Eco é a primeira série TV-MA produzida pela Marvel Studios. Com a ideia de explorar mais da conexão do Rei do Crime Wilson Fisk com sua sobrinha 'adotada' Maya Lopez, o programa trouxe cenas de ação muito pesadas para o público da Marvel Studios. Contudo, foi também responsável por explorar mais da cultura e ancestralidade da personagem. Como Richie Palmer, produtor executivo da Eco, explicou em uma entrevista exclusiva ao ComicBook.com, a série utilizará a história dos nativos americanos para ajudar a levar para casa o destino improvável de Maya.
“A história é realmente sobre Maya voltando para sua família e sua cultura”, explicou Palmer. “Isso foi mais do que apenas uma história sobre uma vilã se tornando um pouco mais que uma vilã, uma pequena anti-heróina. Na verdade, era Maya Lopez voltando para sua cultura, de uma forma que ela meio que deu as costas por anos".
"No segundo que ela entra em Tomaha, ela começa a se sentir dominada por esse sentimento de cultura e responsabilidade do seu passado e dos seus antepassados, de uma forma que ela nem entende. Para nós, foi essa forma de dizer 'Olha quanto tempo essa cultura existe ... Houve outras mulheres em sua linhagem como você, Maya, que você nem conhece, porque você foi embora quando era criança. É meio que bater nela assim que ela chega em casa."
Já numa entrevista para o Native News Online, o produtor explicou que "Não poderíamos escolher uma personagem como Maya Lopez e colocá-la na tela e não representar autenticamente quem ela é como pessoa. Nos quadrinhos, sua formação é um pouco inconsistente, eu diria, então decidimos fazer ela ser Choctaw porque tínhamos escritores de diferentes origens e afiliações tribais em nossa sala de roteiristas. Foi nosso escritor Choctaw, Steven Paul Judd, que continuou trazendo histórias muito pessoais para a mesa, e queríamos contar as histórias que ele estava contando".
"Tínhamos que ter certeza de que estávamos honrando a cultura Choctaw se quiséssemos contar essas histórias. Nos reunimos com a Nação Choctaw, Chefe Baton e sua equipe, e foi uma parceria instantânea. Foi muito importante porque precisávamos contar uma história muito divertida com uma personagem muito complexa que era surda e Choctaw. Precisávamos ter certeza de que acertamos essas coisas. Se não acertarmos essas coisas, ninguém vai se importar com a história divertida que estamos tentando contar com essa personagem divertida. Tudo andou de mãos dadas e foi muito importante acertarmos esses aspectos do personagem" disse ele.
Ele terminou dizendo que "Foi incrível e aprendemos muito. Ver durante a produção do programa o que isso significa para as pessoas realmente fundamenta você e lembra o tipo de poder que temos e o quão responsável você deve ser com ele. Para mim, [o importante] foi trabalhar com pessoas incríveis como Sydney Freeland, nossos diretores de fotografia, figurinistas e o lado da produção – tivemos uma equipe incrível nesse caso. Todos eram de origens diferentes e foi realmente um momento especial. Uma sequência muito especial que fizemos foi filmar um powwow. Fizemos um verdadeiro powwow e trouxemos pessoas que são verdadeiros dançarinos, bateristas e MCs. Trouxemos pessoas reais e realizamos um verdadeiro pow-wow durante cinco noites. Foi diferente de tudo que já experimentei antes na minha vida".
A série de streaming de cinco episódios destaca Maya Lopez (Alaqua Cox) e sua ligação com Wilson Fisk (Vincent D'Onofrio), também conhecido como o Rei do Crime. Eco também é estrelado por Chaske Spencer (Wild Indian, The English), Graham Greene (1883, Golias), Tantoo Cardinal (Killers of the Flower Moon, Stumptown), Devery Jacobs (FX's Reservation Dogs, American Gods), Zahn McClarnon (Dark Winds, FX's Reservation Dogs), Cody Lightning (Hey, Viktor!, Four Sheets to the Wind) e Vincent D'Onofrio (Hawkeye, Padrinho do Harlem). A série é dirigida por Sydney Freeland (Navajo) e Catriona McKenzie (Gunaikurnai).
Todos os cinco episódios dessa série já estão na Disney +.
Coveiro