O título do artigo já diz tudo. Depois de um arco repleto de clichês e situações de qualidade duvidosa, Peter Milligan nos dá um presente de grego, com um epílogo para resolver as questões do arco. Mas nem tudo é motivo para tristeza, pois essa edição não marca apenas o fim desse arco, mas também o final da "Era Milligan". O que, sem dúvida, é motivo de alegria para todos os x-fãs.
Nesse epílogo, vemos para onde Solaris levou Gambit na edição passada. Ambos estão em um Templo Zen, onde Shiro diz para LeBeau que os dois não são nem cavaleiros, nem X-Men. Portanto, segundo Solaris, eles devem eliminar o apego a professores, mestres e coisas externas, para poderem reencontrar o seu caminho. Shiro ainda afirma que existe mais uma como eles, e que o dever deles é encontrá-la para todos ficarem juntos.
Essa terceira pessoa é óbvia. Polaris está no Instituto, ainda se recuperando de seu tempo como Cavaleiro da Peste. Emma diz que ela está se recuperando fisicamente, mas a mente ainda é um mistério. Temos mais uma cena ridícula entre Gus e Vampira, com mais um agravante, pois em um dos quadros os balões no diálogo deles foi invertido. Um erro da edição original, não corrigido aqui. Lamentável.
Os testes de Hank e Emma revelam que Polaris está manifestando poderes magnéticos. Mas ela não voltou a ser mutante, seus poderes são criados por tecnologia. A conversa é interrompida pela chegada de Gambit e Solaris, que pretendem levar a mutante de cabelos verdes com eles.
Solaris e Destrutor se estranham. E Bobby Drake congela os dois mutantes invasores. Mas Solaris usa seu poder, provocando uma explosão violenta e derrubando os heróis mutantes. Nesse momento, Gambit se arrepende de seus atos e pergunta se alguém se feriu. Curiosamente, ele está usando sapatos altos da cena. Realmente, o cajun não é mais o mesmo.
Só que logo depois ele já está longe, sendo atacado por Vampira. Espere um pouco, a pessoa caída no chão era a Emma Frost, mas com as cores do Gambit. Outra bola fora da edição.
A luta se divide em duas frentes. Solaris na enfermaria tentando capturar Polaris, e Gambit contra a Vampira. As duas lutas não se desenrolam da maneira esperada. Polaris se recusa a ir com Shiro, afirmando que não pertence a ninguém e Gambit quase mata Vampira, que é salva por Gus. Solaris e Gambit fogem do Instituto, seguindo seu caminho longe dos X-Men.
Falando em ficar longe dos X-Men, é o que Polaris resolve fazer. Determinada a descobrir a razão de seus novos poderes, ela parte a procura de Apocalipse, para perguntar ao próprio. Gus tenta uma nova investida com Vampira, mas esta não quer relacionamentos no momento.
No Templo Zen, Gambit e Solaris estão ainda determinados a se desvencilhar do passado. E são surpreendidos por um visitante sinistro, que se coloca como o futuro dos dois. E assim, está tudo terminado.
Acabou de vez o arco. Acabou de vez a "Era Milligan". Que venha a "Era Carey". Essa história só possui um mérito: terminou, pelo menos por enquanto, o casal Gambit e Vampira. Agora existe a esperança de vermos novamente aquela Vampira excelente da fase australiana, por exemplo. Quem sabe até veremos um desenvolvimento bom de Gambit como vilão ou anti-herói. É esperança, mas os nerds vivem de esperança, em muitos casos.
Agora, vou ler algo de qualidade para esquecer um pouco essa história.
Eddie