O título do artigo não é pejorativo, e muito menos uma reclamação. Na minha opinião, uma das decisões mais acertadas do Universo Marvel após O Cerco foi a manutenção do título dos Novos Vingadores. Porém, algumas dúvidas ficam em suspenso, e só a leitura dessa nova fase, um novo volume, iniciada no número 92 de Vingadores, pode sanar qualquer desconfiança dos leitores.
As dúvidas? Se os Novos Vingadores não são mais a principal equipe de Vingadores (como era em sua origem, até o advento da Guerra Civil) e nem mesmo uma equipe clandestina que se mantinha fiel aos ideais do Capitão América em tempos de Tony Stark como diretor da SHIELD e sob o Reinado Sombrio de Norman Osborn, o que eles são? Qual o sentido da manutenção dessa equipe? Qual o seu papel na Nova Era Heróica.
Com roteiros do onipresente Brian Michael Bendis, e arte de Stuart Immonen, a permanência de uma equipe de Novos Vingadores é motivada por um desejo de Steve Rogers e de Stark. E é principalmente por ter problemas com o último que Luke Cage demonstra toda personalidade que o personagem adquiriu nos últimos tempos e que lhe cabe bem, quando argumenta que não quer ser um mero soldado de uma equipe enclausurada em uma torre de marfim.
Ele não quer ser pau-mandado, e não é isso que será. Em um diálogo rápido e afiado, duas coisas se tornam realidade. Primeiro, definitivamente os Novos Vingadores são a equipe de Cage (nas duas últimas fases da Marvel sempre houve dúvidas se ele era de fato o líder, se havia tal liderança); e segundo, recebendo a escritura da reformada e icônica Mansão dos Vingadores, em uma divertida cena, a equipe tem toda autonomia que quiser em relação ao que fazer e como fazer. E tem total confiança de todos aqueles cuja opinião é verdadeiramente válida.
Luke Cage, Jessica Jones, Wolverine, Homem-Aranha, Gavião Arqueiro, Harpia, Ms. Marvel, Punho de Ferro. Todos estão lá, mais do mesmo. Porém, uma adição demonstra o alcance que os Vingadores tem hoje no Universo Marvel, pois sob a chancela de todos o Coisa se torna o mais novo membro do grupo! Mas essa não é a única mudança. Recebendo um voto de confiança de Steve Rogers, Victoria Hand passa a ter na nova equipe as mesmas funções que Maria Hill tem nos Vingadores, uma espécie de responsável por facilitar o trabalho dos heróis administrativamente.
As dúvidas? Se os Novos Vingadores não são mais a principal equipe de Vingadores (como era em sua origem, até o advento da Guerra Civil) e nem mesmo uma equipe clandestina que se mantinha fiel aos ideais do Capitão América em tempos de Tony Stark como diretor da SHIELD e sob o Reinado Sombrio de Norman Osborn, o que eles são? Qual o sentido da manutenção dessa equipe? Qual o seu papel na Nova Era Heróica.
Com roteiros do onipresente Brian Michael Bendis, e arte de Stuart Immonen, a permanência de uma equipe de Novos Vingadores é motivada por um desejo de Steve Rogers e de Stark. E é principalmente por ter problemas com o último que Luke Cage demonstra toda personalidade que o personagem adquiriu nos últimos tempos e que lhe cabe bem, quando argumenta que não quer ser um mero soldado de uma equipe enclausurada em uma torre de marfim.
Ele não quer ser pau-mandado, e não é isso que será. Em um diálogo rápido e afiado, duas coisas se tornam realidade. Primeiro, definitivamente os Novos Vingadores são a equipe de Cage (nas duas últimas fases da Marvel sempre houve dúvidas se ele era de fato o líder, se havia tal liderança); e segundo, recebendo a escritura da reformada e icônica Mansão dos Vingadores, em uma divertida cena, a equipe tem toda autonomia que quiser em relação ao que fazer e como fazer. E tem total confiança de todos aqueles cuja opinião é verdadeiramente válida.
Luke Cage, Jessica Jones, Wolverine, Homem-Aranha, Gavião Arqueiro, Harpia, Ms. Marvel, Punho de Ferro. Todos estão lá, mais do mesmo. Porém, uma adição demonstra o alcance que os Vingadores tem hoje no Universo Marvel, pois sob a chancela de todos o Coisa se torna o mais novo membro do grupo! Mas essa não é a única mudança. Recebendo um voto de confiança de Steve Rogers, Victoria Hand passa a ter na nova equipe as mesmas funções que Maria Hill tem nos Vingadores, uma espécie de responsável por facilitar o trabalho dos heróis administrativamente.
