Não é nenhum segredo que a Marvel Studios tem lutado para levar a franquia Marvel Cinematic Universe de volta ao nível de entusiasmo e sucesso que desfrutou durante os últimos anos da Saga do Infinito. Desde Vingadores: Ultimato, as Fases 4 e 5 do UCM tropeçaram ao contar um enredo convincente e coeso do universo da franquia – mesmo quando o campo de jogo se expandiu para as realidades alternativas do atual enredo da “Saga Multiverso”. O chefe de streaming, televisão e animação da Marvel quer mudar isso.
Nos bastidores, era dito que a turbulência veio desde que Bob Iger entregou as rédeas ao seu sucessor Bob Chapek - o que se tornou parte do motivo pelo qual Iger voltou e Chapek foi finalmente destituído de sua posição como CEO da Disney. Chapek teria exigido dos estúdios subordinados, sendo a Marvel Studios o principal foco, uma maior quantidade de produções exclusivas para a Disney+. Isso teria 'forçado' o motor de produção do estúdio, e o fato é que é o UCM não gira de forma tão rendonda quanto antes e houve muitas novas tentativas (literal e figurativamente) e erros nos últimos anos com os quais a Marvel precisa aprender.
Durante a coletiva de imprensa da nova série de TV Echo da Marvel, o produtor executivo Brad Winderbaum abordou os desafios e tropeços que a Marvel Studios enfrentou nos últimos anos e conjecturou o que o estúdio aprendeu com eles:
Aprendemos muito”, admitiu Winderbaum. “Produzimos muito conteúdo muito rapidamente e somos principalmente uma empresa de cinema. Então, você pode ver que nossa primeira rodada de programas tem uma estrutura muito parecida com a de um filme: eles apresentam os personagens no final; eles se parecem mais com uma série limitada independente."
Sem um único indício de culpa ou alegação de estratégia equivocada, Winderbaum reconhece habilmente que a política de Chapek de inundar o mercado com conteúdo UCM provou ser demais para o estúdio e para os fãs da franquia. Ele também reconhece que as séries do UCM do Disney+ eram frequentemente tratadas como bolsões do universo cinematográfico no estilo minissérie, usadas para desenvolvimentos avançados de franquias como Sam Wilson (Anthony Mackie) se tornando o novo Capitão América, ou Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) abraçando totalmente sua identidade como Feiticeira escarlate. Não era “televisão” no sentido tradicional da palavra – e certamente não oferecia os retornos confiáveis ou o hype do conteúdo de TV tradicional.
...Então, o que a Marvel Studios aprendeu?
Enquanto Winderbaum continuava a falar, ele deixou claro que agora haverá uma linha clara de separação entre os filmes UCM e as séries de TV:
"No futuro, nosso conteúdo se parecerá muito mais com a televisão. Ele meio que se dirige ao horizonte; leva ao futuro e mantém as pessoas engajadas por longos períodos de tempo, no ambiente mais descontraído da sua sala de estar. Para diferenciá-lo, francamente, das grandes experiências de eventos cinematográficos no cinema".
Essa mudança, no entanto, deve vir mais claramente com a chegada de Demolidor: Renascido ou da série do Magnum, que voltou a ser filmada. A ideia é que agora todos os programas tenham seus próprios showrunners e tenham uma formatação bem diferente de um arco longo dividido em seis episódios.
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