sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Criador dos Fugitivos comenta sobre a adaptação dos quadrinhos para a TV



Essa última terça-feira, a Hulu estreou os três primeiros episodios dos Fugitivos, que parece ter sido muito bem aceito pela crítica até o momento. Aproveitando o momento, o The Hollywood Reporter entrevistou o criador dos personagens Brian K. Vaughan essa semana. E uma das perguntas foi sobre como ele vê o roteirista de tempos atrás que deu vida pela primeira vez aos Fugitivos em comparação ao homem de hoje:

"Eu nem sei como começar a descrever. Quando eu comecei a criar a revista, eu era muito mais jovem e com a idade bem mais próxima desses atores que estão fazendo agora os Fugitivos. Já agora eu tenho a idade mais dos país deles. É surreal pra mim encontrar minhas crianças fictícias quando eu mesmo levei meu filho de verdade pros sets, para encontrar esses meus filhos fictícios. Não poderia ter sido melhor. Eles foram todos legais. Eu senti que eles foram arrancados direto dos quadrinhos. Foi fantástico" disse.

"Era importante pra mim fazer alguma coisa que as pessoas não pudessem ir online conferir como acabava e o que vinha a seguir. Se você é um fã de quadrinhos, você vai ficar surpres. Se você não é um fã de quadrinhos, também vai ficar surpreso" disse Brian K. Vaughan. "E eu tenho que dizer, eles tem sido tão generosos, me deram um monte de crédito, mas na realidade, é muito mais a série do Josh e da Stephanie. Eles reuniram um grupo incrível de escritores que eu tive a grande sorte de me sentar com eles. Eu tive um título de consultor na série. E eles certamente me consultaram em cada estágio. A verdade é que, eles nem precisavam muito de mim assim..."

"Eu achei que meu trabalho era dar uma certa cobertura, acho que um tipo de liberdade, de fazer a coisa do jeito deles. Se isso vai ser um seriado dos anos 2017, não podemos tratar os quadrinhos de 2003 como um storyboard exato para ser adaptado exatamente. É preciso evoluir. É preciso mudar. Eu tinha esperança de que eles fossem fazer a própria coisa deles, assim como foi de fato feito" defendeu o escritor quanto as mudanças.



E sobre o desenvolvimento extra dos pais que temos na série de TV? "Minha lealdade foi sempre aos jovens personagens. Eu gostava deles mesmo, o pensamento deles eram "o quão interessante seria o mundo se nós se preocupássemos sobre os pais tanto quanto os filhos? E ter me tornado um pai nos últimos dois anos, me fez voltar atrás sobre a maneira que eu julguei meus pais. Pais não são deuses. Eles são seres humanos confusos e sonolentos tentando fazer da melhor maneira o trabalho deles. Ter a oportunidade de mostrar na série o lado desses adultos foi fantástico. O nível de sofisticação e o cuidado que tiveram ao olhar esses personagens significou muito pra mim" relatou.

Brian também falou sobre um dos personagens que certamente mais mudou sua história em relação aos quadrinhos, Molly que agora tem o sobrenome Hernandez e não é mais uma mutante. "Eu sei que a maior ponto aí é sobre a preocupação com um monte de pais assustadores, Mas e se dessemos um mistério no lugar dos pais da Molly e faezer dela a irmã adotiva da Gert? Eu achei demais. Foi uma mudança esperta e econômica. Eu também amei como os Fugitivos tem um elenco inclusivo e relativamente diversificado. Se fóssemos fazer uma série sobre a Los Angeles contemporânea, poderíamos fazer uma série ainda mais inclusiva. Então, ela não é mais apenas outra criança branca e eu achei demais. Em termos dos atores, eu acho que ajuda quando você os envelhece um pouco. Ao invés da Molly ser uma garota de 10 anos de idade que até funcionava bem nas páginas, envelhecemos ela um pouco de tal maneira que funcionasse bem. Foram todas mudanças que eu aprovei muito. Molly Hayes era inspirada na minha irmazinha, cujo nome é Molly Hayes Vaughan. Até ela apoio muito essa mudança para Molly Hernandes. Se a mulher que inspirou a Molly original foi favorável a essa Molly, então estamos no caminho certo" colocou.

Outra mudança vista na série é sobre uma história pessoal de Nico que perdeu uma irmã, cuja morte afetou todos os Fugitivos de uma maneira geral, e Brian achou que seria uma adesão interessante ao roteiro. Na entrevista completa, você ainda verá Vaugham falando sobre suas outras sagas como Y: O último Homem e Saga. Quem quiser conferir tudo, é só clicar aqui.


Coveiro

comments powered by Disqus