Thor: Pai e Irmão Pródigos

Invadindo mundo após mundo, as hordas de Uthana Thoth, iminentemente chegarão até Asgard, que atualmente se encontra na Terra, o que pode levar dois mundos a deixar de existir, como previu Dr. Eric Solvang em suas teorias. E para deter esses Devoradores de Mundos, Thor terá que apelar para seus aliados de sangue.

Junto com Volstagg, o Dr. Eric consegue chegar até as ruínas de Asgard e se depara com Thor e seu meio-irmão, Balder. O cientista tenta convencer Thor do futuro perigo, mas o Deus do Trovão não lhe dá ouvidos. Muito pelo contrário, expulsa o humano simplesmente por ele falar desaforos bem ali, na tumba de Odin. Mal sabe Thor que o homem de ciência está, não só correto como suas previsões estão no ápice de acontecer. As visões violentas de Heimdall só confirmam mais e mais isso.

Thor, no entanto, está cada vez mais desconsolado. Com seu mundo destruído, ele sente falta de sua família. Ele sente falta de seu irmão, Loki. E num ato impensado, o Deus do Trovão voa até o firmamento, conjura uma tempestade e convoca o Deus da Mentira para o Mundo dos Vivos. Curiosamente, quando Thor vai em busca do lugar onde o seu irmão ressurgiu, encontra-o numa versão muito mais jovem, como um ladrãozinho de rua. Ao fazê-lo tomar a forma asgardiana, Loki surge ainda criança, sem a maldade que conhecemos, mas com a mesma inteligência e aptidão pra magia.

Ao lado disto, Solvang tenta ainda alguma ajuda para convencer o Deus do Trovão da veracidade de suas teorias. Assim, consegue uma ligação com Tony Stark, que imediatamente vai ao seu encontro como Homem de Ferro. Tony promete ajudar e vai falar diretamente com Balder, atual Rei de Asgard. Contudo, a reação dele não é lá muito esperançosa. Com o reino destruído em seu mandato, Balder acha que não há muito o que salvar mesmo se a tal ameaça for verdadeira.

E, confirmando finalmente as teorias de Solvang, surge em nosso mundo os primeiros refugiados dos ataques dos Devoradores de Mundos, Anões de Nidavellir. E muitas outras criaturas dos noves mundos chegam a Terra criando caos por conta da investida de Uthana Thoth. Gigantes, Elfos e Trolls, todos rumam para Broxton afim de querer asilo na cidade do Grande Pai. Infelizmente, deparam-se com uma situação infeliz, já que Odin está em Hel e Asgard em ruínas. Ainda assim, Thor e Loki voltam a tempo para acalmar a situação e prometer proteção a todos eles.

Thor aproveita aquela mesma noite para pensar em como criar uma resistência contra os Devoradores de Mundos. Primeiro, inspira todos aqueles refugiados a se unirem numa única força e combater os inimigos junto aos Guerreiros de Asgard. Em seguida, numa atitude impensada, vai até o túmulo de Odin e faz algo que relutava até então – Quebra o esquife, libertando assim seu pai dos domínios de Hel.

De volta ao seu trono, Odin conta para todas as criaturas dos nove mundos a clássica história da criação da Árvore que une todos os reinos. Ele e seus irmãos Vili e Ve acharam junto com Bor uma semente e a plantaram. A árvore cresceu frondosa, mas também projetou uma sombra, a tal ameaça que amedronta todos agora. Odin, contudo, está com um péssimo humor. Espata Loki, mesmo sendo ele uma criança que mal sabe o que fez, e braveja com Thor por tê-lo despertado de seu sono eterno. Por fim, eles tem que lidar com Balder, que pensa em se sacrificar indo de encontro sozinho com as forças invasoras para rechaça-las e retardá-las o máximo que der. A situação encontra-se bem complicada para os deuses.

Em Svartaalfheim, Balder chega junto com Tyr, que desejou acompanhá-lo e juntos lutam a batalha mais atroz de suas vidas. Tyr é o primeiro a perecer no combate, mas em compensação dá chance para Balder matar o príncipe dos Devoradores de Mundos, Ano-Athox. Então, por fim, o último rei de Asgard é atingido por Uthana Thoth e morre. Agora, os Devoradores de mundo estão ainda mais sedentos nesta invasão. Eles estão com o sabor da vingança na boca.

O fim do mundo chega a Broxton. Cai dos céus uma chuva vermelha, como se o firmamento sangrasse. Monstros dos nove mundos se refugiam junto com os humanos da cidade. E quando os primeiros invasores chegam é Odin que está na linha de frente para destruí-los. Mas não está só. Ao seu comando, erguem-se a Legião de Sangue Asgardiana, que nada mais são que gigantescos Golem com Deuses em seu interior que lhes dão forma. Thor, os três guerreiros, Sif, os mais bravos de Asgard estão num novo nível de poder e assim conseguem se igualar a ameaça liderada por Uthana Thoth.

Porém, mesmo nessa igualdade, os Devoradores parecem sobrepujar no final. Thor não vê outra alternativa a não ser arriscar o que acreditar nas teorias do pequeno humano, o Dr. Solvang. Ele outrora dissera para o Asgardiano cortar a árvore dos Nove Mundos bem na raiz. Assim, Thor vai até a sala de troféus de Odin e toma para si a espada do velho, uma espada capaz de cortar o tempo e o espaço, uma espada que simboliza o fim de todas as coisas.

E assim é feito. Ao atingir a árvore do mundo, os Devoradores do Mundo foram sugados para uma outra dimensão, presos dentro dela e incapazes de sair. Um lugar onde são vulneráveis e não podem ameaçar mais ninguém. Todavia, eles lá se encontram presos junto com Tyr e Balder, que não cansaram de lutar.

Broxton não é mais a mesma. Agora, a árvore é vista por todos no firmamento. Uma fenda praticamente se abriu de volta para os nove mundos. Os seres de todas as partes são bem vindos as ruínas de Asgard. Loki também é aceito de volta ao reino, pois assim Thor quer. Apenas, Keldra, que se encontra ainda mais perdida desde a morte de Bill, se afasta do lugar, parecendo ouvir estranhas vozes.

E assim encerra-se esse imenso arco, que se estendeu da edição 20 a 26 da revista Homem de Ferro e Thor, marcando a chegada de Matt Fracttion ao título. Ele, que por sinal, já é catapultado para outra mensal, chamada “Poderoso Thor”, enquanto que Kieron Gillen volta para essa revista, re-batizada de “Journey into Mistery” a partir de agora. Outra surpresa deste arco é a presença de Pasqual Ferry, que deu um outro visual bem interessante as criaturas dos nove mundos. E o que vem depois disso promete.

Coveiro