sábado, 17 de janeiro de 2015

E a Tropa Deadpool voltou... Ah, não!


Certamente, poderia ter acabado no preludio, tinha ali até uma ou outra história que se safava, mas nããããoooo... nosso sofrimento tinha que continuar. Então, na edição 7 do encadernado do Mercenário Tagarela de Dezembro temos a volta da Tropa Deadpool. Segurem-se aí!


A história é consequência direta da última edição do prelúdio, onde o ancião Contemplador entrega para eles finalmente a missão que só a Tropa Deadpool poderia resolver - Destruir a Consciência Cósmica, um ser amorfo que vem alastrando seu poder e dominando as mentes de todos os seres sapientes onde está. A equipe ganha uma nave para a missão - devidamente batizada de Bea Arthur - e um olheiro, Trycos Slatterus, o ancião conhecido como Campeão, que desde que assumiu essa missão deve ter se arrependido profundamente.

Por praticamente cinco edições, a Tropa segue numa viagem absurda que se resume a conseguir informações na base da espada, enrolar o Campeão de modo esdrúxulo para despistá-lo, uma participação ridículo de um outro ancião, o Jardineiro e combater aliens mal desenhados que estão dominados pela Consciência Universal. No meio disso tudo, o sangue rola solto, mas não mais que a quantidade de piadas ruins.

Depois de algumas missões que não levam a nada, Deadpool consegue carona após conquistar uma alien chamada Espada Quebrada que conhece o lugar mais próxima onde está a Consciência. E então, finalmente deparam-se com uma imensa nuvem com olhos que se identifica como sendo o objetivo do grupo. A Consciência Cósmica invade a mente deles de diferentes maneiras tentando subjugá-los, mas é realmente dificil entender o que há ali.

Kidpool se vê preso num jogo do Donkey Kong. Dogpool é atacado por um bife e ossos gigantes e carnivoros. Lady Deadpool fica com o rosto e corpo livre de cicatrizes, mas é repudiada num mundo onde todos os outros tem marcas. Deadpool aparece no nada, onde não há ninguém e nenhuma coisa, só o vazio onde suas piadas não terão graça. Quem sobrou nessa foi a Cabeça-Zumbi, o Pouca Sombra, que por já estar morto não foi captado pela consciência e assim descobre que ela não passa de um anãozinho operando uma supermáquina. Acaba ela salvando o dia e o resto da Tropa só serve para destruir um robô de segurança do anão.

Uma vez a missão cumprida, o Contemplador surge para dar os prêmios. Além de ficar com Bea Arthur para voltar pra casa, cada um dos Pools ganha um anel que poderá ser usado uma vez para realizar um pedido em que um ancião irá auxiliá-los. É o fim e todos erguem os aneis para cima gritando numa paródia pra lá de ridicula com os Lanternas Verdes.


O encadernado, no entanto, reserva mais algumas páginas. Temos uma curta história com a Tropa indo atrás de um tal de Bucaneiro Azul, pirata que surgiu recentemente e está criando  caso com algumas pessoas dispostas a pagar os Deadpools para atacá-lo. Lady Deadpool (que agora esta sem cicatriz de verdade, sabe-se la como) vai disfarçada se infiltrar na tripulação do Pirata Espacial. Já Deadpool, Cabeça-Zumbi e Dogpool preferem uma abordagem mais direta. A surpresa está que o Bucaneiro Azul é ninguém menos que o Campeão. E mais uma vez, o pobre ancião se vê num aperto com a Tropa. Eles detonam sua nave e ele fica a deriva no espaço... de novo.

E a última curta história nem vale o resumo... é só devaneio do pobre Wade.

Bom, não tem muito o que tirar dessa edição. E olha que vocês estão lendo de um cara que gosta do personagem. Na verdade, eu me assusto só de ver como podem ter feito uma receita tão ruim ao unir Victor Gischler nos roteiros com Rob Liefeld na arte. Os novatos Marat Mychaels e Matteo SCallera cuidam das histórias finais para não ser uma perda total. As piadas são absurdamente sem graça de nascença, ou já se perdem com a arte sem tato de Liefeld. Pouca coisa se salva com a inocência do Dogpool quando este entra em ação, mas só. E pra piorar, ainda teremos mais histórias com essa Tropa de Trapalhões por aí. É, ainda não acabou.

Coveiro

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