Em uma entrevista exclusiva ao The Direct, a diretora de fotografia da Eco, Kira Kelly, falou sobre como eles criaram as cenas históricas da Nação Choctaw para a última série do Marvel Studios. Uma das cenas em questão foi o momento de abertura do primeiro episódio, que a cineasta apelidou de 'Nascimento do Tempo'. De acordo com Kelly, “Esta é a primeira vez que a história da criação dos Choctaw foi mostrada em tela”:
“Então, em toda essa sequência, houve muita preparação e muita reflexão. Para nós, esta é a primeira vez que a história da criação dos Choctaw foi mostrada, foi filmada. E então, para nós, foi uma honra. E então também, temos que acertar, realmente dizer isso visualmente. E então estávamos tentando descobrir uma maneira de criar esta caverna e fazer este mundo que nunca tinha sido visto antes.”
Kelly elogiou o designer de produção Chris Trujillo por colocar “tanto cuidado” nas cenas:
“Há também os elementos práticos e os efeitos visuais. Tínhamos um designer de produção realmente incrível chamado Chris Trujillo, e Chris se esforçou muito para criar a caverna e todas as espirais e os elementos da água e coisas assim. Todo o palco parecia uma enorme plataforma. Acho que estava a pelo menos 6 metros de altura para que pudéssemos ter espaço para toda a água.”
No centro da sala, a cinematografista explicou como construíram uma piscina complicada que trocaria por um buraco para que o elenco pudesse passar:
“E então no centro disso, [tínhamos] aquele tubo no meio, tinha uma espécie de piscina, é como uma piscina, e então teríamos que trocá-la e criar esse buraco onde o gesso poderia ser capaz de descer, então... eles estão deslizando por este túnel com todas essas luzes brilhando enquanto acendemos os raios de luz. E então a outra grande parte eram as coisas lá em cima. Havia elementos de efeitos visuais, obviamente, mas precisávamos fazer com que ela interagisse – tipo, o personagem está segurando o teto, basicamente.”
Ela então detalhou como eles construíram uma plataforma para convencer o público de que a personagem estava segurando o teto:
“Então, nos motores de corrente, tínhamos essa peça circular, acho que tinha cerca de 2,5 metros de diâmetro, que eles construíram e que era translúcida, para que ainda pudéssemos colocar a iluminação nela. E ela está pressionando contra isso. Então foi assim, havia muitos elementos que pensamos, ‘Oh, meu Deus…'”.
Quanto à aparência do local, Kelly lembrou-se de algumas referências que usou para identificar como seria o núcleo da Terra:
“Lembro que todos nós passamos semanas olhando exemplos de pirilampos e cabines em algum lugar da Austrália e realmente tentando descobrir como é o núcleo da Terra. E então ver o trabalho incrível que o departamento de efeitos visuais fez para adoçar tudo isso foi muito, muito satisfatório no final.”
Ela admitiu que a cena de Nascimento do Tempo “foi a que lhe proporcionou mais noites sem dormir:”
“Eu diria que Nascimento do Tempo, tecnicamente, foi quem me deu mais noites sem dormir. E também porque havia muitos departamentos envolvidos nisso. Esse foi um grande problema. Eu diria também... o powwow foi... na verdade, não foi tão difícil. Foi apenas uma tentativa logística de colocar todas as pessoas no mesmo espaço e ter uma área tão grande para iluminar à noite. Não, acho que provavelmente foi Nascimento do Tempo. Acho que o Nascimento do Tempo foi um grande problema…”
Ao longo da série, o público conhece alguns outros dos ancestrais Choctaw de Maya Lopez, cada um fornecendo à Echo um poder único. Quando questionados sobre como eles trabalharam para fazer com que cada um deles se sentisse único, Kelly observou que para Lowak no episódio 2, eles “filmaram com lentes esféricas:”
“Definitivamente tínhamos as mãos brilhantes que faziam parte disso, meio que simbolizadas quando estava surgindo. Em 102 para aquele ancestral, Lowak, filmamos com lentes esféricas, principalmente como uma 12 mil, e realmente entramos em ação, e estamos realmente amplos chegando perto. Também fomos full frame com isso. Então você perde as linhas de moldura anamórficas.”
Kelly explicou como não foi apenas “filmagem em preto e branco” que a equipe usou no episódio 3, mas também “fotografia infravermelha:”
“[O episódio] 3 foi [dirigido por Catriona McKenzie]... e também a diretora de fotografia foi Magdalena Gorka, e eles fizeram algumas coisas infravermelhas realmente lindas para aquela coisa em preto e branco. Portanto, não se trata apenas de fotografia em preto e branco. É uma fotografia infravermelha, que foi incrível para mostrar o início daquele personagem... Nós realmente tentamos fazer com que cada um tivesse seu próprio marco visual. E queríamos, é claro, como com a mãe de Maya, realmente interpretar isso de uma forma que fosse [um] pequeno flashback... Foi divertido ter a habilidade e ter a produção aberta para nós usando várias técnicas para ser capaz de mostrar isso.”
Quanto a qual habilidade 'ecoada' de Maya foi mais difícil de retratar visualmente, a cineasta compartilhou que seria Lowak e sua habilidade de “ver todos os ângulos” e “pensar no futuro e superar as pessoas:”
“Eu diria Lowak. Sim, porque era, a habilidade dela era mais apenas ser capaz de ver todos os ângulos e ver o stickball... ela ser capaz de ver e interpretar cada ângulo diferente e o tipo de astúcia ou tipo de habilidade pensar no futuro e superar as pessoas. Esse foi provavelmente o mais difícil de mostrar.”
A série de streaming de cinco episódios destaca Maya Lopez (Alaqua Cox) e sua ligação com Wilson Fisk (Vincent D'Onofrio), também conhecido como o Rei do Crime. Eco também é estrelado por Chaske Spencer (Wild Indian, The English), Graham Greene (1883, Golias), Tantoo Cardinal (Killers of the Flower Moon, Stumptown), Devery Jacobs (FX's Reservation Dogs, American Gods), Zahn McClarnon (Dark Winds, FX's Reservation Dogs), Cody Lightning (Hey, Viktor!, Four Sheets to the Wind) e Vincent D'Onofrio (Hawkeye, Padrinho do Harlem). A série é dirigida por Sydney Freeland (Navajo) e Catriona McKenzie (Gunaikurnai).
Todos os cinco episódios dessa série já estão na Disney +.
Coveiro
