sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Arautos de Galactus

Arautos

A Guerra Civil encerrou-se no mês de Janeiro do Brasil, mas muito poucos sabem que a verdadeira batalha que garantiu nossas vidas ocorreu anos luz dali, em Aniquilação. O maior perigo conseguiu ser rechaçado no último instante e agora o universo tenta se equilibrar. Cada herói em particular tomou um novo destino e em Marvel Apresenta 33, veremos o caminho trilhado por quatro dos poderosos arautos de Galactus. É mais um artigo especial escrito em conjunto por João, J.R., Eddie e Coveiro, os editores 616.


TerraX
Por « Jøåø »
Arautos


Outrora tirano de Birj e arauto de Galactus, Terrax foi vítima da perseguição empreendida pelo Aniquilador a todos os portadores dos poderes cósmicos desde que a Onda de Aniquilação iniciou o ataque ao nosso universo a partir da Cascata. O ex-arauto foi aprisionado e, pior, escravizado. Sem poder controlar suas próprias ações, graças a parasitas comandados por seu carcereiro, atacou a resistência formada por Nova, Drax, Ronan e muitos outros. Acabou derrotado, mas sobreviveu. Enquanto era humilhado em um dos cruzadores da Onda de Aniquilação, junto do skrull Paybok e do elaniano Delinqüente, Nova derrotava o Aniquilador, acabando com a escravidão. A fúria acumulada de Terrax é liberada imediatamente. Sem pensar, destrói a nave em que se encontra, rogando para que sua vergonha pereça consigo, sob os protestos do skrull.

A morte certa é evitada pelos vastos poderes do demente Delinqüente e pela ajuda de uma centuriana chamada Chandra, moradora do planeta em que os três acabam caindo. Mas essa não é sua terra natal. Todos os habitantes do local foram levados até lá por Randau, o Parasita do Espaço, que governa implacavelmente a população submissa como gado, alimentando-se de sua força vital aos poucos, sempre aumentando seu grande poder.

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Chandra pede ajuda aos três recém-chegados para combater o tirano, ao que Terrax acaba aceitando, mesmo considerando a população covarde, por não se levantar contra Randau. Porém, sua idéia é inconseqüente: atacar de frente e sozinho. Ao que Paibok reage com cautela, pois caso o Parasita do Espaço absorva o poder cósmico do ex-arauto, se tornaria quase invencível. O skrull diminui o ímpeto de Terrax, lembrando de todas as derrotas que sofreu ao longo de sua vida, provocando-o ao insinuar que estaria com medo de mais um revés. Orgulhoso, Terrax aceita trabalhar em grupo, desde que a derrota de Randau sirva como prova de que sua glória voltaria. Mais tarde, com o grupo já preparado para a emboscada, Chandra diz compreender a vergonha da escravidão do ex-arauto, ao que ele reage agressivamente, prometendo um banho de sangue no dia seguinte.

O ataque se realiza e, como previsto, Terrax age inconseqüentemente, aumentando o poder de Randau. Chandra acaba morrendo incinerada por uma rajada de energia, mas fornece a distração suficiente para que o ex-arauto partisse o Parasita do Espaço literalmente ao meio. Porém, após a vitória, a surpresa. A população não se interessa por liberdade, mas sim em saber quem será seu próximo senhor. Antes que Paibok se aproveite da situação, a fúria do pedregoso ex-arauto explode mais uma vez. Brada que o único ser digno daquele planeta, Chandra, morrera na batalha. Ninguém ali merece viver, pois preferem ser escravos. Em seguida, destrói o planeta inteiro.

Paibok sobrevive graças a Delinqüente, e ouve de Terrax que o mataria da próxima vez que se encontrarem. O ex-arauto, orgulhoso desde antes de servir Galactus, promete recuperar-se da maior humilhação de sua existência, elevando seu nome novamente ao status de arauto do medo e da morte. Sozinho, o domador prossegue.

Senhor do Fogo
Por Eddie

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Pyreus Kril tornou-se o arauto de Galactus conhecido como Senhor do Fogo pelo seu altruísmo. Seu comandante tornou-se o arauto Andarilho dos Céus. Kril varreu o universo na esperança de salvá-lo e, quando finalmente achou Galactus, não viu vestígio algum do Andarilho, que havia morrido em combate. Exigindo saber o que aconteceu com seu comandante, acabou impressionando Galactus com sua determinação, assim, o gigante deu a informação, em troca de Pyreus tornar-se seu novo arauto.

O Senhor do Fogo foi arauto por pouco tempo, sendo libertado com a ajuda de Thor. Tornou-se então uma força do bem no universo e, como tal, juntou-se às forças que lutavam contra a Onda de Aniquilação. E, para Kril, a guerra ainda não acabou. Indignado com o acordo que permitiu à Onda de Aniquilação assumir quase todo o antigo Império Skrull e algumas parte do Kree, o Senhor do Fogo entrou em uma missão auto-imposta de destruir cada um dos centuriões do Aniquilador. Os centuriões são o que restou da tropa de elite do monarca da Zona Negativa e cada um foi premiado com um planeta. Mas, para Pyreus, eles são criminosos de guerra e devem pagar. E, como a Tropa Nova está desativada, ele assume esse cargo de puni-los.

