O Rei Está Morto! Viva o Hulk!

Terminou nesse mês de março, em Universo Marvel 33, o terceiro arco de Planeta Hulk, Aliança, marcando a vitória e ascensão do Hulk como o grande rei do planeta Sakaar. Condenado ao exílio por parte dos membros do Illuminati, o gigante esmeralda passou por muita coisa até derrotar o tirânico Rei Vermelho. Mas essa é só a ponta do iceberg, já que essa história ganha cada vez mais ares de profecia. De uma profecia que salva e destrói mundos.

O encontro com os anciãos dos Espinhos na edição passada rendeu em muito mais do que se imaginava. Conversando graças às habilidades de Miek, o Cicatriz Verde e seu grupo ficam sabendo que os espinhos na verdade são seres que vivam no espaço, absorvendo grande quantidade de energia liberada por estrelas moribundas. Porém, em processo similar ao que atraiu o Hulk a Sakaar, eles caíram no planeta, causando enorme destruição por sua fome insaciável até serem encarcerados. Agora, liberados como armas pelo imperador, os filhotes selvagens estão novamente fora de controle. Os adultos concordam em usar todas as suas forças para destruir o tirano, em troca de sua volta ao espaço.


A batalha é levada à Cidade Trono, onde os motivos de Caiera, Korg, Hiroim, Elloe, Miek e de todos os outros são lançados no fundo da mente do Rei Vermelho. Indiferente, diz não ter obrigação nenhuma com quem considera escravos, monstros, quando o mais monstruoso parece ele mesmo. Atacando o Hulk diretamente, só o deixa mais zangado e, claro, mais forte. Delirando depois de uma bela surra, o imperador diz perdoar seu oponente se suplicar por perdão. Porém, não faz só isso. Acionando um mecanismo que desestabiliza as placas tectônicas do Sakaar. Caiera, graças à sua conexão com o planeta, diz ter certeza: estão todos condenados.


Sob gritos de nativos que crêem nos seus dons messiânicos, o Hulk ouve de Korg que ele só tem capacidade de destruir, mas não de curar. Quase como se fizesse aquilo só para contrariar o companheiro, atira-se na lava incandescente que jorra da crosta do planeta. Sob os olhares incrédulos do imperador, o quebra mundos, aquele que um dia destruiria Sakaar com sua raiva, como diziam as profecias, estava agora consertando-o. Também embasbacada, Caiera fica mais perplexa ao saber que Korg acreditava na possibilidade do feito, e que só provocara o Hulk porque sabia que ele funcionaria melhor dessa forma. Em seguida, ajuda-o a atingir o Rei Vermelho, que acaba atirado à população revoltada, que extingue sua vida.


Ovacionado, o pele-verde diz que o único e verdadeiro monstro está morto agora. Enquanto cumpria sua promessa, e era literalmente consumido pelos espinhos – o que demonstra o quão sua fonte de poderes parece inesgotável – o Hulk aceita relutantemente ser coroado o novo rei de Sakaar. Sob a esperança do até pouco tempo incrédulo Hiroim, e do misto de admiração e amor que ele e Caiera nutriam um pelo outro, o Rei Hulk continuava seu sacrifício.


Esgotado depois de sete horas, o novo rei é deixado pelos espinhos, promovendo uma cena inesperada. A exaustão fez com que, depois de muito tempo, Bruce Banner assume o controle. Caiera não consegue ver quem está atrás do largo manto que seu amado usava, mas este fala a favor do sacrifício como se o Hulk fosse duas pessoas, deixando-a confusa. Banner, que parece concordar com a situação atual de sua vida, acaba dando novamente lugar ao seu alter-ego.

Enquanto parte da Cidade Trono volta à sua normalidade, com a adoração ao Hulk cada vez maior, algumas coisas deixam claro que anos de conflito não são esquecidos simplesmente da noite para o dia. Miek e Elloe perseguiam e matavam aliados remanescentes do Rei Vermelho, quando a mãe da guerreira aparece no grupo, criando um dilema que joga ela e o inseto um contra o outro. Irritado com a discussão e com os desafios lançados ao ar, o Hulk leva o grupo de nativos e o de insetos para a arena e diz para resolverem suas diferenças por lá.

Eles não desistem da rixa, e começam a se enfrentar. Enfurecido, o cicatriz verde avança sobre os grupos e diz para lutarem com ele, juntos, ou morreriam. Cravejado de lanças e espadas, o rei Hulk dá a luta por encerrada, obrigando os “irmãos” a se abraçarem. Sob os olhares dos sacerdotes-sombra, a crença de que aquele era o salvador de Sakaar aumentava cada vez mais.


Os mesmos anciões iniciam, no dia seguinte, as negociações de aliança com o governo recém estabelecido, oferecendo Caiera como guarda-sombra do novo rei. Hulko reage instantaneamente, dizendo que não quer uma guarda, mas uma rainha. Aqui vale um elogio a Greg Pak e Aaron Lopresti pela beleza da seqüência, a partir do momento em que Caiera aceita a proposta.


Em uma cerimônia privada, apenas com a presença dos dois, Caiera se une ao Hulk pedindo que seja tão verdadeiro com ela quanto pretende ser com ele. Diz que precisa conhecê-lo por inteiro para que união seja concretizada. E Bruce Banner surge no lugar do gigante esmeralda. Não por exaustão, mas porque por ela pediu. Falando de si e do Hulk como uma coisa só, Banner presencia o encerramento da cerimônia, e o casal real se forma, para delírio dos súditos.


Outro casal, que se formou de forma um pouco desapercebida, parece ter outros planos nas sombras do palácio. Junto à Sem Nome da Ninhada, Miek reclama que, desejando a paz, o Hulk estaria negando sua natureza agressiva. Acidentalmente acabam descobrindo os destroços da nave que trouxe o gigante esmeralda ao planeta, guardados pelos cientistas do falecido Rei Vermelho, ouvindo a gravação dos Illuminati. Um sorriso macabro surge no rosto do inseto, que festeja a possibilidade de ver reinstalada a raiva do Hulk.

A seguir teremos uma série de histórias que servirão de interlúdio para a saga Hulk Contra o Mundo, na qual saberemos porque e como o Rei Hulk se vingará daqueles que considerava seus amigos.


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