terça-feira, 30 de novembro de 2010

As primeiras impressões de Spiderman: Turn off the Dark

O musical do Homem-Aranha que foi confeccionado numa parceria entre a diretora vencedora do Tony® Award Julie Taymor, o vocalista do U2 Bono e o músico The Edge finalmente teve sua noite de estréia. E apesar de toda a cobertura, propaganda e até mesmo apoio dos críticos, pode ter um grande vilão pela frente - A má receptividade dos fãs verdadeiros do Aracnídeo.

Spiderman

Tudo começou mais de um ano atrás, quando foi anunciado que a premiada criadora do musical do Rei Leão estaria encabeçando a primeira aparição do Homem-Aranha na Broadway. Um grande alarde foi feito e nomes preciosos de atores conhecidos já estavam sendo anunciados quando tudo teve que parar por conta de cortes orçamentários.

Ninguém apostaria que a obra iria para frente depois de tamanho vexame, mas Julie investiu fundo em tudo e neste ano garantiu o dinheiro necessário para tornar tudo real. E mesmo com um atraso de alguns meses, Spiderman: Turn off the Dark de fato está saindo do papel. O documentário realizado pelos 60 minutos lançado uma noite antes da grande estréia talvez seja o melhor meio de explicar tudo que aconteceu:
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Contudo, mesmo tendo uma boa amostra na mídia e até mesmo grande apóio na imprensa, parece que a diretora Julie Taymor não contava que o verdadeiro fã do nosso herói não estaria nada satisfeito com o roteiro que ela desenvolveu pra seu musical e os erros que não passaram batidos na primeira noite. O site Collider foi responsável por juntar algumas das críticas mais marcantes:

"Odiei! Foi horrível! Todos os vilões pareciam horríveis. Todo aquele lance de amor com Arachne não fez o maior sentido. (...) Tem uma hora que a Arachne canta uma música sobre seus sapatos! Horroroso! Apenas Horroroso!"

"Ok, não tenho idéia do que presenciei a pouco. Foi uma confusão totalmente incoerente. Taymor parece ter se preocupado tanto com a simbologia e os efeitos especiais que esqueceu de incluir uma história. Foi inovador algumas vezes, mas sem alma quase sempre. Poderia falar mais, mas vou beber para clarear melhor minha cabeça".

"O show foi interrompido umas 5 a 6 vezes. Durante uma delas, uma mulher da platéia gritou o que imagino que fosse algo exigindo seu dinheiro de volta. O público estava concordando com ela. Em um momento o show foi parado no final do Ato I porque o Homem-Aaranha estava sobre a platéia, preso e os contra-regras tiveram que ir lá para tirá-lo. Todos gargalharam".

"O set, fantasias, luz e som deveriam ser todos nomeados para o Tonys, pois são certamente prováveis campeões. As sequências de vôos são legais, mas isso se conseguirem resolver todos os erros. Senti que eles interrompiam a história e o show morria. Vamos ver no que vai dar!"

"Oh. Plot. Certo. Aquilo que supostamente deveria estar lá mas apenas Julie Taymor deve ter entendido já que ela que escreveu em sua linguagem estranha de seu planeta estranho. O Ato I foi até entendível, mas o Ato II foi bizarro. Fiquei completamente perdido. O show era pra se fazer entender, correto?"

Com essas críticas, o futuro do musical pode estar por um fio. É entendível até que alguns erros ocorram na estréia e sejam corrigidos com mais ensaios, mas o que dizer de um roteiro nada receptivo aos fãs. Ao que parece, a piada que corre por aí agora é que nem mesmo o herói amigão da vizinhança pode salvar essa.

E enquanto não sabemos o final desta peça, fiquem com mais um trailer do musical lançado pela própria Broadway:
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Coveiro

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