quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quarteto Fantástico: Nossas crianças são o nosso futuro

Algumas edições atrás, a família fantástica da Marvel recebeu uma inesperada visita de um rapaz loiro, que facilmente passou por todos os sistemas de defesa do edifício Baxter e alcançou seu objetivo, as crianças do casal Reed e Sue. O que apenas o leitor ficou sabendo é que esse invasor era ninguém menos que a versão futura de Franklin Richards, cujo verdadeiro intento de sua missão finalmente saberemos agora nas edições 17 e 18 de Universo Marvel. Ou ao menos, parte dela.

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Tudo segue imediatamente depois da viagem do Franklin do futuro, quando ele encontra a versão já adulta de sua irmã numa espécie de limbo do espaço-tempo, último resíduo que serve-lhe como base enquanto toda aquela linha temporal ainda não foi alterada graças as recentes mudanças no passado que Franklin fez (No caso, a viagem para o nosso presente reativando seus próprios poderes e instruindo sua irmã sobre o que ela deve fazer para salvar nosso mundo).

Os dois não estão sozinhos nisso. Nathaniel Richards, avô dos dois, está lá, com uma estranha roupa que mais parece um celestial e pronto para tomar sua parte no plano. Agora, é Franklin quem fica para sustentar o lugar onde estão. Valéria é enviada para nosso presente e Nathaniel tem uma missão no futuro.

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Contudo, antes de seguir na sua missão literalmente suicida, Nathaniel Richards deseja ver mais uma vez seu filho e assim viaja ao passado, no tempo em que Reed começou sua faculdade. Lá ele se revela, tentando compensar a ausência e rever seu filho antes de sua missão – deter sua versão futura, última existente além da dele se contarmos todas as realidades.

Aqui, entramos num momento de explicação. Toda aparição de Nathaniel que conhecíamos das histórias do passado do Quarteto é deixada de lado. O escritor Jonathan Hickman trabalha agora com um novo destino de Nathaniel, que foi trabalhado na minissérie SHIELD, inédita no Brasil. Não falaremos com detalhes sobre ela, na esperança ainda que a Panini a publique, mas é válido contar que na tentativa de deter um superhumano chamado Night Machine, Nathaniel mudou a composição de seu corpo, tornando-se algo único nas realidades, nunca envelhecendo e saltando facilmente sobre elas.

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Nesta nova condição imposta para Nathaniel, ele e todas suas versões de outras realidades, foram atraídas para o futuro desta, onde confrontaram o vilão Immortus, que considerava todos os Nathaniels uma ameaça ao espaço-tempo. Maquiavélico, o vilão impôs a proposta de que deixaria pelo menos uma das versões do Richards sobreviver colocando-os um contra os outros. Assim, um sobrepujou a todos, sobrando apenas ele e a versão de Nathaniel desta realidade.

Reed decide que não deixará seu pai confrontar seu fatídico destino sozinho e assim mais uma vez o passado ganha um pequeno retcon. Reed corre atrás da ajuda de dois amigos para essa viagem no futuro. Benjamin Grimm aceita sem hesitar e Victor Von Doom aceita orgulhosamente esta tarefa, dando assim meios para todos guerrearem. Benjamin Grimm ganha um exoesqueleto robótico feito por Destino. Reed ganha uma arma de energia nuclear (roubada deRobert Oppenheimer) O próprio Doom usa um protótipo de elmo capaz de dar poderes psíquicos a seu usuário. Junto com Nathaniel, formam uma versão primário de Quarteto Fantástico.

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No futuro, Nathaniel e seu jovem “Quarteto Fantástico” chega a Cronópolis, um lugar devastado do futuro onde a outra versão do pai de Reed já está a espera deles. Para balancear a situação, a versão vil de Nathaniel convoca os anacronautas para derrotar o grupo. A luta transcorre voraz, mas desta vez o grupo está com Victor Von Doom do seu lado, que nunca aceita bem a derrota. O jovem que será Destino um dia, detém a versão assassina de Nathaniel, matando-o e deixando a versão 616 do pai de Reed como a única sobrevivente de todas as realidades. Isso não passou desapercebido. Destino cobrará esse favor no futuro.

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De volta agora ao passado, Reed e o seu pai se despedem. Ele afirma que no futuro eles ainda irão se ver outras vezes (como já aconteceu mais de uma vez nas histórias do Quarteto Fantástico) e mais uma vez abandona seu filho.

Enquanto tudo isso foi feito, Val seguiu na sua missão no nosso presente abordando sua mãe. Ela explica a Sue que o invasor de dias atrás era o Franklin e conta com poucos detalhes que eles estão mudando o futuro em que eles vivem. Ela pede para a mãe ser forte e agüentar os piores momentos, mas no final, vai dar tudo certo. O importante é que Sue mantenham todos unidos e o plano vai dar certo. O plano de Franklin.

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De volta ao espaço-tempo em colapso, Nathaniel é o primeiro a voltar de sua missão e encontrar seu neto. Franklin, no entanto, está o empurrando para o novo passado, desativa os poderes do avô temporariamente e literalmente o chuta para a nova realidade criada por eles. Em suas últimas palavras antes de se despedir do ‘velho’, Franklin explica que essa grande matança de Nathaniels entre as realidades fez com que todos os Reeds ficassem órfãos. E, agora, ele quer dar ao Reed o direito de ter seu pai de novo. Todo garoto precisa de um pai.

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Val chega minutos depois, muito próximo do momento do último vestígio daquela realidade ainda existir. Os dois se dão as mãos. Há pouca chance dos dois sobreviverem a essa, mas eles tem que tentar. Franklin cria um túnel furando aquela realidade. Antes de partir, Val confessa que Franklin sempre foi o herói favorito dela. Já o rapaz sorri e diz que, no caso dele, ainda é o Tocha Humana. E se lançam para o desconhecido.

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E essa história escrita por Jonanthan Hickman e desenhada por Neil Edwards é só a ponta do iceberg que está por vir. Isso só não esta melhor porque estamos órfãos da minissérie SHIELD, que com certeza merecia um encadernado do nível de "Projeto Marvels". Alguém se habilita de mandar emails pra Panini pedindo por isso?

Coveiro

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