segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A saga de Beta Ray Bill

Strombreaker

Conhecido pelo seu audacioso trabalho em Thor que culminou com o Armageddon final e fim da revista do deus Nórdico, Michael Avon Oeming é certamente um dos mais brilhantes escritores deste novo milênio. Certamente, todo o seu trabalho deve ser olhado com bastante atenção e por isso foi com muito lamento que soube que uma de suas minisséries não seria publicada aqui no Brasil. A Marvel 616 vendo nisto um problema resolveu trazer até vocês o resumo mais completo de “Stormbreaker: A Saga de Beta Ray Bill” em que o escritor junto com Dan Berman trouxe a tona muitas questões – O destino dos Korbinitas, a primeira aparição de Estelar, O fim de Asgard, a existência de Asteroh e, por fim, o caminho do próprio Beta Ray Bill.

Pra começar e com ajuda de nosso colaborador Diogo Luque, vale a pena falar um pouco de quem é Beta Ray Bill, o segundo modelo de“supersoldado” korbinita modificado biologicamente e ciberneticamente para encontrar um novo lar para o seu povo, que teve a galáxia destruída por Surtur (para saber mais, leia o Maiores Clássicos do Thor que o Diogo recomenda). Em seu caminho por esse novo planeta, Bill acabou deparando-se com a Terra e, por sua vez, com Thor. Derrotando o Deus do Trovão, Bill tomou posse do Mjolnir e só se abriu mão desta poderosa arma quando o próprio Odin interveio e lhe presenteou com uma arma de igual valor, o martelo Rompe-Tormentas (Stormbreaker).

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Desde então, Bill e Thor consideraram-se aliados, chamando-se mutuamente de irmãos. Durante o Ragnarok que determinaria o fim de Asgard, Bill esteve do lado do seu amigo e ajudou-o nas mais difíceis batalhas. Thor confiou a ele o trono de Asgard enquanto se afastava e quando o fim de tudo era inevitável, liberou Bill Beta Ray de seu dever e teleportou-o para longe daquele lugar.

Capítulo I – A saga começa

O destino de Bill a partir de então seria outro. Muito longe dali, seu povo que finalmente encontrou um novo planeta para chamar de lar vivia a repetição de um drama. Cientistas korbinitas descobriram evidências de que um novo mal estava para alcançar Nova Korbin, Ashta, uma entidade que os Korbinitas crêem ser um deus caído e arrasador de planetas. O que parecia ser uma lenda entre eles, tornou-se real e dividiu a questão entre o Sacerdócio e o Exército.

Os Sacedortes, que acharam um ultraje Beta Ray Bill ter se aliado a alienígenas que se consideram deuses, desejam que um novo protetor de seu povo se erga e apontam para uma criação antecessora chamada Alpha Ray seja reativada. Já o exército considera Alpha Ray uma máquina falha devido a inexistência de sua alma. Contudo, o dilema entre esses dois lados acabou tendo que ser deixado de lado pois Ashta finalmente chegou e a evacuação do planeta é eminente.

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Os Korbinitas mandam todas as suas tropas atacar Ashta, preparam a Meta-Orbe para seu lançamento e, a pedido do Sacerdote Rogotta lançam Alpha Ray. Ashta manifesta-se então na forma de uma gigante e exótico molusco cósmico preste a chacinar toda a armada de Nova Korbin. É neste momento que para espanto geral chega Beta Ray Bill.

Bill começa a confrotar a criatura e percebe que ela possui uma natureza não divina. No entanto, antes que possa rechaça-la, Beta é atacado por seu antecessor Alpha Ray. A máquina korbinita simplesmente ignora a verdadeira ameaça e almeja matar Bill de acordo com o desejo do sacedorte Rogotta. Ele prefere por em risco todo o seu povo do que ser salvo por alguém que considera um blasfemador. E essa distração é quem acaba promovendo a chance para que Ashta lance seu raio sobre Nova Korbin, destruindo todo o planeta.

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Beta e Alpha são pegos pelo diâmetro do raio e mal conseguem sobreviver ao ataque. O planeta todo é incinerado e os poucos sobreviventes encontram-se nas naves no espaço. Em uma resposta furiosa, Bill ataca Ashta e consegue feri-lo. Assim, a criatura finalmente revela sua verdadeira natureza – Galactus.

Vale lembrar a alguns que essa não é a primeira vez que Galactus aparece em outras formas. Na verdade, o devorador de mundos tende a aparecer as diferentes civilizações como uma entidade familiar sempre associada ao fim do mundo.

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Tendo sua atenção voltada para o korbinita, Galactus convoca seu novo arauto – Estelar – que ataca o agressor sem qualquer hesitação. Em uma disputa de poder, Bill e Estelar parecem empatar seus dons e somente com a interferência do Devorador de Mundos é que a luta encerra-se. E em fúria, Galactus volta sua atenção aos sobreviventes e ataca-os.

