sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Mutantes com Nova Atitude

**Contém informações inéditas no Brasil!!**

X-Force

Estreou na última quarta-feira, 13 de fevereiro, um dos novos títulos oriundos diretamente da conclusão de Messiah CompleX. E talvez seja o principal símbolo da nova fase que os mutantes estão vivendo.

A edição número 1 da nova X-Force surpreendeu por contrariar alguns céticos, entre os quais me incluo, e apresentou uma história de qualidade. Além da belíssima arte de Claiton Crain, os roteiros da bem sucedida dupla Chris Yost e Craig Kile conseguiram convergir diversos aspectos do que é a fase Divided We Stand.

Em primeiro lugar, Ciclope, que em Uncanny X-Men 485 aparentava estar ainda em um momento reflexivo, apesar do belo passa-fora que deu no Homem de Ferro, se mostra como o novo tipo de líder que se propôs a ser. Ele chama Wolverine para uma missão que só ele poderia executar. Não é uma missão solo como a de eliminar Mística, iniciada em Wolverine 62, no arco Get Mystique, mas algo que deve transcorrer sob sua liderança.

A idéia é reunir a X-Force, que seria composta por Wolverine, Lupina, Apache e X-23, e assassinar os Purificadores, humanos fanáticos religiosos, que vêem nos mutantes um sinal do diabo que deve ser eliminado da face da Terra. Surpreso pela postura agressiva de Scott, mantendo a idéia em segredo até de Emma, Logan recusa. Diz que aquilo é serviço para ele sozinho, que Proudstar sumiu após a conclusão de Messiah CompleX e que X-23 foi à Mansão para se tornar uma pessoa normal, e não continuar a ser uma máquina assassina.

X-Force

Ciclope diz que Proudstar, que dá a Caliban um enterro digno dos seus irmãos de tribo, “conversa” com seu irmão e com o companheiro morto, jurando vingança e morte aos Purificadores, já aceitou a missão. Da mesma forma, X-23 já estava realizando a primeira a fase inicial, o que gerou uma péssima reação de Logan.

X-Force

Ela descobre que os purificadores estão infiltrados em altos cargos da SHIELD, motivo pelo qual suas recentes ações foram negligenciadas pelas autoridades, e, sob a liderança do Reverendo Matthew Risman, roubaram uma espécie elemento químico guardada a sete chaves, que pode ser uma imensa ameaça aos mutantes. A solução? Eliminar os purificadores antes deles fazerem algo contra os mutantes. Ciclope acha que já se foi o tempo em que devem esperar a ameaça se concretizar para reagir. É hora de ação.

X-Force

Ainda relutante em agir em grupo, dizendo que o que eles fariam os fariam parias dentro dos X-Men, Wolverine lidera a investida sobre os Purificadores, que ressuscitavam Bastion utilizando o corpo deixado por Nimrod quando os Novos X-Men derrotaram o sentinela do futuro. Lá dentro, depois de uma ação violenta e sanguinolenta, Rhane acaba aprisionada, gerando o clímax para a próxima edição.

X-Force

Yost e Kyle mostram com essa primeira edição que, de fato, formam uma dupla de roteiristas bem competente. O ritmo da história é bom, e, mais importante, reúne diversos ganchos deixados em diversas histórias (não só escritas pelos dois), além de reunir um grupo com motivos razoáveis para se envolver com a missão. Rhane, cuja despedida do X-Factor pudemos ver na edição 28, parece ter segredos guardados pelos purificadores. X-23 busca vingança pelos colegas assassinados na Mansão durante a Dizimação, e Apache busca descontar toda a raiva e culpa pela morte de Caliban. A premissa da história, a arte e o ritmo são bons. Que venham as próximas edições dessa mais radical que nunca X-Force.


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