quarta-feira, 9 de março de 2011

Wolverine Arma X – (mais um) Futuro (a ser) Esquecido (De novo não!!!!)

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(Pelo que eu entendi, essa história é posterior à saga “O Cerco”, que começou recentemente. Há um “pequeno” spoiler no decorrer do arco. Ou, se preferirem, a história somente fica clara depois de lermos a referida saga. Por isso, deixo aqui o alerta.)

Um dos temas mais recorrentes em histórias em quadrinhos de super-heróis é clássica viagem no tempo. Praticamente, todos os autores, desde os mais renomados até os mais esquecíveis, trabalharam com o tema. Até mesmo os Fabulosos X-Men tiveram suas próprias viagens, além de pelo menos dois viajantes do tempo terem participado de suas fileiras. Então, por que Jason Aaron resolveu explorar o tema?

Nossa história começa com um novo vigilante, Jeffrey Winstone, aportando em Nova York. Ele é uma mistura de Cavaleiro da Lua com o Coisa. Sabe artes marciais, treinou com os monges experts em destruição e, o mais importante, nunca beijou uma garota. Enquanto faz sua prestigiosa estreia, é abordado por uma pessoa que pergunta o seu nome e seu codinome. Nem bem termina de falar, é alvejado por uma saraivada de tiros e acaba decapitado pelo seu algoz. A carreira de vigilante de Winstone termina naquele ponto. E a pessoa que o aniquilou não é exatamente uma pessoa.

Em outro ponto da cidade, duas pessoas discutem acerca das opções de lazer disponíveis. Uma lista de pubs e bares é dita, mas aparentemente, a grande maioria desapareceu. Mas, mesmo assim, ainda há muitas opções para uma bela farra. Seria uma situação trivial, se não fossem os seres envolvidos: Logan, conhecido pela alcunha Wolverine, e o recém renascido Steve Rogers, outrora conhecido como Capitão América.

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O motivo dos dois heróis saírem para farra é óbvio: A volta de Steve Rogers do mundo dos mortos. E para completar, teremos Noturno como o motorista sóbrio do carro, ou melhor, do jato (pobre Noturno, em outros tempos, ele também estaria incluso na festa).

Enquanto os heróis começam a farrear, em outro canto da cidade, um casal acaba de sair da balada. O ser humano do sexo masculino está prestes a levar um fora da garota, principalmente pelo fato de ele ser um completo “imbecil”. Mas o chute no traseiro é interrompido pela chegada do mesmo ser que assassinou Winstone. Novamente, após a confirmação da identidade do casal (sendo que a moça descobriu que o fanfarrão era um bom partido), eles são eliminados sem dó nem piedade.

Mas voltemos aos nossos heróis. Logan já quer partir para outro bar, mas Rogers quer ter uma conversa um pouco mais séria. O supersoldado agradece ao baixinho o fato de ter ajudado a manter unidos os Vingadores durante a era das trevas comandada pelo louco do Osborn. Logan fala que foi um período difícil, mas ao que parece, com a volta de Steve, uma nova era surgiu. Aliás, ele comenta o seu relacionamento com Melissa, o que causa um certo espanto para Rogers.

O papo cabeça é interrompido quando alguém reclama da música que o bar estava tocando. E para variar, Logan vai tirar satisfação. E começa a boa e velha briga de bar. Dentro do jato, Noturno comenta com Ciclope acerca de uma aposta em que o líder dos X-Men achava que depois de dois bares, Logan ia arrumar encrenca. Mas o baixinho anda calmo, pelo jeito.

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Ao passo que Logan e Steve se divertem, o misterioso assassino continua a fazer suas vítimas. Dessa vez, o alvo é uma maternidade, que, além do alvo, todo o staff do hospital é morto sem maiores problemas.