Capitulo II – Últimos Sobreviventes

Agora, resta ao Devorador de Mundo deleitar-se com as energias daquele planeta conquistado. Seu arauto, no entanto, parece ter uma ânsia pelo combate e uma necessidade incomum de provar a submissão ao seu mestre. Estelar pede a Galactus autorização para eliminar os últimos korbinitas e seu pedido é atendido.

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Em meio aos entulhos de naves destruídas, Estelar encontra suas vitimas e as elimina com facilidade, questionando com curiosidade a intenção delas lutarem contra ele mesmo não tendo a menor chance. Estelar encontra Alpha Ray entre os destroços e leva-o até Galactus afim de eliminar a criatura a sua frente em prova da lealdade. O Devorador de Mundos no entanto impede Estelar e afirma que aquela criatura atacou Bill, o verdadeiro agressor. Assim, o arauto tem seu novo alvo para se vingar.

Não muito longe dali, o corpo inconsciente de Beta Ray Bill flutua no espaço. Ao sentir a existência de sobreviventes de seu povo, Bill desperta e parte velozmente. Em seu trajeto, encontra Ferocímea, sua nave que outrora usara em busca do novo lar no passado. O veiculo consciente inicialmente não reconhece Bill e o ataca, mas logo o korbinita é identificado e há cessar-fogo. Dentro da nave, Beta Ray toma ciência dos estratagemas de seu povo para escapar de Ashta.

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Em um longo flashback, é recontada a história de como os korbinitas descobriram a ameaça de Ashta e os primeiro conflitos entre os poderes militares e religiosos. Para garantir a segurança de seu povo, parte da população foi reduzida e enclausurada na Meta-Orbe, a única esperança da permanência da nação korbinita que pode ser erguida apenas com uma mão.

Ferocímea traça uma rota até a Meta-Orbe, mas acaba sofrendo um sinal de interferência no caminho. Ao averiguar, o Korbinita e a nave se deparam com o Arauto de Galactus com a preciosa esfera nas mãos ameaçando destruí-la.

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Capítulo III – Uma luta de nível cósmico

O combate é inevitável e a prioridade de Bill é a segurança da Meta-Orbe. Assim que consegue afastá-la de Estelar, ele ordena a sua nave Ferocímea a levar o objeto para dentro de si e fugir em busca de abrigo. A nave consciente alerta que o arauto é dotado de um montante inimaginável de energia e teme pela vida de Bill. Ainda assim, parte seguindo suas ordens.

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Então, ocorre o confronto. Algo de tão grandioso que eu não tenho como descrever em palavras. Sinceramente, só mesmo Andrea di Vito para dar traço a tal combate. Fica as próximas páginas de pura ação para deleite de vocês, leitores.


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Terminado o combate, Estelar aparentemente foi reduzido a pequenas partículas. No entanto, como bem alerta parte da maquinaria de Ferocímea que chega para ajudar Beta Ray Bill, é preciso mais para deter o Arauto de Galactus que disse ser aquele que “viu a face de Deus e rachou sua máscara”.

E assim é feito. Estelar reagrupa-se novamente num ser único e mesmo com a ajuda de Ferocímea, Bill encontra-se em grave perigo. Estelar desta vez valoriza o poder do seu inimigo e prefere usar um estratagema arriscado.

Com seu poder, ele abre um portal estelar para uma dimensão onde só encontram-se as mais medonhas criaturas exiladas. Assim, um tentáculo de um demônio agarra-se a Bill para tragá-lo para aquele “inferno”. Contudo, ao usar rompe-tormentas, o korbinita rasga aquele tentáculo e isso é o suficiente para liberar parte de um dos maiores males do universo.

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O tentáculo toma a forma feminina e demoníaca. Seu nome é Asteroth e ela sorri radiante. Está finalmente livre.

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Capítulo IV – Um Mal Maior

Asteroth diz ter sido nascida no caos do universo e é formada pelo sangue e lágrimas derramados. Ela parte rapidamente para longe daqueles que a despertaram e encontram-se inconscientes em busca da desordem completa daquele novo mundo.

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Longe dali, Galactus recria um trono no planeta que outrora pertenceu aos korbinitas. Em sua mão está o construto chamado Alpha Ray. Ao apertar seu punho com a criatura dentro, o Devorador de Mundos concede uma nova vida. Agora, Alpha deve obediência a Galactus e tem uma nova missão.

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Ao despertarem, Estelar e Beta Ray Bill devem deixar as animosidades de lado e juntar forças para rechaçar o mal que juntos liberaram. O arauto tenta convencer Bill de que a natureza de Asteroth é bem diferente da de Galactus, que é considerado entidade e parte do equilíbrio deste universo – o ciclo do nascer e morrer.

