quarta-feira, 4 de junho de 2014

X-Men: Briga de irmãos

John Sublime, a bactéria sentiente com planos de dominação mundial, já é uma grande ameaça para os mutantes, mas recentemente uma nova ameaça veio à Terra: Arkea, irmã gêmea de Sublime, com poder de controle sobre tecnologia. Após “pegar carona” até a Escola Jean Grey no corpo do pequeno bebê resgatado em Budapeste por Jubileu, a nova vilã possuiu o corpo de Karima Shapandar, a Sentinela Ômega, e dominou os sistemas do local. Conseguirá a jovem X-Man, juntamente com Tempestade, Vampira, Kitty Pryde, Psylocke e Rachel Grey, deter a nova ameaça?




As duas histórias aqui resumidas foram publicadas em X-Men Extra 2 e 3, ambas roteirizadas por Brian Wood e ilustradas por Olivier Coipel. E a ação já começa nas primeiras páginas, com Arkea (no corpo de Karima) ferindo gravemente o Fera. Com isso, apenas as seis mulheres mencionadas acima encontravam-se em condições de fazer alguma coisa. Vampira e Kitty tentaram deter a vilã, a primeira com superforça (emprestada do Estrela Polar), a segunda com sua intangibilidade capaz de afetar tecnologia. Juntas, elas foram capazes de fazer Arkea recuar, mas não sem que antes ela baixasse todo o banco de dados dos X-Men para estudar o planeta que pretende conquistar. Apesar da ameaça, as duas não tiveram coragem de destruí-la – o que significaria destruir também Karima.



Sabendo do perigo que Arkea representa para a Terra, Ororo recrutou suas colegas de equipe para persegui-la, mas acabou tendo que levar passageiros inesperados: Sublime, que afirma ser quem melhor conhece a irmã e pode indicar às mutantes como vencê-la, e Jubileu e seu bebê (que, a propósito, recebeu o nome de Shogo), após a ex-mutante e atual vampira (não confundir com a X-Man Vampira, que ainda é mutante e não é realmente uma vampira) argumentar que a criança estaria mais segura cercada por X-Men do que na escola cujos sistemas acabaram de ser hackeados.

No jato, parece pintar um clima entre Sublime e Rachel (o que é estranho considerando que ele matou a mãe dela – se bem que os X-Men não sabem disso – e também vários outros mutantes – os X-Men sabem disso), e o vilão também explicou para Jubileu que após Arkea abandonar um corpo, ele é “reinicializado”. Felizmente, Shogo ainda é um bebê, então poderá desenvolver uma nova memória e nova vida ao lado de sua “mãe”.



Enquanto tudo isso acontecia, Kitty ficou na escola para proteger os alunos. Mas como protegê-los de uma bomba prestes a explodir? O lado bom: ela não causou uma explosão. O lado ruim: ela voltou todos os sistemas do instituto contra seus habitantes, obrigando a X-Man e os adolescentes do local a lutarem por suas vidas.



Já em Budapeste, o grupo de Ororo rastreou Arkea até o hospital onde Jubileu localizou Shogo. O local, que tinha o hospedeiro de Sublime como filantropo, ajudava humanos com implantes cibernéticos – explicando assim como ela conseguiu possuir o corpo do bebê. Isso também significa que elas precisaram enfrentar uma multidão inteira de pacientes infectados por Arkea. Durante o combate, Psylocke conseguiu chegar perto o bastante para matar a vilã, mas isso criou um conflito interno na equipe: Rachel pediu para a colega recuar, pois matar o corpo significaria matar Karima; por sua vez, Tempestade defendeu que Arkea provavelmente já havia apagado Karima da existência e, mesmo que não tivesse, ela era perigosa demais para o mundo.



A solução para o impasse acabou vindo da própria Karima: apesar de Arkea afirmar que a essência de sua hospedeira não existia mais, a afirmação era falsa, e a Sentinela Ômega foi capaz de recobrar a consciência por tempo suficiente para usar a espada telecinética de Betsy no próprio corpo... e sobreviver à experiência. Assim, uma colega foi resgatada e uma ameaça foi eliminada... será mesmo? E como vai ficar a relação da equipe, após a briga entre Ororo e Rachel? Só o tempo dirá... e as próximas edições!

Assim termina o primeiro arco da nova série dos (ou melhor, das) X-Men, repleto de ação, mistérios, e da excelente arte de Coipel (que, infelizmente, despede-se da revista aqui). Destaque para o pequeno Shogo, que o desenhista retratou de forma irresistivelmente adorável, e para o retrato das heroínas como figuras fortes, com personalidade e sem ser erotizadas, como infelizmente acontece muito com super-heroínas em HQs. Para quem gosta de ver X-Men sendo X-Men, é uma leitura mais que recomendada.

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