domingo, 31 de agosto de 2008

Homem-Aranha: Presença Venenosa


Sensational Spider-Man #39

Enquanto o Homem-Aranha recorre a uma de suas aliadas mais confiáveis, a Madame Teia, para contatar o espírito dormente no corpo moribundo de sua tia May, uma ameaça conhecida ronda o local de seu repouso. Eddie Brock está no mesmo hospital que May, e, mesmo que não seja mais o hospedeiro de Venom, sua consciência assassina parece ainda atormentá-lo, fazendo com que um senso distorcido de justiça seja responsável pelo que parece a morte iminente da idosa. Doente de câncer terminal, Brock parece preparar seu último "grande ato" contra Peter Parker.

Na conclusão da história, em Homem-Aranha 80, Eddie, vestido com uma roupa barata que lembra sua antiga condição, vislumbra a noite saudosamente, é novamente atormentado pelos vestígios que Venom deixou em sua mente. É hora de voltar à matança. E é uma distorção dos fatos, vendo maldade ou injustiça nos pequenos erros de uma enfermeira, que Brock justifica a si mesmo o assassinato da vítima indefesa, enquanto uma gargalhada alienígena ecoa em sua consciência. Agora é hora de matar May Parker. A mulher responsável pela criação daquele que veio a se tornar seu maior inimigo, o Homem-Aranha.

Homem-Aranha

Peter tem uma última “conversa” com sua tia desacordada, justificando a “sessão espírita” que promoverá na sala próxima, guardada pela Gata Negra. Acompanhado de Madame Teia, Mary Jane e sua tia, Anna Watson, a tentativa de contato com a consciência de May tem início. Não é uma viagem ao pós-vida, já que ela ainda está viva. Ainda. Ao vislumbrar o momento em que os dois mais estiveram próximos emocionalmente, a noite em que o tio Ben morreu assassinado, May fala com seu sobrinho. Agradecido por ter se lembrado daquele momento, seu espírito fala algo inesperado: ela não quer voltar. Idosa e com o corpo excessivamente frágil, May acha que é hora de seguir adiante, para que Peter possa viver sua própria vida em paz.

Homem-Aranha

Ao mesmo tempo em que esse contato sobrenatural ocorre, Eddie Brock entra no quarto de May. Atormentado por Venom, ele parece preparado para agir.

Homem-Aranha

Peter fica quase histérico quando May se afasta dele, dizendo para que ele viva sua vida, e, resignada, parte para aguardar sua passagem para o pós-vida, trancando-se na sua própria casa, no cenário representado pela imaginação de seu sobrinho. Madame Teia explica que aquilo foi uma escolha de sua tia. Mas alguma coisa parece estranha.

Homem-Aranha

No quarto em que o corpo da idosa se encontra desacordado, Brock hesita, discutindo com a consciência de Venom. O vestígio do alienígena, irritado, deixa claro que Brock não controla aquela “dupla”. Pouco depois, Peter entra na sala, e Eddie está sentado, sem máscara, no parapeito da janela. Ele diz que May não merece ser machucada. Não como a enfermeira.

Homem-Aranha

Assustado, Peter pede explicações. Brock diz que Venom nunca saiu totalmente de seu corpo. Ainda confuso, Peter parece não entender do que ele está falando. Eddie deixa claro que fala do seu “amigo” em comum, mas, com os braços todos cortados como um suicida, afirma que agora ele saiu de seu corpo. Em uma tentativa de remissão, o doente Brock diz que fez coisas terríveis, mas não é uma pessoa terrível, atirando-se da janela, pede perdão, enquanto teias voam em sua direção.

Homem-Aranha

Ele acorda mais tarde, em uma cama de hospital, acorrentado e medicado. Sua frustração por não ter morrido é aumentada pela presença, novamente, da consciência de Venom em seus pensamentos. Porém, depois de ter tido forças para combater sua influência, Eddie Brock parece confiante o suficiente para dizer, que quem manda naquela “sociedade” é ele.


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