Famílias Marvel

Em um Universo com os anos de duração do Marvel 616, o surgimento de ligações familiares entre boa parte dos personagens acaba sendo inevitável. Algumas famílias forjadas na própria origem dos personagens, ou ao longo das histórias, de qualquer maneira existem registros que marcaram, ou marcam época na editora. Por essa razão, o site oficial da Marvel perguntou a alguns dos membros da Casa das Idéias qual a relação familiar que mais lhes agrada. A respostas foram bem variadas.

De cara é quase impossível não falarmos da maior família da Marvel, o Quarteto Fantástico. O artistas Juan Doe e Rafa Sandoval, além do roteirista Marc Gugenheim, não tiveram dúvidas quanto a suas escolhas. Uns enfatizando o clima trazido à família pelo Coisa, que não tem de fato nenhum parentesco com os membros, ou a relação entre os irmãos Susan e Johnny, com personalidades tão diferentes.


O artista Mark Perkins preferiu falar de uma família de origem britânica. Em primeiríssimo lugar, Brian Bradock, o Capitão Britânia, por quem demonstra ter grande admiração. Depois vem a ex-X-Men Psylocke, uma personagem que já sofreu tantas transformações que ele nem mesmo consegue dar conta de se lembrar. Mas quem parece mais chamar atenção de Mark é o terceiro irmão, Jamie, cuja loucura e poderes de alteração de realidade geraram algumas das histórias mais loucas envolvendo os Bradock. Perkins prefere nem falar dos pais, lembrando que o papai Bradock era um guardião escolhido por Merlin.


Para o editor Sênior Raplh Macchio, a relação mantida entre o eterno Mentor e seu filho Thanos, cujo próprio nascimento já se deu com o assassinato de sua mãe. Ralph acha interessante o fardo de Mentor, por ter dado origem a uma das maiores ameaças que o Universo já viu, responsável por milhares e milhares de assassinatos.


Kevin Grevioux, roteirista de Novos Guerreiros, e o diretor executivo Tom Brevoort, escolheram a família mais controversa da mitologia nórdica da Marvel. O primeiro tem grande admiração pelo conflito e amor envolvendo Thor e Odin. Já Brevoort acredita que, colocando o trapaceiro Loki na mistura, temos uma trama de contradições extremamente profunda e interessante no reino de Asgard.


O desenhista Reilly Brown gosta muito da dinâmica da família Summers. Mesmo sendo uma piração, que só faz sentido em histórias em quadrinhos, só a origem de Cable, e a forma como ele se relaciona com seu pai, Ciclope, já lhe rendem um grande interessse. Isso sem falarmos do Conflyto, Rachel Summers, Corsário, Destrutor ou Vulcano.


O roteirista William Messner-Loebs gosta bastante de como os primos Bruce Banner e Jennifer Walters (respetivamente o Hulk e a Mulher-Hulk) são antagônicos. Apesar de serem duas forças da natureza, enquanto Bruce vive em conflito consigo mesmo, Jen consegue levar relativamente na boa o fato de se transformar em uma gigante musculosa e verde. William deixa até a entender que, para ele, a maneira como os poderes de ambos se manifestam tem muito a ver com a personalidade de cada um.


Phil Jimenez, atualmente desenhando Amazing Spider-Man, gosta muito dos irmãos Beaubier, Aurora e Estrela Polar. Duas almas que, mesmo perturbadas e extremamente traumatizadas durante a infância, encontram um no outro a força para continuar a viver.


Por fim, o roteirista Paul Cornell escolhe a relação tia-sobrinho mantida entre Peter Parker e sua tia May. Fruto de uma terrível tragédia na família, a aproximação dos dois, na opinião de Cornell, é o que há na Marvel de mais parecido com sentimentos um relacionamento familiar real.


Ainda poderíamos falar de muitos outros, como a relação entre Magneto, Feiticeira Escarlate, Mercúrio e Polaris, o legado de Mar-Vell deixado para seus três filhos, a gigantesca família Guthrie, os Rasputin ou ainda a recém formada família Cage-Jones. Se você buscar pela memória, relações familiares é o que não falta na Marvel.


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