Invasão Secreta: Invencíveis

A saga Invasão Secreta caminha para suas últimas edições, apontando para o revide total dos terráqueos que, sem acreditar no discurso apaziguador de que estariam ali apenas para salvar a humanidade de si mesma, sugerindo que a mudança seja abraçada, pretendem derrubar todas as estratégias skrulls. Com resistências ao longo de todo o planeta, tudo acaba convergindo na cidade de Nova York, centro de toda invasão. É lá que os maiores heróis de Terra, mas não só eles, finalmente se encontrarão e lutarão até o fim pela libertação do planeta, começando em Invasão Secreta 6.

Logo de início, vemos o encontro de dois personagens que têm muito em comum, mas, ao mesmo tempo, são muito diferentes. Noh-Varr, o Marvel Boy, escapando da rebelião no Cubo é quase derrubado dos céus por uma nave skrull caída da órbita terrestre. Do fogo e destruição causados, sai Mar-Vell, ou o skrull que pensava ser o Capitão Marvel. Convencido por Norman Osborn (acredite!) decidiu lutar contra sua própria raça. Mortalmente ferido, depois de salvar Reed Richards e Abigail Brand na última edição, destruindo boa parte da armada skrull, surpreende o rapaz com sua presença.

Suas últimas palavras, antes de uma morte heróica, pedem que Noh-Varr mantenha a honra kree, e lute pelos terráqueos. Mesmo não sendo seu povo, eles não merecem ser subjugados pela traiçoeira raça skrull. O Mar-Vell skrull reverte à sua forma original assim que morre, deixa o kree interdimensional boquiaberto.


Enquanto o Hank Pym Skrull mantém o discurso apaziguador, tentando convencer as autoridades mundiais da boa vontade de sua raça, ao mesmo tempo em que deixa claro que “resistir é inútil”, ao redor do mundo vemos as reações e resistências diversas lutando pelo planeta. Desde Shanna, na Terra Selvagem, o Pantera Negra, em Wakanda, Sabra, em Israel, os X-Men, em São Francisco, mesmo Medusa e os inumanos, em Attilan (logo saberemos o rumo tomado pelos dois últimos), e muitos outros. Mesmo com os skrulls tentando apontar essas forças como o verdadeiro problema da Terra, as palavras soam pouco convincentes.


Contudo, os relatórios feitos ao Pym skrull no Campo Hammond, centro nervoso da invasão, são muito promissores. SHIELD, ESPADA, Thunderbolts e toda tecnologia Stark aparentemente neutralizados. O lar do Quarteto Fantástico lançado na Zona Negativa, a Torre dos Vingadores lacrada e inutilizada. Porém, o ataque do Mar-Vell skrull foi inesperado, e a Terra Selvagem, onde se localizavam os dois grupos de Vingadores, está incomunicável. Ainda assim, Pym parece extremamente confiante nos planos de invasão, pois tudo corre de maneira semelhante às outras conquistas skrull.

O medo pela vida da imperatriz Veranke (que assumiu a forma da Mulher-Aranha há muito tempo) logo é desfeito quando ela surge viva, como já havíamos visto em Iniciativa, sabendo do retorno de Reed Richards e da resistência dos Vingadores. O karma dos skrulls com o líder do Quarteto Fantástico parece não terminar. Porém, algo perturbador é citado. Caso a Vespa esteja com eles, a vitória já é certa, mesmo que como “último recurso”. O que isso quer dizer? Seria Janet uma skrull infiltrada? Ainda assim, porque as certezas aumentam com sua presença?


Em um jato skrull, Reed, Brand e os Vingadores seguem a toda velocidade para Nova York. O Homem de Ferro continua muito debilitado pelo vírus lançados nos sistemas que fazem parte de seu corpo e tecnologia, e ele tenta restabelecer o uso de sua armadura. A tensão é grande, a dúvida de onde estão os heróis e pessoas substituídos pelos skrulls, há quanto tempo a troca foi feita e quem mais seria um espião novamente vêm à tona. Tony, como tem feito desde que se envolveu na Guerra Civil, assume toda responsabilidade.

O Homem-Aranha, ao seu estilo, até curte o fato de Stark sentir alguma culpa. Logo Luke Cage tentar animar os outros, demonstrando como um império intergaláctico inteiro não conseguiu derrubá-los completamente. Há chance de vitória. A Vespa concorda, e duvida que haja mais algum dano que possam causar à Terra. Logo eles chegam na Nova York invadida.


Na cidade, bem perto do antigo Sancto Sanctorum, lar do desaparecido Dr. Estranho, alguns manifestantes celebram a chegada dos skrulls, crendo na mudança proposta no seu discurso de invasão. Em choque com os policiais que permanecem em serviço, logo avistam alguns superskrulls, e logo vão até eles agradecer e dizer que abraçaram a mudança. Porém, os alienígenas reagem mal, e mesmo com a ajuda dos policiais, a morte dos civis parece certa.

Porém, liderados por Nick Fury, os Jovens Vingadores, o que sobrou da Iniciativa e os Guerreiros Secretos do coronel voltam à luta contra os superskrulls, salvando a vida dos civis. De qualquer forma, mesmo salvando suas vidas, são hostilizados por alguns manifestantes, enquanto outros hesitam. Em outro local da cidade, o Capuz, ao ver tais ações, contém o ânimo de seus comandados e diz que ainda não é hora de agir. De repente, o relâmpago que anuncia a chegada de Thor muda o panorama.


E sua chegada é percebida por todos. Inimigos e aliados. O deus do Trovão entrou na batalha, surpreendentemente algo previsto pelos skrulls em suas profecias.

Mas Thor, antes de começar a lutar, dá de cara com o novo Capitão América, Bucky Barnes, e um curioso diálogo se segue, até que ambos se juntam aos Vingadores e Reed Richards.


O confronto é inevitável, e logo os skrulls formam uma grande massa de soldados, liderados na linha de frente pela “Mulher-Aranha”, em pleno Central Park. O diálogo entre a imperatriz e Richards demonstra o rancor que sua raça tem pelo herói, assim como todo o belicismo mascarado por detrás do discurso salvador. Nesse momento chega a tropa de Fury, e mesmo os Thunderbolts com Osborn e a gangue do Capuz, juntando-se às forças terrestres.

Como último recurso, Veranke tenta mais uma vez abalar a confiança dos heróis, revelando a participação passiva de Reed em todo o planejamento. E volta às profecias que os levaram até ali. O sentimento de vingança envolto em uma salvação divina é expresso na frase-chave de toda invasão: “Ele ama vocês.” “Deus”, como ela responde ao Homem-Aranha.


Nick Fury, que está logo ao lado de Thor, responde sarcasticamente que seu deus é melhor, porque ele tem um martelo. É a deixa para, sob o comando do Homem de Ferro, parcialmente recuperado, todos ali sejam “vingadores honorários”, e, sob o grito que levou à frente os maiores heróis da Terra durante anos, o confronto definitivo tenha início.




João

Ps.: Notaram que ali tem até um skrull-Galactus???