sábado, 6 de novembro de 2010

X-Factor: Uma fenda no Tempo *

A identidade secreta de Córtex foi revelada na edição passada, e quando achavámos que isso já seria um grande momento, temos o retorno de um conhecido vilão da equipe, provavelmente o verdadeiro responsável por tudo que está acontecendo. Em X-Men Extra nº106 teremos mais desdobramentos dessa aventura no tempo dos detetives mutantes.

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Já começa com a revelação desse tal vilão dos bastidores, ninguém menos do que o velho Damian Tryp. Lembram dele?

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O ancião é aliado do Dr.Falcone, que não está satisfeito com a perseguição sofrida, já que os presságios do primeiro garantiam que ele seria considerado um visionário. O velho dá os exemplos de Joana D'Arc e Gandhi, mas como ambos morreram, na fogueira e por assassinato, respectivamente, isso não deixou Falcone lá muito feliz.

Tryp pede calma, afirmando que diversos planos estão em andamento, colocando os mutantes em uma situação de erradicação iminente, além de "mutantes-chave" sendo eliminados no passado por meio da reversão cronal. Falcone não tem tanta certeza se tudo vai bem, principalmente com a Rebelião Summers e Jamie Madrox, mas para Tryp o único problema é Layla Miller.

E por onde anda a moça? Está encarando o mau humor de Scott Summers, que não concorda com a presença de Victor von Doom, afinal, um Doom com pouco cérebro ainda é pior do que a maioria das pessoas em sã consciência. Isso se comprova quase em seguida, depois de Scott dizer para Victor ficar fora de seu caminho.

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Realmente, o Victor decrépito do futuro foi uma excelente aquisição para a história, rendendo momentos muito divertidos como esse. Ciclope retorna indignado, mas Jamie deixa claro que é o responsável pela investigação e toma as decisões.

De volta para o passado (ou presente, dependendo do ponto de vista), acompanhamos a luta de Córtex contra Monet e Syrin. Nos pensamentos do vilão temos mais uma idéia da origem dessa cópia, já que ele diz que foi abandonado no futuro. Alguém mais lembrou de Complexo de Messias?

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Claro que Syrin deduz que não é o verdadeiro Jamie, mas o sujeito não revela sua origem, optando por torturar a irlandesa com informações incompletas do futuro, inclusive com referência ao retorno de Sean Cassidy. Ela se enfurece e parte para cima de Córtex, agradecendo que Jamie Madrox tenha retornado como vilão, para facilitar a promessa dela de quebrar o pescoço do sujeito.

Assim como aconteceu com Monet, que foi arremessada longe, a luta não vai bem também para Syrin, que é jogada no fosso de um elevador. No entanto, o vilão não tem muito tempo para desfrutar sua vitória, já que Monet retorna, agora usando roupas, e atravessa o corpo do sujeito com um soco.

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Jamie sente uma dor no peito no futuro, o que é algo complicado se pararmos para analisar. Afinal, se eles estão em épocas diferentes, porque Jamie não sentiu essa dor antes ou mesmo depois desse momento? Será que tem a ver com as tais "travas-destino"? Essa resposta pode vir em breve, já que a missão do Dr.Destino é trazer essa tecnologia de onde ela estiver no espaço-tempo.

De volta para o presente (ou passado, dependendo do ponto de vista), descobrimos algo muito bizarro. Monet revela que a cópia não tinha sangue algum no corpo e ela não tem idéia do que ele era. Ou melhor, do que ele é, já que o sujeito ainda vive e se teleporta para junto de seu alvo inicial nessa história, que é Lenore.

A ex-mutante está em plena fuga, encontrando com Darwin no meio do caminho, o que lhe garante um pouco de proteção. No entanto, isso não impressiona em nada Córtex, que se prepara para lançar um ataque, sendo finalmente pego de surpresa pelo que ocorre a seguir.

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Pois é, Shatterstar, Rictor e Guido chegaram bem a tempo, mas a história engraçada que os levou até ali fica para depois.

Mais uma boa história de Peter David para a equipe, sempre resgatando elementos e personagens que muito nem deviam lembrar mais, como a cópia perdida de Complexo de Messias e o próprio Damian Tryp, que realmente criou uma grande inimizade com Layla e era um gancho muito bom que não podia ser esquecido.

Ansioso para entender como tudo se conecta, mas não posso deixar de criticar um ponto na identidade de Córtex. Muitos leitores não captaram a identidade dele na edição anterior, muito isso por culpa da arte. De fato, um detalhe pode prejudicar bastante um roteiro bem feito.


Eddie

* título do artigo retirado no filme homônimo, que foi baseado na obra de Stephen King.

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