Durante um painel na NYCC, Matthew Vaughn confirmou que está trabalhando em uma reinicialização de Kick-Ass, bem como em Kingsman 3. Contudo, em parte de sua apresentação, o diretor revelou mais sobre seu tempo trabalhando na franquia X-Men. Vaughn é conhecido por dirigir X-Men: Primeira Classe, mas quase dirigiu X-Men: O Confronto Final. Fato que poucos conheciam, Vaugham revelou pela primeira vez alguns fatos bem macabros sobre porque deixou a direção do filme logo cedo.
Matthew Vaughn revelou durante o painel que deixou o projeto depois que um roteiro falso foi escrito para enganar Halle Berry, que fez a Tempestade nos filmes anteriores.
“Uma das principais razões pelas quais eu saí do X3 foi uma história verdadeira, e não me importo se não devo dizer isso, mas Hollywood é realmente política de uma forma estranha. Eu fui num dos escritórios dos executivos e vi um script X3 e imediatamente soube que era muito mais gordo. Eu pensei, 'Que diabos é isso? Este rascunho?' Ah, não se preocupe com isso. Tipo, não, não, eu sou o diretor”, disse Vaughn.
"Estou preocupado com este rascunho. Diga-me o que é. Não me disseram, então peguei dele. Foi como um momento de loucura, mas peguei. Abro a primeira página e estava escrito África, Tempestade ... crianças morrendo não têm água, ela cria uma tempestade e salva todas essas crianças. Ok, é uma ideia muito legal."
Foi quando Vaughn disse que o executivo apontou que a cena só foi incluída para fazer Berry concordar em aparecer no filme, e o estúdio queria cancelar essa cema no momento depois que Berry assinou seu contrato.
“Eles disseram que era o ‘roteiro de Halle Berry’, porque ela ainda não se assinou. Mas assim que ela conseguir o que quer e assinar, vamos jogar no lixo”, acrescentou o cineasta. . "E eu pensei, 'Uau, você vai fazer isso com uma atriz vencedora do Oscar que interpreta a Tempestade? Estou fora daqui. Então desisti."
Ele também se lembrou de ter ouvido que nunca mais trabalharia em Hollywood depois de deixar o projeto:
“Sim, isso foi bizarro porque eu saí de Layer Cake, um pequeno filme de 3 milhões de libras, e de repente recebi uma ligação de Hollywood dizendo: 'Você gostaria de fazer um filme dos X-Men?' E eu disse, 'Sim'. E eu pensei que X-2 era uma obra-prima. Então eu estava preocupado em tentar entrar no lugar de Bryan Singer, e foi um sonho que se tornou realidade. Eu fiz o storyboard do filme. O final do filme não era o filme que eu iria fazer. A sequência Golden Gate foi o início do segundo ato e tivemos uma sequência de ação maluca em Washington... mas fui ingênuo", explicou Vaughn.
“A maneira como produzo filmes era: 'Aqui está um orçamento e um cronograma, cumpra-os'. E Hollywood não funciona assim. Eles dizem: 'Aqui está o orçamento. Aqui está um cronograma. Vamos fingir que vamos fazer isso e então vamos compensar tudo', e eu não não sabia disso. Eu não sabia disso naquela época. então fui ingênuo em ir embora. Recebi o discurso: 'Você nunca mais trabalhará nesta cidade', e eu meio que acreditei nisso", ele contínuou.
"O homem que disse que você nunca mais trabalhará nesta cidade assistiu Kick-Ass. E para seu crédito, ele me ligou e disse: 'Quer saber, eu não quis dizer isso quando disse isso'". Vaughn acrescentou.
Mesmo tendo acabado não dirigindo X-Men: o Confronto Final, Vaughn continuaria trabalhando para a 20th Century Fox em X-Men: Primeira Classe, o primeiro filme da segunda trilogia do estúdio.
Embora Vaughn não tenha planos de retornar ao mundo dos X-Men, ele provocou seu reboot do Kick-Ass na NYCC.
“No próximo ano, reiniciaremos Kick-Ass e faremos Kingsman 3”, disse ele aos fãs. "Kick-Ass meio que mudou a percepção das pessoas sobre o que é um filme de super-herói naquela época. Então, estamos fazendo isso de novo. Portanto, não é nenhum dos personagens do outro Kick-Ass."
"Gostaríamos de trazê-los de volta após a reinicialização, mas essa reinicialização está saindo por uma tangente da qual realmente não posso falar. Mas é divertido" disse por fim Matthew.
Ao ComicBook.com, o diretor falou que “Faremos um reboot de Kick-Ass no próximo ano, mas é total… é como… é tão corajoso quanto o primeiro, mas totalmente diferente e mais reflexivo dos tempos em que estamos”.
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