Voltemos aos nossos heróis. Steve sabia que a farra ia acabar assim. Logan promete levá-lo para jogar boliche da próxima vez. Enquanto Rogers se distancia, uma pessoa se aproxima de Logan para informá-lo sobre uma ameaça vinda do futuro. Nesse caso, a identidade dos assassinos é revelada: São Deathloks. Isso mesmo, são vários Deathloks, cujo próximo é alvo é o Capitão América.

25 anos no futuro. Um mundo dominado por uma única corporação, a conhecida Roxxon. Dessa vez, o foco da história é a Comandante Miranda, líder de uma pequena célula de resistência , que luta contra o império do mal da referida corporação. Sua missão era conseguir resgatar um operativo de grande valia, mas acabou não dando muita sorte, já que os Deathloks chegaram primeiro. Que triste fim para o velho Justiceiro.

A próxima missão é evitar que a Roxxon mande Deathloks para o passado. Ao reunir sua equipe, Miranda não contará com o auxílio do “General”. Seu parceiro nessa empreitada é um envelhecido Logan, que perdeu suas mãos em combate com os Deathloks (quero ver a explicação para cerrar o adamantium, apesar de que em uma realidade alternativa isso já ocorreu).

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Voltando ao presente, a mesma Miranda, só que muito mais jovial, passa a informar Logan dos assassinatos praticados pelos Deathloks futuristas. De acordo com Miranda, o plano dos assassinos futuristas é acabar com o General, líder da resistência ao domínio perpetrado pela Roxxon. E o próximo alvo é o Capitão América. Mas não Steve Rogers. O Alvo é Bucky Barnes.

Em um restaurante de comida russa, Bucky Barnes, o atual Capitão América, faz calmamente a sua refeição. Porém, a calmaria se encerra, com a chegada dos exterminadores do futuro. Barnes consegue escapar, mas começa uma incessante caçada ao parceiro de Steve Rogers.

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Voltamos ao futuro. O pequeno grupo liderado Miranda está prestes a invadir uma fortaleza abarrotada de Deathloks. Um dos soldados, Wakowski, pergunta se Wolverine é capaz de ajudar na missão. E nesse momento, Logan mostra que, apesar de não ter mais as mãos, ainda é o melhor naquilo que faz.

No presente, Bucky, dentro de uma estação do metrô, luta para sobreviver. Mas agora o Capitão América conta com a ajuda de Wolverine que, guiado por pela versão jovem de Miranda, chega ao metrô, onde começa uma feroz luta contra os Deathloks. Um deles intercepta o baixinho, mas a máquina não está autorizada a matá-lo (que jogada de roteiro o Jason Aaron fez agora, pois está claramente demonstrado que os Deathloks são mais fortes que os heróis. Um Deus Ex Machina bem safado... ). Logan é incapacitado. E o Deathlok parte em direção de Miranda. Mas a programação da máquina entra em parafuso, pois não sabe como lidar com Miranda. A Jovem é retirada da linha de fogo por um menino, que é a versão do presente de Wakowski. E, enquanto este retira Miranda da linha de fogo, o Capitão América dá cabo do assassino cibernético.

Logan questiona o motivo do Deathlok não ter autorização para o uso de força letal. Miranda explica que o fluxo cronológico não pode ser afetado, por isso os assassinos do futuro não podem sair matando ao bel prazer. Além disso, Logan provavelmente foi morto no futuro, o que explica a reação do Deathlok. Dito e feito, a próxima sequência mostra um envelhecido Logan sendo derrotado e morto. Ao ver seu amigo ser queimado até os ossos pelo ácido, Miranda prepara a ofensiva final.


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22 anos no futuro. Ainda estamos numa época em que a população tinha forças para protestar. O domínio da Roxxon não era total. Mas os Deathloks já eram usados como forma de aniquilar os rebeldes. Nesse protesto, um herói lamenta ter chegado tarde demais. O que vemos é um envelhecido Homem-Aranha, usando armas que não lhe são muito comuns. Mas mesmo com todas as suas espetaculares habilidades, o Amigão da Vizinhança sucumbe.