Mas é claro que não é só isso. Ela era assessora de Norman Osborn, todos ali a odeiam e desconfiam de suas intenções, mas a garantia de haver alguém por perto que pensa quase completamente diferente de todos é um contraponto interessante para os heróis, e para nós leitores.
Porém, mesmo diante dessas pequenas mudanças algo da encarnação anterior permanece. A derrocada de Stephen Strange como mago supremo, mesmo diante da ascensão do Doutor Vodu, deixou algumas pontas soltas. A possessão de Strange e de Daimon Hellstrom por uma misteriosa entidade e o repentino aparecimento do Olho de Agamotto nas mãos de Cage. Percebendo que Stephen e Hellstrom não estão no comando de seus corpos, Luke acaba também dominado pela força mística e se torna um gigante diante de seus amigos.
Porém, mesmo diante dessas pequenas mudanças algo da encarnação anterior permanece. A derrocada de Stephen Strange como mago supremo, mesmo diante da ascensão do Doutor Vodu, deixou algumas pontas soltas. A possessão de Strange e de Daimon Hellstrom por uma misteriosa entidade e o repentino aparecimento do Olho de Agamotto nas mãos de Cage. Percebendo que Stephen e Hellstrom não estão no comando de seus corpos, Luke acaba também dominado pela força mística e se torna um gigante diante de seus amigos.
Já em Vingadores 93, os Novos Vingadores são obrigados a enfrentar seu genioso líder, possuído e agigantado, nitidamente fora de controle. Pobre mansão... já em ruínas.
Wolverine consegue arremessar o poderoso amuleto para longe, e ataca os Hellstrome Strange, ferindo-os suficientemente para os paralizar, enquanto a luta se transfere para o Central Park. Porém, diante da fragilidade dos hospedeiros, a força que os controla acaba abandonando seus corpos.
No parque o restante dos Novos Vingadores finalmente imobiliza Luke, mas logo percebem que a entidade que o controla é muito forte e confiante. Logo os recuperados Strange e Hellstrom, além de Wolverine e do Homem-Aranha, chegam ao local para ajudar. Mas o principal auxílio não tarda: o Doutor Vodu.
Diante dos ataques místicos combinados, o demônio que possuía Luke se transporta para o corpo do Punho de Ferro, que tinha em suas mãos o Olho de Agamotto, que logo desaparece levando consigo o amuleto. O desespero de Hellstrom imediato se justifica. Aquela ameaça tem proporções dimensionais, e as consequências certamente serão terríveis. Tudo parece perdido, pois não demora para que o céu ganhe tons de fogo, literalmente se abra, e uma chuva de demônios comece a cair de lá.
Wolverine consegue arremessar o poderoso amuleto para longe, e ataca os Hellstrome Strange, ferindo-os suficientemente para os paralizar, enquanto a luta se transfere para o Central Park. Porém, diante da fragilidade dos hospedeiros, a força que os controla acaba abandonando seus corpos.
No parque o restante dos Novos Vingadores finalmente imobiliza Luke, mas logo percebem que a entidade que o controla é muito forte e confiante. Logo os recuperados Strange e Hellstrom, além de Wolverine e do Homem-Aranha, chegam ao local para ajudar. Mas o principal auxílio não tarda: o Doutor Vodu.
Diante dos ataques místicos combinados, o demônio que possuía Luke se transporta para o corpo do Punho de Ferro, que tinha em suas mãos o Olho de Agamotto, que logo desaparece levando consigo o amuleto. O desespero de Hellstrom imediato se justifica. Aquela ameaça tem proporções dimensionais, e as consequências certamente serão terríveis. Tudo parece perdido, pois não demora para que o céu ganhe tons de fogo, literalmente se abra, e uma chuva de demônios comece a cair de lá.
Mantendo o clima de humor rápido, com uma dinâmica divertida, mas sem galhofa, o volume 2 de Novos Vingadores não começa timidamente. Recorrendo ao próprio histórico da equipe (nada de lutas contra o Capuz!), ela parece se revigorar mantendo a maioria dos personagens, o tom sério e bem humorado, que foi a marca de praticamente toda sua existência anterior.
João
João
