no Brasil, mas você conferiu um pouco dele na saga da Ilha-Aranha. Ele é Kaine, clone imperfeito do Homem-Aranha que acabou morrendo e tendo uma segunda chance de vida para viver como um novo herói - O Aranha Escarlate. Seu métodos, no entanto, não são nada parecidos com o do Peter Parker original. E é lá que ele sabe pela primeira vez da volta do Carnificina ao atacar um homem chamado Ryan Ketola.
Mas o alvo de Cletus era na verdade a Dra. Ketola, esposa da vítima e responsável pelo projeto Poço de Prometheus no Centro Espacial Lyndon B. Johnson. Carnificina ataca o lugar, justamente quando Katy Kiernan estava fazendo uma visita, mas terá que primeiro confrontar o defensor do lugar, o Aranha Escarlate. Ajudado por uma trupe de estranho seres, Cletus consegue escapar para o Microverso usando o experimento Prometheus e leva consigo Katy. O Agente Venom chega tarde demais, mas decide se aventurar no diminuto universo para capturar o vilão e resgatar Kiernan. E não irá sozinho. Kaine irá junto.
Uma vez naquele estranho mundo, os personagens são separados para destinos diferentes. Carnificina está acompanhado pelos seus estranhos libertadores, mas decide libertá-los quando percebem que os mesmos querem apenas usá-lo para propositos desconhecidos. Agente Venom acaba se deparando com os Micronautas, heróis daquele universo formados por Arcturus Rann, Marionette, Quark, Faísca e o Besouro (o mesmo que vez ou outra também é um Guardião da Galáxia. Já o Aranha Escarlate está ao lado de um personagem de proporções divinas do lugar, o Redentor.
De forma muito estranha, os Simbiontes reagem muito diferente no Microverso. Seus portadores são definidos pelos locais como sendo 'corruptores' e tem relação bem direta com o ser divino, Redentor. E a história desses três personagem se convergem quando o grande vilão da trama aparece, o Marquês Radu. Ele quer criar uma exército contra o Redentor, usando os simbiontes do Carnificina e Venom como materia prima para animá-los.
E um exército de simbiontes era tudo que os heróis não precisavam. Mas a dica da vitória estava bem ali, no Agente Venom. Sendo não apenas um deles, mas o responsável por dar origem ao Carnificina e todos os demais, bastava usar sua conexão com os demais e desfazê-los. Cletus foi derrotado ali, mas não detido, fugindo para nosso Macroverso.
Sendo armados pelos Micronautas, Agente Venom e Aranha Escarlate voltam ao nosso mundo, bem para Houston, onde Carinificina está tocando o terror no lugar. Pra azar da dupla, eles ainda estão sobre efeitos do translocamento dos universos e bem pequenos. E mesmo assim, os dois heróis mostraram que não são fáceis de se lidar. Após explodir uma granada sônica goela abaixo do Carnificina, o herói tombou. Mas isso não foi suficiente para o Aranha Escarlate, que ao enfiar uma garra na testa de Cletus, o lobotomizou.
Agora, o vilão está quase catatonico na prisão, mas não livre do simbionte. Praticamente, podemos dizer que ele é quase 100% Carnificina agora. Já o Aranha Escarlate segue sua vida em Houston. E o Agente Venom tem mais uma história na edição, a número 27.1. Nela, temos uma revisão de tudo que andou acontecendo com Flash Thompson até aqui - de envolvimento com demônios aos problemas de sua mãe traumatizada com o ataque do Sexteto Selvagem. No fim, resta a Thompson começar nova vida longe dali.
Essa edição chega a ter vários pontos contra ela. Primeiro, por estar "imcompleta" em seu entendimento, já que no Brasil as aventuras de Aranha Escarlate e a minissérie Carnificia U.S.A não foram publicadas. E elas são pontos diretos para entender melhor onde estavam dois personagens importantes da Trama até ali. A história também não chega nem perto da sua versão original e inspiradora, chegando até mesmo a ser uma trama tão descompromissada que nem valeu juntar personagens tão interessantes nesse crossover. Podemos dizer aqui que nem Chris Yost salvou desta vez. Em contrapartida, sabemos aqui que a partir da próxima edição, a Teia do Homem-Aranha entra em nova fase, finalmente fazendo parte da Nova Marvel. As mudanças que ela sofrerá só saberemos de verdade daqui a uns meses.
Coveiro