terça-feira, 12 de outubro de 2010

Wolverine – Arma X: Um Estranho no Ninho

PhotobucketAlinhar ao centro

Começa a sessão de terapia do Paciente X. O psiquiatra inicia pelo passado do doente. Este, então, começa a relatá-lo. Comenta que foi criado nas montanhas do Canadá. Prossegue o seu relato falando que lutou na guerra civil espanhola e que treinou com samurais no Japão. Relata sua paixão por uma índia que morreu, mas voltou do mundo dos mortos e para lá retornou. O relato prossegue, onde o atormentado ser diz que tem amigos com poderes, sendo capazes de voar e teleportar. Por fim, ele fala que viajou à Lua e ao futuro.

Parece um relato de um oligofrênico, não? O problema é que o Paciente X é o mutante mais mortífero do planeta - Wolverine.

Logan continua a dizer que está vendo todas as suas memórias dançando ao seu redor. Em seu âmago, o velho Carcaju se pergunta onde está e como chegou nesse local. Há algo de errado, mas Logan não sabe o porquê. O “seu” psiquiatra coloca um confuso Wolverine para dormir, que se pergunta que lugar é esse. Enquanto Logan adormece, um dos enfermeiros da instituição limpa a porta do quarto de Logan, que está escrito “meu nome é Logan e eu não estou louco”.

Sanatório Dunwich. É o lugar que Logan está trancafiado. O velho Carcaju passeia pelos corredores, sob a advertência para não surtar. Não surtar num lugar como esse? É terça-feira, dia de bolo de carne.

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Somos apresentados a alguns hospedes do instituto. Charlie Motosserra, um psicopata que mata suas vítimas com a ferramenta que lhe dá o nome, Mordedor, com seu hábito para devorar pessoas, Viúva, uma senhora que perdeu a língua, e, por fim, os Anões, com suas charadas. Esses são os companheiros de Logan.

Wolverine caminha pelos corredores, e chega perto da chamada “ala dos incuráveis”. Ao chegar perto, é advertido pelos guardas a sair de perto do local. No momento que os guardas se distanciam, um dos residentes aborda Logan dizendo que tem a chave para sair daquele lugar, chamando o X-man para a liberdade. Logan fica na dúvida, já que Dr. Rottwell, o psiquiatra do lugar, parece saber um jeito para ajudar. Mas o novo amigo do Logan diz que ficar naquele lugar só terá um destino: perder o seu cérebro.

Toca o sinal para os remédios. Logan vai até a fila e recebe uma jujuba e uma borracha. Em sua sala, Dr. Rottwell assiste a toda a movimentação dos pacientes.

Anoitece, Logan está deitado em quarto, quando o mais novo fugitivo de Dunwich aparece e oferece uma chance para que Logan dê adeus ao local. Logan, no entanto, prefere ficar no sanatório.

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No dia seguinte, hora dos remédios. Logan verifica que seu novo amigo ainda está no instituto. Mas percebe que ele não está com as ideias no lugar certo.

A rotina prossegue: remédios, passeios e interação com os outros pacientes. E mais tarde, é realizada uma festa a fantasia, em homenagem a um dos pacientes que conseguiu alta. Wolverine se sente ainda mais deslocado. Em meio a festa, ele é abordado pelo Dr. Rottewell, que está aparentando uma fantasia de Emma Frost. Rottwell pede para que Logan vista sua fantasia. Este coloca uma máscara de Homem-Aranha. Em meio aquele baile de loucos, Logan e Rottwell conversam, sendo que o principal tema é a recuperação da sanidade de Logan.

A festa se encerra. Wendell é agraciado com a liberdade, apesar de não querê-la. Na noite do dia que a conseguiu, Wendell retorna, desesperado, à Dunwich. Pede para que seja reinternado. Rottwell lhe abre a porta novamente, encaminhando-o para a chamada “ala dos incuráveis”, para nunca mais sair de lá...

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Começa o processo de cura do Paciente X. Jatos d’água, choques elétricos e muita agressão. Rottwell quer ver o lado negro de Wolverine aflorar. Mas parece que não será uma tarefa tão fácil assim.

Quinta feira. Prato do dia: Bife com batata. As memórias de Logan parecem cada vez mais confusas e sem sentido. Charlie está agredindo um paciente. Wolverine diz que alguém deveria dar uma liçãonele. Ao perceber que está sendo sondado, Charlie entra em desespero.

Ao tentar dormir, Wolverine se vê as volta com mais pesadelos, enquanto Charlie os vive.Logan se pergunta como aquele local irá ajudá-lo, já que todos a sua volta parecem ser mais insanos que ele próprio.

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Naquele mesma noite, duas pessoas visitam o local para obter alguém para fazer alguns serviços excusos. Rottwell os recepciona e lhes oferece uma versão atualizada do Charlie. Os mafiosos ficam preocupados. Enquanto um deles faz algumas ligações, o outro aguarda, com uma cara de apreensão. No entanto, Rottwell resolve testar o novo Motosserra 2.0. Enquanto um é trucidado, o outro é drogado. E se torna mais uma vítima daquele porão de loucos.

Após uma noite tumultuada, chega a sexta-feira. Dia de torta de carne. E aos poucos, Wolverine parece despertar, com suas garras demonstrando uma imensa vontade de sair. Mas ainda assim, os guardas conseguem controlar a outrora fera indomável.

O lugar fica cada vez mais insano. Wolverine se perde entre os dias. Já não sabe mais qual momento da semana está. E as tentativas de Rottwell para que ele externe suas trevas ficam cada vez mais insuportáveis. Até que o insano psiquiatra consegue. O Paciente X se foi. Tudo que resta é a máquina assassina conhecida como Logan.

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Jason Aaron e Yanick Paquette me surpreenderam. Aaron provavelmente, se continuar do jeito que está, entrará para o Hall of Fame do baixinho, junto com autores clássicos como Chris Claremont e Larry Hama. Se Paquette fosse substituído por algum desenhista mais surrealista, como Mckean, teríamos um trabalho comparável a Asílio Arkan, do Morrison (pode ser até exagero, mas...). Vamos ver como o arco prossegue.

Rafael Felga

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