sexta-feira, 15 de junho de 2018

Brie Larson fala sobre o desempenho de seus treinos em Capitã Marvel e representatividade também no universo dos críticos de cinema



Capitã Marvel não é o primeiro filme que Brie Larson faz que requer cenas de ação. A atriz já participou do último filme do King Kong e muito tempo atrás fez uma vilã em Scott Pilgrim Contra o Mundo. Mas certamente, nada requeriu tanto fisicamente da atriz quanto Capitã Marvel e ela revelou a Variety o quão forte ela ficou após começar os treinos:

“Meu máximo até agora é 97,5 kg em levantamento terra. E 181 kilos em elevação de quadril. Fui capaz de levantar pesos que realmente me fizeram ter outra perspectiva e entendimento de mim mesma. Eu aprendi que sou muito mais forte do que imaginava para viver ela" contou a atriz.

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"Eu nunca faço as coisas com expectativas. Eu aprendi muito sobre mim mesma e eu me sinto super inspirada por ela. E minha esperança é que seja o mesmo pros outros. E tudo isso, gira em torno de termos mais mulheres em posição chave de poder. Eu quero poder dividir isso com outras e ter certeza de que a medida que nos seguimos em frente, há lugar para nós lá em cima".

Já nessa semana, em outro momento, a atriz ao receber o Crystal Award for Excellence in Film, dedicou parte da sua fala para defender também que deve haver mais representatividade inclusive nos críticos de cinema. E para tal ela citou um recente estudo da USC Annenberg chamado 'Escolha dos Críticos':

"No início desta semana, a iniciativa inclusiva da USC Annenberg divulgou os resultados de que 67% dos principais críticos que resenharam os 100 filmes de maior bilheteria em 2017 eram homens brancos", disse Larson. "Menos de um quarto eram mulheres brancas, e menos de 10% eram homens não representados. Apenas 2,5% dos principais críticos eram mulheres de cor. Então, você provavelmente está pensando agora como isso não representa o país que eu moro e isso é porque é verdade, é uma grande desconexão da população americana de 30% de homens brancos, 30% de mulheres brancas, 20% de homens de cor e 20% de mulheres de cor ”. "Com isso tudo, estou dizendo que eu odeio caras brancos...? Não, eu não estou", disse Larson. "O que eu estou dizendo é que se você fizer um filme que é uma carta de amor para as mulheres de cor, há uma chance insanamente baixa de que uma mulher de cor tenha a chance de ver o filme e resenhar o seu filme. E também sequer vou mencionar que outras pessoas além de caras brancos que curtam Star Wars, e que adoraria a oportunidade de fazer uma visita ao set. E mais uma vez estou dizendo que não odeio caras brancos, só estou dizendo que precisamos estar conscientes de nosso preconceito e fazer a nossa parte para garantir que todos estejam na sala", disse Larson.

"É realmente uma droga que as críticas sejam importantes, mas as críticas são importantes", disse Larson. "Boas críticas fora dos festivais dão aos pequenos filmes independentes uma chance de serem comprados e vistos. Boas críticas ajudam os filmes a ganhar dinheiro. Boas críticas são o pontapé pra filmes candidatos a prêmios. Uma boa crítica pode mudar sua vida, mudou a minha. Nosso setor passou por um grande crescimento", disse Larson. "Estamos nos expandindo para fazer filmes que reflitam melhor as pessoas que compram ingressos de cinema, mas não lhes são permitidas oportunidades suficientes para ler os discursos públicos sobre os filmes feitos pelas pessoas para as quais esses filmes foram feitos. Eu não preciso de um velho sujeito de cor branca para me dizer o que não funcionou para ele sobre "Uma Dobra no Tempo" (recém lançamento da Disney, que acabou não se saindo muito bem na bilheteria). Não foi feito para ele. Eu quero saber o que esse filme significava para mulheres de cor. Para mulheres birraciais. Para mulheres adolescentes de cor. Para adolescentes que são birraciais, e pela terceira vez, eu não odeio caras brancos. Estes são apenas fatos. Estes não são meus sentimentos, e eu espero muito que Lindsey (sua publicitária), por favor, não me mate".

Neste evento, falando sobre o filme da Capitã, a atriz disse que não vê ainda muitas diferenças de estar numa mega produção, a não ser estar com uma quantidade maior de pessoas. E salientou que a grande questão de entender a personagem é saber quão forte ela é, e chegou a dizer que a Capitã Marvel é capaz de mover planetas:



Além de Brie Larson como a Capitã Marvel/ Carol Danvers, teremos no filme a volta de Samuel L. Jackson reprisando seu papel como Nick Fury, Clark Greeg como o Agente Coulson, Djimon Hounsou como Korath, Lee Pace como Ronan. Também estão no elenco Jude Law no papel de Mar-Vell e Gemma Chan como Minerva, além de Ben Mendelson, Lashana Lynch, Algenis Perez Soto, Rune temte, Annette Bening e McKenna Grace. A data de lançamento nos Estados Unidos é 8 de Março de 2019 e Capitã Marvel será dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck.



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