quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Thor: Jornada Infernal

Com o fim d’O Cerco, Asgard não passa de ruínas. Aos sobreviventes, resta apenas reverenciar seus compatriotas asgardianos tombados, que se sacrificaram como bons guerreiros em prol de seu lar numa luta, para conseguir as glórias do outro mundo. O que talvez eles não saibam é que os domínios de Hela, a Deusa da Morte, não são mais os mesmo. Tudo que ela tem é um provisório pedaço de terra concedida por Mephisto, num acordo bastante vulnerável feito por seu pai, Loki. E esse canto do Inferno parece correr muito mais riscos do que parece, como veremos neste novo arco de Thor chamado “As Letras Miúdas”, escrito por Kieron Gillen e ilustrado por Rich Elson e Doug Braithwaite.

Thor

Após atear fogo nas piras funerárias dos Asgardianos e fazer as devidas homenagens, Balder e Thor se isolam para honrar o meio-irmão falecido. Não há corpo de Loki para ser cremado. Restam as palavras. Thor fala bem. Diz que Loki morreu bem, mas viveu lamentavelmente. Eles sentirão sua ausência, mas não suas trapaças. E que o fim de Loki signifique o cessar delas. Infelizmente, Thor mal sabia dos acordos feitos pelo meio-irmão para seu pós-vida (Como visto em O Cerco Especial).

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Não demora muito para que a primeira má repercussão disso chegue até aos guerreiros asgardianos. Hela se manifesta na frente deles, na forma de um esqueleto chamuscado, suplicando por ajuda. Diz que seus domínios foram invadidos pelas Dísir e que as almas eternas dos asgardianos estão em perigo.

Pouca antes vemos o que acontece. Durante um confronto para eliminar alguns demônios que desejam se rebelar do domínio de Mephisto, as Dísir refletem que a maldição que as impede de desfrutar dos mortos asgardianos não deveria valer para a “nova Hel” e decidem requisitar ao seu novo mestre permissão para invadir o novo reino de Hela e se banquetear. Brun, a primeira e líder das Dísir, convence Mephisto que todas as suas irmãs amaldiçoadas se entregariam de corpo e alma às vontades de Mephisto se tivessem essa oportunidade de invadir Hel como presente. E assim é feito.

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As valquírias amaldiçoadas atacam os falecidos asgardianos e até mesmo surpreendem Hela, roubando da deus a única arma capaz de feri-las, a espada Eir-Gram. Agora, a esperança da Deusa da Morte reside em seu outrora arqui-inimigo, Thor, que inicialmente desacredita de sua história. Contudo, ao pronunciar o nome das endemoniadas, um asgardiano é esquartejado e o sangue dele dá forma a uma das Dísir, que ameaça todo aquele que tentar salvar Hel.

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Assim, Thor e Tyr partem para o mundo infernal em busca de dar a devida paz ao seu falecido povo. Logo de cara, confrontam as vampiras asgardianas, que por muito pouco não lhes dão um brutal fim. É Hela, ou um corpo disforme ocupado por sua consciência, que lhes salva e conta toda a articulação feita por Loki antes de morrer. A Deusa da Morte afirma que toda a esperança para derrotar as dísir reside na recuperação da espada Eir-Gram, retirada de suas mãos.

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Então, tomamos ciência de que Eir-Gram foi levada até os domínios de Mephisto. O Demônio não gostou nem um pouco de estar cada vez mais envolvido nessas questões, mas por um breve divertimento pessoal deixou que a bruxa asgardiana prendesse magicamente a espada em seu solo.

Assim, enquanto Tyr fica na nova Hel para proteger o lugar, Thor parte para os domínios de Mephisto, onde é recebido sem nenhuma oposição. O Demônio, como de praxe, oferece de cara inúmeros acordos para ajudar o Deus do Trovão a conseguir facilmente a espada que procura. Contudo, já prevendo que teria um “não” como resposta, abre as portas de seu inferno para que Thor faça sua jornada sozinho.

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Num rápido flashback, vemos mais uma vez as peripécias de Loki. Tomamos ciência de que foi ele quem fundiu a espada Eir-Gram, com o fogo do próprio inferno de Mephisto e já antecipando ao diabo os lucros que ele teria com aquelas mulheres-demônio. Loki, no entanto, advertiu que o verdadeiro e grande poder estaria ali naquela espada.

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De volta ao nosso presente, acompanhamos Thor em sua trilha nas profundezas do Inferno, derrotando os mais diferentes demônios que se colocam a sua frente até chegar a almejada espada. Contudo, a espada presa magicamente no solo não era algo fácil de se tomar posse. A tensão só aumentou quando Hela mandou um recado em seu quase último esforço – A sua fortaleza em Hel foi tomada, as almas estavam prestes a ser perdidas para todo o sempre.

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Assim, Thor grita o nome das valquírias amaldiçoadas em voz alta – Dísir. E isso foi como um grito de convocação. A grande maioria das guerreiras demônio retornaram ao lar de Mephisto para ter a vingança sobre o filho de Odin. O primeiro golpe derrubou o Deus do Trovão, que não poderia agüentar por muito tempo. E, de joelhos, Thor pede para sua mãe Gaia, expulsar a lâmina do solo, já que ele não pode sozinho retirá-la.

E o pedido do Deus do Trovão é ouvido. Com um longo movimento, ele não só puxa a lâmina de sua clausura, como também divide o corpo das demônios em pedaços. Caídas, Thor promete ser misericordioso se elas admitirem como verdade que fugiram de sua maldição, atacando embusteiramente a Nova Hel . Com medo da morte definitiva, Gôndul, a mais sábia das dísir admite a culpa.

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Com isso, todas as outras voltam ao domínio de Mephisto e o acordo é refeito, muito mais fortalecido. Mephisto vê tudo sem sequer levantar-se de seu trono. Não há nada para ele desfrutar ali além de observar o espetáculo.

Agradecida, Hela abre um portal para Thor e Tyr voltarem ao reino dos vivos. No entanto, Thor deseja saber sobre a presença de Loki em Hel. Neste momento, Hela revela que seu pai, Loki, pediu no acordo para não ter seu nome escrito nas páginas de Hel. É incerto saber se desse jeito ele tornou-se vítima das dísir carniceiras.

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De volta a Asgard, Thor surge transtornado durante a reunião dos asgardianos e ataca sem nenhuma explicação a jovem Keldra. Tudo, no entanto, foi para que uma revelação fosse feita. Durante a quase morte da Deusa na Latvéria, Loki roubou-lhe um pedaço da sua pura alma para assim forjar a a Eir-Gram. Agora, a pobre Keldra toma conhecimento disto e sente o vazio em seu interior. Curiosamente, é algo bem similar ao que já vimos acontecer com uma certa menininha russa, não?

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Em outro lugar, Mephisto se deleita que no final, após tantas reviravoltas no acordo original, ele pelo visto será “senhor” das Dísir por muito mais tempo do que os 101 dias propostos por Loki. Há sempre um demônio enganando outro, não?

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E, para nós, a grande dúvida permanece: Onde está Loki e o que ele realmente aprontou?

Coveiro

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