As coisas não andam fáceis para a X-Force liderada por Nathan Summers, conhecido como Cable. A equipe precisa lidar com múltiplas missões para evitar a todo custo que um futuro apocalíptico se concretize e qualquer falha de coordenação pode ser fatal. É justamente isso que acontece quando Forge é atacado pelo seu arqui-inimigo, o Adversário, e se vê impedido de coordenar duas missões simultâneas, deixando seus colegas à própria sorte. Uma das missões envolve Cable e sua filha adotiva, Esperança Summers, que enfrentam os Carniceiros no deserto australiano. Enquanto isso, nas florestas cobertas de neve no Colorado, Colossus e Dominó precisam derrotar um robô Sentinela e impedir que uma avalanche soterre uma cidade vizinha.
Outro membro da equipe, Dr. Nemesis, entra na mente de Forge através de um dispositivo que este criou e tenta ajudá-lo de alguma forma, restando apenas à jovem Dinamite a ingrata missão de lidar com o Adversário nesta edição escrita por Dennis Hopeless e desenhada por Gerardo Sandoval, publicada originalmente nos EUA em Cable & X-Force #17 e aqui no Brasil em X-Men Extra #11 pela Panini.
Cable e Esperança se encontram desarmados diante dos seus adversários mas a jovem absorveu os poderes telepáticos e telecinéticos do seu pai e o combate ficou mais equilibrado. Na verdade, eles se defrontam com uma nova geração de Carniceiros que se amalgamaram à força em uma gigantesca criatura de metal enquanto os responsáveis por isso assistem ao "show". A mesma criatura enfrenta Esperança enquanto seu pai adotivo é espancado pelos demais.
No Colorado, Colossus e Dominó conseguiram decepar a cabeça do Sentinela e ambos cavalgam em cima dela com uma avalanche no encalço. Domi aproveita a oportunidade para armar um monte de granadas na cabeça do robô. Quando eles conseguem se desvencilhar, Colossus arremessa a cabeça do robô em direção à avalanche e ela explode, eliminando o desastre que soterraria a pequena cidade de Vail.
Na Austrália, Esperança consegue sobrepujar a mente coletiva da criatura através dos poderes telepáticos que tomou emprestado de Cable e a volta contra seus criadores, que são enfim derrotados.
Dr. Nemesis e Forge conseguem se comunicar com Dinamite através dos computadores ligados ao cérebro deste último. Eles pedem à jovem que pare de lançar explosivos no Adversário para que ele não consiga escapar da base da X-Force, cujo revestimento de aço impede que ele saia de lá. Forge pede também que Dinamite o mate para que o Adversário seja derrotado mas. antes disso, a jovem precisa desligar a máquina que mantém Nemesis no cérebro de Forge para que ele não sucumba também. Dr. Nemesis não concorda com a eutanásia, obviamente, e a situação piora cada vez mais.
Quando Dinamite finalmente consegue desligar o dispositivo, o resultado é surpreendente: Forge e o Adversário são transportados para o cérebro do Dr. Nêmesis, que aprisiona o inimigo com muita facilidade e indisfarçável prazer.
Uma das coisas que mais gosto dessa série são os embates entre Forge e Dr. Nemesis, em que um sempre tenta superar o outro e esse arco ofereceu vários momentos assim. O contraponto deles com Dinamite também funcionou muito bem. Acho isso bem mais interessante do que mais uma missão de Cable ao lado de Esperança e outra com Colossus e Dominó. Achei que o confronto com o Adversário poderia ter se estendido mais um pouco mas achei o desfecho satisfatório. Enfim, como já comentei antes, o objetivo deste gibi é apenas oferecer uma boa diversão e para isso ele funciona muito bem.
Tenho gostado mais dos desenhos do Gerardo Sandoval. Ele suavizou um pouco o traço, não está exagerando nos "dentes rangentes" e está fazendo um ótimo trabalho nas cenas de ação mas não gostei tanto da capa de Salvador Larroca, que vocês podem ver logo no início desta resenha. Parecia mais o Mojo e não o Adversário que estava com as garras na cabeça de Forge. Talvez a colorização escolhida não tenha sido muito feliz.
Agora o próximo desafio da equipe é enfrentar a Fabulosa X-Force no "crossover" Vendetta, que irá encerrar ambos os títulos e fundi-los em um só.
