quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Revelações na Fantastic Four #600

Atenção! Informações Inéditas no Brasil!


Este ano de 2011 marca exatamente 50 anos de publicação de revistas do Quarteto Fantástico e algo de muito especial teria que ser feito. Sendo assim, mesmo após ter sido zerada no ano passado e recomeçar sobre o título FF, o lançamento da edição comemorativa 600 entrou na agenda deste ano e acabou de ser lançada esta semana nos EUA. E Jonathan Hickman, escritor do Quarteto desde 2009, não perdeu a oportunidade de nos surpreender com seus mirabolantes planos para a equipe.



A edição especial com 96 páginas foi divida em cinco diferentes histórias, todas elas com alguma ligação com a equipe e servindo como “prólogo” para vindouros arcos do título. Isso foi algo sugerido por Tom Brevoort, editor dos títulos, que preferiu que Hickman usasse a edição como ponto de partida de novas histórias para os leitores (afinal, muita gente se interessam de comprar essas revistas com numerações especiais para começar a colecionar).

Na primeira parte, temos arte de Steve Epting, artista regular da revista FF. O cerne principal da história é a reunião da família fantástica com os heróis sediados em Nova York para tentar deter uma invasão Kree em nosso planeta. Contudo, a maior surpresa de todas acontece no final da história, quando um portal da Zona Negativa se abre e de lá surge um ressuscitado Johnny Storm, com um Aniquilador encoleirado e sob seu jugo.

As explicações para isso acontecem na segunda parte. Com arte de Carmine Di Giandomenico, vemos a reviravolta de Johnny Storm na Zona Negativa. De fato, o herói morreu, mas foi ressuscitado pelo Aniquilador para ser seu “mascote” numa Arena de gladiadores. O que o Annihilus não contava é que o Tocha Humana se juntasse com outros irmãos de Arena, formando assim algo chamado como “Brigada da Luz” para tentar destronar o vilão. E conseguiu. Alguém lembrou de alguma coisa? Alô, Planeta Hulk?!


Aqui vale um parêntese interessante. Hickman em entrevista recente ao Comic Book Resources, afirmou que sempre teve em seus planos a morte de Johnny com sua superior ressurreição. O que ele não contava é que essa morte do rapaz tomasse a proporção que alcançou, já que contava que essa situação não seria algo permanente. Em todo caso, ficou feliz com a repercussão e com o alcance que suas histórias tem tomado dentro da Marvel. Outra coisa que foi apontada é que veremos nessa segunda parte que Johnny morreu e ressuscitou várias vezes até a tomada do poder e isso modelou o caráter do Tocha Humana que acabamos de topar agora.

Na terceira parte, Ming Doyle desenhou uma história com os Inumanos, focando-se principalmente na relação de Medusa e do recém-ressurgido Raio Negro. Também veremos um pouco da relação Crystalis e Ronan, outrora um casamento arranjado, mas que aprenderam a se amar. Os dois casais citados, no entanto, terão algumas divergências de opiniões e isso os colocaram em caminhos diferentes. Hickman promete já trabalhar com isso na edição 601.

Na quarta parte, o artista Leinil Francis Yu ilustrou uma história sobre o Galactus. Desta vez, a entidade não veio a Terra para destruí-la, mas sim para salvá-la. Tudo isso é conseqüência do arco “Galactus’ Seed” escrito pelo Matt Fraction na revista "O Poderoso Thor". Isso será trabalhado melhor futuramente nas edições 603 e 604 da revista.

A quinta e última parte é desenhada por Farel Dalrymple, e se focou no jovem Franklin Richards. Pelo visto, desde que recuperou os poderes (reativados por sua versão futura), o jovem vem realizando suas próprias aventuras viajando por outras realidades e tem uma espécie de potencial tutor ainda não revelado para os leitores querendo treiná-lo. Nessas histórias, Franklin será acompanhado de seu escudeiro de brincadeiras, Sanguessuga. O maior mistério que fica é o que podemos esperar do jovem filho de Reed. Ele está aí para salvar o Quarteto Fantástico ou salvar Destino?

Paralelo a isso, temos os acontecimentos da revista FF#12, que originalmente nunca esteve nos planos de Hickman como um título separado. Contudo, as vendas, permitiram ao escritor o consentimento de Brevoort para dividir seus planos com o Quarteto nesses dois títulos. Nessa história atual, teremos o arco "All Hope Lies in Doom", com uma história envolvendo o Dr. Destino, seu herdeiro Kristoff e os membros mais jovens da Fundação Futuro.


Então, o que teremos a partir de agora são duas revistas envolvendo a equipe Fantástica. A partir da edição 600, Fantastic Four volta como mensal, dando continuidade ao arco “Forever”. Já FF, ganha sua própria identidade, sendo uma revista mais focada na molecada da geração do amanhã, a Fundação Futuro.

Com isso, o que vemos é no ano de comemoração dos 50 anos de Quarteto Fantástico uma verdadeira explosão de seu universo e mitologia. Algo provavelmente sequer esperado pelo seu escritor, mas que faz um merecido reconhecimento. Hickman entra hoje no mesmo patamar de Stan Lee, John Byrne e Mark Waid, nomes consagrados que já passaram pelo título e que fizeram jus as histórias do grupo.

Mal posso esperar para ver essas histórias saindo por aqui.

Coveiro

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