quinta-feira, 10 de setembro de 2009

X-Men e Homem-Aranha: Beat It




É hora de acompanharmos a parte dois da minissérie de Christos Gage e Mario Alberti protagonizada pelos heróis mais populares da Casa das Idéias. Desta vez, o clima é bem mais pesado em relação à primeira parte, com uma história ambientada nos anos 80, estrelada por um Homem-Aranha recém-saída da saga A Última Caçada de Kraven e pelos X-Men remanescentes após o Massacre de Mutantes, dois momentos marcantes nas carreiras dos heróis, ambos relembrados por seu caráter trágico. Vamos a ela!

Tudo começa com o Homem-Aranha – em seu uniforme negro – contando que, depois de todo o sofrimento que Kraven o fez passar e do suicídio do mesmo, foi até o esconderijo do vilão, temendo que este pudesse ter mais informações sobre sua identidade secreta que pudessem cair em outras mãos, com sua morte. Sobre ele, não encontrou nada, mas sim sobre os X-Men. Os X-Men originais, para ser mais específico.

É quando vemos que era com a equipe mutante que o aracnídeo falava. Na ausência do quinteto fundador, Tempestade e Wolverine explicam que estão ocupados devido ao alto número de feridos e mortos deixados pelos Carrascos, ao declararem guerra aos mutantes, e pedem para ele ir direto ao ponto. Afirmando também ter seus próprios assuntos para cuidar, o alter-ego de Peter Parker conta ao grupo sobre a luta contra Kraven que travou ao lado dos X-Men anos atrás, que vimos na primeira parte da história. Na época, pareceu só uma luta simples de heróis contra vilões, mas nos arquivos que ele encontrou, há informações especificas sobre o quinteto; e ele ainda descobriu que o verdadeiro objetivo do caçador, na época, era conseguir amostras de DNA dos mutantes para quem o contratou.

Vampira diz que avisarão Ciclope, mas que agora precisam voltar a se preocupar com coisas que aconteceram depois da invenção da eletricidade. Se preparando para deixar a Mansão X, o aracnídeo apenas oferece apoio caso Summers queira investigar a situação e, nisso, revela sem pretensões que o nome do contratante é Sr. Sinistro, segundo leu nos arquivos de Kraven. É quando Wolverine o impede de sair, relembrando que é assim que os Carrascos se referem a seu líder e percebendo que devem estar envolvidos nessa guerra a mais tempo do que imaginavam. Cristal descobre, nas anotações do falecido vilão trazidas pelo Aranha, o local onde ele e Sinistro costumavam se encontrar.



Logo, em Manhattan, os quatro X-Men e o Homem-Aranha encontram um laboratório abandonado, e o único odor familiar que Wolverine consegue captar em meio a tanta química é o fedor que reconheceria em qualquer lugar: Dentes-de-Sabre! O grupo segue a pista, e o Aranha questiona se não seria melhor convocar a equipe inteira, mas Vampira lhe explica que ali ela está, e mais nenhum x-man se encontra disponível ou capaz de lutar. Assim, o aracnídeo os acompanha para um dos cenários mais familiares a ele após a saga de Kraven: esgotos. Mas não se tratam de esgotos, na verdade, e sim dos túneis dos Morlocks – agora os X-Men entendem como os vilões conseguiram massacrar os coitados tão rapidamente, com acesso direto aos túneis no laboratório de seu líder. Sem demora, os heróis dão de cara com os Carrascos e iniciam uma violenta batalha.



Enquanto Wolverine e Dentes-de-Sabre se atracam, os demais lutam entre si. Fora a revelação de Tempestade ao Homem-Aranha de que se encontra sem poderes – devido a uma arma inibidora que a atingira por engano anteriormente -, nada muito importante ocorre até que, ao perceber que estavam perdendo, Arco Voltaico derruba o chão sob os heróis, lhes propiciando uma queda considerável que as teias do Aranha ajudam a amortecer.

A sala onde eles caíram é mais um laboratório abandonado. Lá, eles têm a aterradora visão de versões deformadas dos X-Men originais em câmaras de estase destruídas. Mesmo sabendo que se tratam de clones, a visão não se torna menos perturbadora para eles. Arpão ajuda Dentes-de-Sabre a subir de volta – já que era mais fácil derrubá-lo junto aos heróis que separá-lo de uma briga com seu arquiinimigo -, e ataca a sala inferior com uma de suas lanças de energia, causando uma grande explosão da qual os heróis escapam por pouco.



Encaminhando-se para fora dali, eles percebem que Sinistro é um gênio doentio do pior tipo. Enquanto o Homem-Aranha imagina o quão bizarro e arrepiante deve ser ter um clone seu andando por aí (nem preciso dizer nada, né?), Wolverine conclui que já passou da hora dos X-Men encontrarem seu inimigo pessoalmente, e Tempestade acredita que, pelo andar da carruagem, isso acontecerá em breve.

Perto dali, o Sr. Sinistro visita o túmulo de Kraven e confessa não entender como alguém pode se cansar da vida quando há tanto para fazer, tantos planos para executar. Ele se indaga se seus planos que o envolviam o ajudaram na decisão de cometer suicídio. Imagina se lhe trouxe algum conforto saber que parte dele ainda viveria após sua morte. Seja como for, ele deseja que o antigo aliado descanse em paz, pois seu legado está em boas mãos.



Assim, termina a segunda parte. Além de acompanhar o desenvolvimento da trama, é bom rever o uniforme negro do Homem-Aranha, o marrom de Wolverine, o visual punk das x-girls e revisitar uma época tão rica na cronologia tanto dos mutantes quanto do aracnídeo. Aguardemos, agora, a segunda e última edição nacional da minissérie, onde teremos mais dois encontros do escalador de paredes com os filhos do átomo e a conclusão da história.
Nos vemos lá!

*Título do artigo baseado no da canção homônima de Micheal Jackson, um dos maiores clássicos dos anos 80.

Léo

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