No presente, o Espetacular Homem-Aranha se aproxima da confusão. Ao se aproximar do Deathlok, Parker comete o erro de ficar falando com a máquina assassina e acaba sendo nocauteado. E o pior, é considerado irrelevante para a missão.

No metrô, Wolverine e o Capitão América lutam pelas suas vidas, principalmente Bucky Barnes. Novamente, mais um Deathlok se aproxima de Miranda, mas não sabe como lidar com ela. E antes que uma desgraça aconteça, Miranda é salva por Logan.

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Mas mesmo com todas as suas habilidades, Barnes é encurralado. Prestes a sofrer a sanção extrema, ele é salvo graças à Steve Rogers, que está usando um novo uniforme (novamente, mais detalhes posteriormente à saga “O Cerco”) . Junto com Steve, os Vingadores também dão as caras, com direito a um diálogo bem bacana entre o Coisa e Homem-Aranha. Os Deathloks percebem que a situação ficou complicada e recuam.

Steve diz que nunca viu nenhum daqueles Deathloks. Logan o informa que se trata de seres vindos do futuro. Ao notar o garoto junto com Miranda, Logan pergunta se ele será importante e recebe, como resposta, um sim. Miranda diz que somente tem o nome dos alvos e nada mais. Steve pede os nomes e o Coisa coloca a disposição o Edifício Baxter para ser usado como local para proteger as vítimas. Bucky questiona se não tem um meio de desligar as máquinas. Miranda diz que talvez o futuro criador saiba como.

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Depois de deixar os próximos alvos em segurança, Logan e Bucky partem em um jato dos Vingadores para encontrar o criador dos Deathloks. Barnes acha que Miranda está sendo enganada e que tudo é uma grande armadilha. Mas Logan confia na menina e sabe que é a única forma de resolver o problema que se apresentou.

Ao chegarem ao Departamento de Remoção de Carcaças, eles encontram o Dr. Heimedinger, o coordenador do primário projeto Deathlok, que foi responsável pela frustrada tentativa de invasão ao complexo Arma Extra. Mas Logan e Bucky não estão muito preocupados com esse fato. O importante agora é entender os novos Deathloks. Heimedinger não faz mínima ideia de como esses Deathloks funcionam. E a situação do doutor vai ficando pior conforme explica as origens do projeto. Então, no momento que percebem que Heimedinger é um inútil, Logan e Bucky resolvem acabar com a raça dele. Eles somente são impedidos por Miranda, que explica que matar o doutor pode piorar as coisas. Mas antes que possam matar Heimedinger, o Deathlok, antes desligado, volta a ativa e acaba exterminando o doutor. E o pior, a máquina assassina desaparece.

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Bucky tenta contactar Steve, mas em vão, já que seu mentor foi alvejado e incapacitado pelos Deathloks. As máquinas passam a entender que a missão foi comprometida e realinham os parâmetros da missão para matar Miranda.

Perto do Departamento de Remoção de Carcaças, Bucky tenta ser otimista com a sitação. Logan percebe a presença de alguma pessoa nos arredores. Ao notar o ser, ambos são alvejados por um raio repulsor. Barnes pensa que se trata de Tony Stark, mas Logan diz que não é o Homem de Ferro que está ali. Depois, ambos são atacados por teias similares às do Homem-Aranha. Logan fala para Miranda sair do local, mas, nesse instante, o Deathlok se aproxima, com os novos parâmetros para exterminar a garota.

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O tema em questão é extremamente batido. Aventuras temporais são extremamente recorrentes no mundo dos super-heróis. Resta saber se Jason Aaron vai cair nos lugares comuns que sempre permeiam essas histórias. Por enquanto, a trama caminha para ser uma das histórias mais fracas de seu run na revista Weapon X.

Rafael Felga

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