quinta-feira, 19 de maio de 2011

Homem de Ferro: não há lugar como o lar*

Desde que entrou em estado vegetativo na tentativa de reconstituir sua mente, Tony Stark luta contra o relógio para conseguir acordar. A ciência não funcionou e agora Dr. Estranho entra em ação para tirar a consciência do herói do limbo e lembra-lo de quem ele é. Porém, a tarefa conta com algumas interferências externas que vão dificultar ainda mais as coisas no final da série vencedora do prêmio Eisner.

Photobucket

Ok, ele entendeu que é o Homem de Ferro, mas isso não basta pra conseguir acordar. Cansado de caminhar para o nada e ainda achando difícil separar o que é mental do real (devido ao cansaço da caminhada que, na verdade, não existe), Tony é lembrado por Dr. Estranho que sua mente tem tempo limitado, ele corre contra o relógio para que ela não suma de vez. Ele precisa ter algo ou alguém fora de sua mente importante o bastante para que ele queira acordar. Imediatamente dito isto, ele pensa em alguém, aparentemente bem importante (quem seria?), e algo imenso surge no horizonte antes vazio. Strange desaparece e Stark terá de continuar sozinho.

Do lado de fora, como vimos, Fantasma fere Rhodes e está prestes a matar Stark em seu transe de cura. Mas Stephen não sumiu da mente de Tony à toa, ele percebe o perigo, acorda do transe e ataca o intruso com golpes de artes marciais. Sua “apresentação” no melhor estilo 007 é ótima: ao responder a pergunta “Stark?” do assassino, ele diz: “Strange. Doutor Stephen Strange”. Mas o Thunderbolt o fere gravemente deixando-o no chão. Resta Maria Hill que corre ao local ao ouvir os gritos para impedir que algo aconteça com Tony. Fantasma apenas fica intangível aos ataques da ex-agente da S.H.I.E.L.D. e se coloca prestes a terminar o serviço na frente do olhar de todos.

Enquanto isso, na mente de Stark ele tem que se virar sozinho. Ele se percebe em um local cheio de sangue e cheio de pessoas que ele conhece. Que ele falhou de alguma forma. O sangue que escorre pelo chão é delas, e é culpa dele. Aquele velho mote que move esse personagem e nunca deixa de ser verdade, Tony Stark é movido por culpa. Ele vê Happy, Yensen e outros. Ele tenta se desculpar, se comunicar, mas eles são como zumbis. O Homem de Ferro chega ao cume do local onde estranhamente se encontram sua mãe e seu pai, agora em uma imagem não tão carinhosa e amigável de antes.

Photobucket

Claramente seu limbo mental traz questões mais primitivas e antigas ainda, até de sua infância. Seus “pais” ordenam que se comporte, sente, que aceite que aquele sangue está nas mãos dele e que é assim que ele é, como todo Stark é. E o outro velho mote do personagem surge: o de negar seu passado, de querer se provar uma pessoa diferente dos pais, do que ele já foi: uma pessoa melhor.

No meio da briga com os pais, ele começa a perder o fôlego: reflexo do mundo físico onde Fantasma está prestes a mata-lo. Na sua mente, o herói encontra forças suficientes para se livrar do pesadelo e das acusações e afirma que ele mesmo escolhe seu caminho, entrando em uma espécie de esfera de luz no meio da poça de sangue no chão. Fora de sua mente, a única pessoa que resta para tentar ajuda-lo depois de Dr. Estranho e Rhodes (que se encontram feridos) e Maria Hill que nada pode fazer, é Pepper Pots. Ela não é mais Resgate, nem possui mais nenhum poder, é apenas Pepper. Porém, Pepper é suficiente, usando a inteligência que lhe sobra ela telefona (ou finge) para o M.A.R.T.E.L.O. se entregando junto com todos refugiados que se encontram ali e contando sobre o agente deles e o que ele está prestes a fazer. É o suficiente para atrair a atenção do inimigo e deixa-lo longe de Tony.

Photobucket

Ele parte pra cima dela, mas o semblante dela demonstra algo diferente e não é sobre o seu atacante, é sobre o homem que está prestes a salvá-la: Tony Stark. Acordado, consciente e salvando o dia! Ele pega o telefone fantasma dado por Madame Máscara que o envia para qualquer lugar que atender sua ligação e o manda para uma filial das indústrias Stark em Seul.

Há muito que resolver agora e todos são levados para o hospital onde se recuperam. Mas, depois de tanto tempo ausente, Tony não parece querer ficar mais na cama. Capitão América aparece saber como andam as coisas depois de tudo e o médico de Anthony conta que seu paciente não está tão bem assim. O “backup” de ser cérebro não estava tão atualizado e parece que existem coisas que ele simplesmente não se lembra de terem ocorrido. Coisas como a Guerra Civil, a morte de Steve, a queda da S.H.I.E.L.D. e a ascensão de Norman Osborn com o M.A.R.T.E.L.O.. “Só” isso. Só os últimos anos de sua vida e decisões extremas que tomou nesse tempo. Há muito que resolver e recuperar, e Tony tem que recuperar toda sua vida de volta e começar do zero.

Photobucket
Photobucket


Cammy
*O título do artigo é referência a "Mágico de Oz", quando Dorothy tem que bater os sapatos 3 vezes e repetir a frase "não há lugar como o lar" para retornar ao mundo real.

comments powered by Disqus