Guerra Civil acabou e trouxe algumas mudanças. Uma delas é que Tony Stark agora é diretor da SHIELD, mas nem todos aprovam seu modo de conduzir as coisas, e um deles é o oficial Dum Dum Dugan. De casa nova, essa é a trama que vemos no título do Homem de Ferro na edição 14 de “Avante, Vingadores!”
Dugan está na sala do Secretário de Defesa, Jack Kooning, para pedir sua demissão. O problema dele é que o “jeito Stark de ser” não funciona na SHIELD. Ele acha que Anthony administra a Superintendência como uma de suas empresas, como um “rebelde”, mas em uma organização militar não existe espaço para rebeldes. O Secretário tenta mostrar o outro lado, os resultados que o Homem de Ferro vem obtendo: a moral das tropas e o índice de prontidão subiram, a aprovação pública está nas alturas, corte de gastos em mais de 19 milhões em um trimestre, nenhuma baixa civil, sucesso em todas as operações. Com certeza resultados irrefutáveis, mas o problema de Dum Dum são os métodos, e nesse caso, pra ele, os fins não justificam.
Seus argumentos são que, se Tony não estivesse presente (ele acompanhou as equipes teoricamente apenas para avaliar a eficácia de novas armaduras) nas operações, elas teriam sido um desastre, pois ele agiu sozinho resolvendo as situações críticas e, segundo o oficial, nenhum homem sozinho deve ser essencial ao sucesso de uma operação. Além deste ponto crucial, ele ainda não concorda com diversas coisas que Stark vem promovendo como o envolvimento de seu amigo Sal Kennedy como oficial executivo ou Maya Hensen (criminosa criadora do Extremis e amiga de Anthony) como consultora e participante em projetos de pesquisa. E ainda tem as caixas de sugestões, as sextas casuais sem uniforme, os inúmeros memorandos, a substituição dos chefes de cozinha pelo seu chefe pessoal, o fechamento do clube dos oficiais e abertura de uma creche (!!) no lugar, etc. Tudo parece mais uma empresa Stark e não uma superintendência militar.
O secretário tenta rebater as implicâncias de Dugan e lembra que existem preocupações maiores no momento: um surto de ataques terroristas mundiais. E o que é pior, todos atentados são de grupos novos e, mais intrigante que isso, grupos que não partilham da mesma opinião entre si. Não parece haver um padrão, mas a sugestão de Sal em uma reunião que incluía a subdiretora Maria Hill, faz Dum Dum concordar com o “oficial executivo” de Tony: os grupos tem de ter arranjado um “paizão” para que estivessem em posse de armas de alta tecnologia e tão bom treinamento como estavam. Outra coisa em comum entre os ataques é que tudo havia sido escancarado depois do sumiço de Karim Mahwash Najeeb (homem que o Homem de Ferro estava programado a matar quando teve um implante em sua cabeça) três semanas atrás, na China.
Oficialmente, Najeeb estava na China em uma ação humanitária de inspeção de hospícios do Estado, os Ankagans, mas para Dugan existe algo a mais, já que nunca acreditou na sua fachada de “homem da paz”. O que se sabe é que ele e sua comitiva haviam desaparecido, e desde então os múltiplos ataques começaram. O Secretário Kooning ouve as considerações do oficial e o dispensa, mas não aceita sua demissão. A SHIELD precisa dele, Stark precisa dele, e o Secretário precisa de alguém em quem confiar nisso tudo.
Por fim, temos um breve epílogo que se passa na China. Mais especificamente na Instalação Psiquiátrica do Estado de Na Hu Po, na Província de Nei Mongol. Onde o Sr. Najeeb faz um “tour” conhecendo o hospício. Mas quando a inspeção da clínica termina, Karim pede ao condutor do passeio, Dr. Chen, para ver o resto das instalações, uma unidade Q, no porão inferior. Após algum tempo em que nega haver algo a mais, o Doutor aceita levar Najeeb até o local e lá se encontra um homem que chegou a alguns anos em uma caixa de aço estando destinado à cela mais segura por ordens militares. Ele não come, nem bebe, nem dorme. É um verdadeiro enigma... a ser desvendado nas próximas edições!
ps. Quem quiser ver a outra capa do título adotada pela panini, clique aqui.
Cammy
