quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Sempre solitário. Nunca só. Homem de Ferro.

Guerra Civil terminou, mas as histórias ligadas à saga ainda nos mostram o dia-a-dia dos heróis nesse grande evento. E não seria diferente com Tony Stark, afinal ele está envolvido nisso tudo até o pescoço.


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A história na edição 48 de Novos Vingadores começa nos mostrando os pró-registro resolvendo problemas, tomando decisões, etc. Mas sob um olhar novo, a pessoa que narra está vigiando Stark a fim de conseguir conversar com ele a sós. O problema é que ele nunca está sozinho. O narrador nos descreve os passos do herói e tece comentários do que vê, o apresentando como “eloqüente, petulante, autodepreciativo quando deve”. A descrição feita é bem perspicaz, e relata bem o homem defensor do registro que conhecemos, como tudo passa por ele, como existem tantas decisões a serem tomadas e ele as escuta, pondera, destila, calcula, resolve. “Obcecado com a vitória sejam quais forem os meios”.

Mas nem só de Guerra Civil é feita a vida do Homem de Ferro. Como vimos antes, seu amigo e segurança Happy Hogan foi nocauteado em uma briga com o Espião-Mestre, que pretendia usá-lo de isca para Tony. O que sabemos agora é que ele está em coma e vivendo através de aparelhos, que podem ser monitorados pelo amigo graças ao efeito do Extremis. Por isso, Pepper pede que Tony termine com o sofrimento do marido. É mais um problema e uma decisão que pesam nos seus ombros, mas ele nega. Não seria certo, seria assassinato e, por mais que ninguém mais soubesse, ele saberia.

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Ainda resta uma dúvida a ser resolvida. Tony marca um encontro apenas com o Capitão para fazer uma pergunta: “Você tem algo a ver com o que aconteceu com Happy Hogan?”. Steve responde que ninguém sob seu comando tinha algo a ver com isso ou ele o entregaria com prazer. Mas a “cavalaria anti-registro” não parece gostar de um encontro dos dois e aparecem para tirar Rogers dali, iniciando uma luta. Num embate contra o Homem-Aranha (aparentemente o primeiro depois de Peter deixá-lo, mas não dá pra confiar na cronologia dos tie-ins), Stark revela ter estudado os movimentos do rapaz quando ele usou sua armadura e, agora, é capaz de reproduzir até mesmo seu sentido aranha, ganhando facilmente essa batalha (o que era de se esperar em seu próprio título). Com Parker no chão, ele ainda faz um pequeno discurso de como se decepcionou com o Aranha, e como ambos os lados se decepcionaram. Que só não os mandaria prender ali pois manteria sua palavra de que concordou que aquilo seria só um diálogo.

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O Homem de Ferro volta pra casa com o peso de tudo o que aconteceu. Está finalmente sozinho. Quer dizer, está solitário como sempre, mas nunca só, segundo o narrador. Sua companhia é uma garrafa de Black Label (uísque, para os leigos). O narrador diz que poderia se afastar e deixar que Tony “entornasse” a balança a favor do outro lado da Guerra naquele momento, mas ela se aproxima e o impede. Finalmente Susan Richards tem alguns minutos com o Homem de Ferro. Ela quer fazê-lo entender. Parar com a loucura. Ela o acusa de levar Reed a fazer aquilo tudo, pelo quanto ele o idolatra e quer agradá-lo, e ainda o acusa de acabar com seu casamento (acusação acompanhada de um “bofetão”). Stark revida dizendo que o ego da Mulher Invisível é grande demais para pensar que o marido poderia apenas concordar com ele, e que a culpa do fim do casamento era dela por partir. Sue, então, toca na ferida sobre ter recusado o pedido de Pepper no hospital, frase que dói mais que o tapa provavelmente, e Tony pede que ela saia.

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O dia termina, e na noite cada um encara seus próprios demônios e conseqüências de suas decisões. Tony despeja o uísque pelo ralo e reza... Talvez peça força, alívio ou talvez peça apenas perdão por seus atos. Em um hospital perto dali, uma “falha de equipamento” leva Happy a falecer e a prece por alívio de Pepper ser atendida.


Cammy

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