Em uma indústria repleta de franquias focadas na criação de universos cinematográficos e histórias em constante expansão, o produtor Lorenzo di Bonaventura preferiu seguir um caminho diferente com o último capítulo do universo do Homem-Aranha da Sony, Madame Teia. Ele e o diretor S.J. Clarkson preferiu que o filme não estivesse fortemente ligado ao universo que está sendo construído paralelamente pela Sony e, em vez disso, manteve o foco em contar a história do personagem-título. Em entrevista ao Collider, Lorenzo Di Bonaventura revela como se ligou ao projeto e como quis contar uma história diferente das dos demais filmes de heróis hoje em dia:
"Eu, por alguma razão, consegui manter meu entusiasmo infantil. Então, para mim, eu trato isso com muita seriedade, mas isso vem do ponto de vista, você poderia dizer, de fandom, mas realmente, apenas em um nível puro de narrativa, eu amo o escapismo de mundos diferentes e pessoas diferentes e essa personagem. Então, acho que isso certamente teve um impacto porque não mudei" disse Lorenzo Di Bonaventura.
Sobre como Madame Teia se diferencia dos demais filmes de heróis, o produtor disse que "Eu acho que é interessante e, de certa forma, esse filme é um retorno ao tipo, direi, de filme de super-herói que eu realmente gosto, que é realmente sobre o personagem. Acho que o que aconteceu, direi, no grande mundo dos quadrinhos é que se tornou mais sobre o mundo do que sobre o personagem. E isso, para mim, não estou tão interessado no mundo. Estou interessado no personagem, e é algo que aprendi em Transformers, com certeza, que foi quando acertamos esses filmes, era sobre os personagens, e quando não acertamos, é menos interessante. Então, em Madame Teia, é muito sobre ela, sobre ela como um ser humano com cicatrizes que agora fará uma jornada emocional por aquela personagem. Posso ficar conectado a ela e torcer por ela, e posso fazer todas aquelas coisas que considero serem desejos básicos que quero de um filme".
"Antes de eu estar envolvido, havia um roteiro, e antes de S.J. também estar envolvida. Nós dois realmente vimos a vantagem de não ter o peso do apego de todas essas outras coisas que aconteceram. Você seria bobo se pensasse que não presta alguma homenagem e algum reconhecimento a isso, o que nós fizemos, mas isso realmente nos libertou de uma forma para contar uma história pura, eu acho" disse Di Bonaventura sobre a interligação com outros filmes do universo da Sony.
Por fim, concluiu dizendo que "E então, para nós dois, isso nos permitiu descobrir o que adoro na jornada de Dakota. Não é simplesmente: “Bem, vou me levantar e me tornar a heróina”. É: “Estou com cicatrizes. Eu não quero apego. Definitivamente não quero responsabilidade por essas três pessoas. O que diabos está acontecendo comigo? Estou ficando louco. E então: “O que eu faço agora que estou nesta situação?” Então, para mim, nos libertar dessa obrigação, de certa forma, foi muito libertador e nos permitiu fazer um passeio mais complexo com o herói.
O elenco de Madame Teia conta com Dakota Johnson (Cassandra Webb), Sydney Sweeny (Julia Carpenter), Celeste O'Connor (Mattie Franklin), Isabela Merced (Anya Corazon), Adam Scott (Ben Parker), Emma Roberts (Mary Parker), Tahar Rahim (Ezekiel Sims), dentre outros. O filme será dirigido por S.J. Clarkson e conta com os escritores Burk Sharpless e Matt Sazama escrevendo o roteiro.
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