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Depois de aniquilar (não resisti, rsrs) os centuriões de um planete, o Senhor do Fogo já ruma em direção de outro. Neste, acontece uma coisa curiosa. Enquanto o centurião faz planos de onde construir seu palácio, escondidos no salão está um grupo de centuriões renegados. Exato, alguns membros desse grupo perceberam que seus dias gloriosos de heróis ficaram para trás e servem à uma causa corrupta, sendo assim, se rebelaram contra os centuriões. A camuflagem dos renegados é descoberta e começa um feroz combate que, com o tempo, pende desfavorável para os centuriões arrependidos. A batalha é interrompida pela chegada do Senhor do Fogo que dá uma ordem curta: "rendam-se ou morram". Como ninguém se rende, o ex-arauto é impiedoso.

Durante o massacre, o líder do centuriões renegados clama por misericórida, alegando que ele e seus companheiros não são leais a Voraz, tentando se redimir de seus crimes e lembrando ainda o que significa ser um centurião. Vendo neles um reflexo de si mesmo, que tenta compensar as atrocidades cometidas ao lado de Galactus, Kril é piedoso. Mas ele deixa claro que nada do que fizer vai apagar o que já fez, assim como eles. A guerra não é desculpa, mas a paz não significa perdão. Apesar dessa semelhança, ele não os considera "irmãos" e dá outra ordem curta: "andem na linha, ou morram". E ele prossegue, pois a guerra nunca termina e é preciso encontrar os culpados e puni-los.

Surfista Prateado
Por J.R.Dib


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Norin Radd era um jovem cientista nascido no planeta Zenn-La. A sociedade de Zenn-La prezava pela inteligência e a abolição da violência. Foi então que veio Galactus, um ser que tem como vida, alimentar-se de outros mundos, consumindo suas energias, a fim de aplacar sua eterna fome. Em troca de paz em Zenn-La, Norin Radd se tornou o arauto de Galactus, o Surfista Prateado.

Depois de servir a ele por anos, o Surfista se revolta contra seu mestre quando este iria devorar a Terra. Deixado para trás em exílio, e libertado posteriormente por Reed Richards, o Surfista vagava pelo universo quando a Onda de Aniquilação passou por ele. Como defensor jurado do universo, ele se uniu novamente ao seu mestre e juntos foram derrotados por dois Deuses Primevos libertados com a destruição da prisão conhecida como Fornalha: Tenebrus e Aegis. A guerra acabou e agora Galactus quer vingança.

Nessa edição, vemos um pouco da história dos Deuses Primevos contada por Galactus, e como Aegis, Tenebrus e o então deus do caos, Diableri, atacaram seus irmãos deuses, matando alguns inclusive. Galactus, destruiu Diablerie e encarcerou Aegis e Tenebrus na Fornalha. Agora, o Surfista em sua busca por eles, os encontra bem lá, revirando os escombros das celas abandonadas.

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Lutando contra os dois deuses, esperando retardá-los o máximo até a chegada de Galactus, o Surfista se vê na posição de ter de usar toda a energia restante da Fornalha para derrubar os deuses. O que ele não esperava é que os deuses fossem sugados para dentro dela, reabsorvidos pelo universo. Galactus chega e encontra seu moribundo arauto. Após o salvar, Galactus apenas diz ao Surfista: Galactus tem fome, o que mais você precisa saber?

E o que mais o Surfista precisa saber? Ele é o arauto de Galactus e isso é o que basta a ele.


Estelar
Por Coveiro

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Certamente, nenhum arauto de Galactus leva tanto a fama de misterioso quanto o seu último, Estelar. A criatura que mais lembra uma iguana humonóide formada de pura energia cósmica parece fazer parte de uma raça tão antiga quanto a própria existência, seres formados das primeiras partículas que ao invés de se partirem reuniram-se formando uma nova civilização sem corpo próprio. Seres que reconhecem apenas o poder das quatro forças básicas – a força forte, a eletromagnética, a gravidade e a fraca.

Substituiu John Storm (da fase Waid) como arauto e serviu sem mestre com um fervor religioso. Levou-o até o planeta dos Korbinitas, onde teve que enfrentar o mais poderoso representante daquele povo – Bill Raio Beta – e o demônio Asteroth, na minissérie “A saga de Bill Raio Beta”. Contudo, o maior desafio do arauto ainda estava por vir. Com a chegada da Onda de Aniquilação, Estelar ajudou a resistência e acabou vítima de um ataque juntamente com o outro arauto denominado Espectro Vermelho. Foi decomposto a partículas.

Contudo, como bem entrega seu nome original “Stardust”, a vida de Estelar não se finda quando reduzido. Um de seus dons magninificos é se restaurar novamente como um só. E assim foi feito. Em seu renascimento, Estelar teve que se deparar com seu primeiro encontro, os últimos sobreviventes de seu povo ao ataque do Aniquilador. Eles ainda o reconheciam pela designação original – Lambda Zero – e procuravam trazer justiça ao arauto.

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A Estelar, nada restou além de lutar contra seus iguais, reduzi-los a partículas e absorvê-lo sendo portanto o portador dos últimos de seus iguais. Então, o destino do arauto é retornar ao seu antigo mestre e assim que depara-se com o Devorador de mundos, Estelar percebe o quanto seu mestre está enfraquecido. Para conquistar a confiança de Galactus e seu lugar novamente como arauto, Estelar acaba entregando a energia que absorvera dos últimos sobreviventes de seu povo ao gigante cósmico. Satisfeito com o voto de lealdade do ser etéreo, Galactus o aceita novamente como servo e tendo pela primeira vez na vida dois arautos. E assim o arauto parte em busca de novos mundos para servir de alimento ao seu amado senhor.

Coveiro, J.R.Dib, Eddie e « Jøåø »

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