Convencido, Bill parte com o arauto afim de atacar o demônio e mais uma vez uma batalha que não ouso descrever é detalhada pelos traço de di Vitto. As páginas a seguir exemplificam bem melhor o que eu iria dizer:

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Em meio ao combate, Estelar mais uma vez decide abusar de recursos extremos contra os adversários. Desta vez, o arauto dá inicio a um buraco negro e este acaba sendo um risco muito maior a eles do que ao demônio.

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Capítulo V – O Omega

Enquanto lutam para não serem sugados pelo buraco negro, Beta Ray Bill e Estelar ainda tem que sobreviver aos ferozes ataques de Asteroth. E durante o confronto, o demônio acaba descobrindo o estratagema de Bill. Ele não deixou a verdadeira Mega-Orbe partir com sua nave. Aquela era apenas uma projeção holográfica para enganar o arauto de Galactus. A verdadeira peça sempre esteve em sua posse e agora, mediante o ataque da criatura infernal, a peça que contém os últimos sobreviventes de seu povo está em perigo.

A salvação dos Korbinitas, no entanto, não estava nas mãos de Beta. Para surpresa de todos, Alpha Ray aparece cortando o espaço, atracando-se com o demônio e levando-o para o interior do buraco negro. Aparentemente, era o fim desta ameaça e uma digna morte para o primeiro “super-soldado” korbinita.

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Tudo finda-se numa grande explosão. Beta Ray Bill desperta muito tempo depois, num lugar que parece não existir o tempo e o espaço. Lá, uma voz relata a ele os últimos acontecimento e elogia seu heroísmo, diferente do que víamos em Estelar que tinha muito mais poder para tanto, porém pouco em seu espírito.

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Lá, ele toma conhecimento de que a Mega-Orbe ainda está intacta e que seu povo ainda tem esperança. Momentos depois, chega até ele Ferocímea e juntos partem para Asgard, afim de saber finalmente qual foi o destino final de seus amigos deuses.

Durante a viagem, a Meta-Orbe começa a agir de modo estranho e parece estar sugando a energia de toda a nave. Afim de salvar Ferocímea, Bill salta para o espaço sideral com o objeto nas mãos e curiosamente parece ter chegado ao seu destino final. Asgard estava bem diante de seus olhos, porém destruída. O Ragnarok que vimos acontecer nas últimas páginas de Thor é agora vislumbrado pelo korbinita.

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Asgard caiu. Surtur também caiu. É o fim de tudo que Bill conhecia. Então, a Mega-Orbe dispersa o montante de energia que acumulou e libera uma criatura que de muitas formas lembra Bill. E Ela se denomina Omega Ray.

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Omega Ray ataca Bill e revela-se como sendo a última parte sobrevivente de Asteroth que se unificou a energia remanescente dos sobreviventes da Orbe e deu origem a essa nova forma de vida. A criatura diz não ser mais uma entidade cósmica, mas afirma ser um igual a Bill, um irmão.

Repugnado com a morte de seus compatriotas pela criatura e indignado de chamar aquilo de irmão, Beta Ray Bill ataca com toda sua fúria Omega Ray, esmagando-a com seu martelo até a plena destruição.

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Capítulo VI – Um novo começo

Não se sabe quanto tempo passou. Ele simplesmente perdeu essa idéia. O corpo humano parecia estar morto momentos antes, mas agora ele ocupava. Massageou sua face e viu que era de fato diferente. A textura de sua pele, também. Beta Ray Bill não entendeu nada, mas despertou dentro do corpo de um humano chamado Simon Walters.

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Atravessando a rua ainda confusa, acaba provocando um acidente e atrapalhando a fuga de um dos vilões do Homem-Aranha, Boar, ou algo que poderíamos traduzir como Javali. Assim, Beta rapidamente aprende como deixar a forma humana de lado e retomar seus poderes. Junta-se ao Homem-Aranha e derrota o supervilão.

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Numa conversa com o amigão da vizinhança, Bill revela seus segredos e tenta lembrar os últimos instantes antes de vir para a Terra. Recorda-se de terminar com o corpo completamente destruído no final da batalha contra Omega Ray e, por fim, tomar ciência de que havia ainda vida na Mega-Orbe.

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Exaurido, mal conseguiu chegar até o objeto. Foi então que teve a visão de uma misteriosa entidade branca que tomou a Mega-Orbe para si e garantiu a segurança de seu povo. Para Beta Ray Bill, ele deixou a chance de um novo começo. E eis o alienígena na Terra possuindo um novo corpo e com um novo lar para proteger.

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Assim, encerra-se esta minissérie que foi um dos mais altos momento de Oeming na Marvel e certamente a melhor história de Beta Ray Bill até hoje. Na falta desta publicação em terras tupiniquins, espero que esse resumo sirva perfeitamente para que leitores possam entender mais sobre Estelar, Galactus e Beta Ray Bill que permeiam a mitologia desse nosso universo.

Coveiro.

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